Avaliação de professores volta ao Parlamento

27-07-2011
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A Assembleia da República debate hoje projectos de resolução do PCP e Bloco de Esquerda que visam travar o processo de avaliação de professores, mas a maioria PSD/CDS-PP deverá chumbá-los.

Na legislatura anterior, PSD e CDS-PP defenderam o fim do modelo de avaliação instituído pelo Governo PS, mas nesta altura «é avisado deixar este ciclo terminar», disse à Agência Lusa o deputado Michael Seufert, do CDS-PP.

«Estamos numa posição diferente do início do segundo semestre. O processo de avaliação está no fim e o Governo já indicou que vai apresentar uma proposta de novo sistema de avaliação em Setembro», argumentou.

Michael Seufert referiu que muitos professores «fizeram esforço e tiveram trabalho para ter boas classificações e seria injusto para eles».

O deputado indicou ainda que as progressões na carreira estão congeladas até 2013, uma provisão do programa da troika internacional, e que até lá se poderão avaliar «os efeitos deste ciclo avaliativo» e estudar um novo modelo.

No seu projecto, o Bloco de Esquerda defende a suspensão da avaliação e assinala «a frustração com que se assiste ao recuo» dos partidos do Governo, depois de na legislatura anterior «todos os partidos da oposição se terem manifestado claramente pela suspensão da avaliação do modelo de avaliação do desempenho docente em vigor».

«Está criada uma enorme expectativa junto da classe docente para que se demonstre coerência entre promessas e prática governativa», destaca o preâmbulo do projecto do Bloco.

O PCP, que pretende a revogação do modelo, considera que o tempo que passou desde a aprovação da suspensão do modelo de avaliação não pode ser utilizado como «pretexto» para recuar e «retirar justeza a esta reivindicação das escolas e dos professores».

Para os comunistas, o tempo não invalidou que o modelo de avaliação seja «burocratizado, de matriz não formativa, gerador de conflitos entre docentes, inibidor do trabalho colaborativo dentro da escola, perturbador do normal funcionamento das escolas, em suma, verdadeiramente negativo e absurdo».

Os partidos da oposição juntaram-se em Março para revogar a avaliação de professores naquilo que o governo de Sócrates chamou «coligação negativa», mas o Tribunal Constitucional entendeu que a Assembleia da República extravasou as suas competências.

Nas eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho, o PSD e o CDS conseguiram uma maioria no Parlamento e formaram novo Governo, derrotando os socialistas.

Lusa/SOL

A Assembleia da República debate hoje projectos de resolução do PCP e Bloco de Esquerda que visam travar o processo de avaliação de professores, mas a maioria PSD/CDS-PP deverá chumbá-los.

Na legislatura anterior, PSD e CDS-PP defenderam o fim do modelo de avaliação instituído pelo Governo PS, mas nesta altura «é avisado deixar este ciclo terminar», disse à Agência Lusa o deputado Michael Seufert, do CDS-PP.

«Estamos numa posição diferente do início do segundo semestre. O processo de avaliação está no fim e o Governo já indicou que vai apresentar uma proposta de novo sistema de avaliação em Setembro», argumentou.

Michael Seufert referiu que muitos professores «fizeram esforço e tiveram trabalho para ter boas classificações e seria injusto para eles».

O deputado indicou ainda que as progressões na carreira estão congeladas até 2013, uma provisão do programa da troika internacional, e que até lá se poderão avaliar «os efeitos deste ciclo avaliativo» e estudar um novo modelo.

No seu projecto, o Bloco de Esquerda defende a suspensão da avaliação e assinala «a frustração com que se assiste ao recuo» dos partidos do Governo, depois de na legislatura anterior «todos os partidos da oposição se terem manifestado claramente pela suspensão da avaliação do modelo de avaliação do desempenho docente em vigor».

«Está criada uma enorme expectativa junto da classe docente para que se demonstre coerência entre promessas e prática governativa», destaca o preâmbulo do projecto do Bloco.

O PCP, que pretende a revogação do modelo, considera que o tempo que passou desde a aprovação da suspensão do modelo de avaliação não pode ser utilizado como «pretexto» para recuar e «retirar justeza a esta reivindicação das escolas e dos professores».

Para os comunistas, o tempo não invalidou que o modelo de avaliação seja «burocratizado, de matriz não formativa, gerador de conflitos entre docentes, inibidor do trabalho colaborativo dentro da escola, perturbador do normal funcionamento das escolas, em suma, verdadeiramente negativo e absurdo».

Os partidos da oposição juntaram-se em Março para revogar a avaliação de professores naquilo que o governo de Sócrates chamou «coligação negativa», mas o Tribunal Constitucional entendeu que a Assembleia da República extravasou as suas competências.

Nas eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho, o PSD e o CDS conseguiram uma maioria no Parlamento e formaram novo Governo, derrotando os socialistas.

Lusa/SOL

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