Soluções alternativas para o BES

04-08-2015
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Estado pode ficar com 70% do BES sem traumas ideológicos

Pedro Sousa Carvalho

01/08/2014

Há outra opção para salvar o BES. O Banco de Portugal e Vítor Bento garantem que há investidores de fora interessados. Com as imparidades e provisões agora assumidas, os capitais próprios do banco ficaram reduzidos a 3 mil milhões de euros. Isto quer dizer que o BES precisa, no mínimo, de outros 3 mil milhões para repor os rácios a níveis confortáveis e acima do mínimo legal. E quem lá puser os 3 mil milhões, tendo em conta a actual capitalização, ficará com mais de 70% do BES, o que até parece ser um bom negócio.

O problema é que, enquanto não se perceber a real dimensão das perdas, nenhum investidor privado arrisca investir no BES. E para apurar as perdas totais vai ser preciso tempo. E tempo é coisa que o banco não tem. Como tal, resta o Estado, que ainda tem 6,4 mil milhões de dinheiro da troika precisamente para tapar buracos na banca. E aqui não se trata de salvar a família ou de nacionalizar prejuízos. Trata-se de salvar o património dos clientes e o sistema financeiro. E não precisamos de ter grandes pruridos ideológicos. Os bancos têm de ser nacionalizados quando têm de ser nacionalizados e ponto final.

Estado pode ficar com 70% do BES sem traumas ideológicos

Pedro Sousa Carvalho

01/08/2014

Há outra opção para salvar o BES. O Banco de Portugal e Vítor Bento garantem que há investidores de fora interessados. Com as imparidades e provisões agora assumidas, os capitais próprios do banco ficaram reduzidos a 3 mil milhões de euros. Isto quer dizer que o BES precisa, no mínimo, de outros 3 mil milhões para repor os rácios a níveis confortáveis e acima do mínimo legal. E quem lá puser os 3 mil milhões, tendo em conta a actual capitalização, ficará com mais de 70% do BES, o que até parece ser um bom negócio.

O problema é que, enquanto não se perceber a real dimensão das perdas, nenhum investidor privado arrisca investir no BES. E para apurar as perdas totais vai ser preciso tempo. E tempo é coisa que o banco não tem. Como tal, resta o Estado, que ainda tem 6,4 mil milhões de dinheiro da troika precisamente para tapar buracos na banca. E aqui não se trata de salvar a família ou de nacionalizar prejuízos. Trata-se de salvar o património dos clientes e o sistema financeiro. E não precisamos de ter grandes pruridos ideológicos. Os bancos têm de ser nacionalizados quando têm de ser nacionalizados e ponto final.

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