Oposição critica reforma curricular “elitista” e que promove “selectividade social”

28-03-2012
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O tema da reforma curricular foi levado ao plenário da Assembleia da República pelo CDS, com o deputado Michael Seufert a elogiar o reforço de autonomia das escolas e a introdução dos exames no final do quarto ano.

“Não é facilitando na exigência, nem proibindo os chumbos que ajudamos nas dificuldades de aprendizagem”, sublinhou, utilizando “a metáfora da pesca” para explicar que o objectivo é “ensinar a obter melhores notas, em vez de as oferecer”.

Na declaração política do CDS-PP desta tarde, Michael Seufert voltou também a falar da auditoria do Tribunal de Contas à Parque Escolar, classificando a actuação da empresa como “desastrosa”.

Na resposta às palavras do deputado do CDS-PP, a oposição coincidiu no ataque à reforma curricular apresentada pelo ministro da Educação, Nuno Crato, na segunda-feira, com o PS a acusar o executivo de maioria PSD/CDS-PP de querer voltar “à escola elitista”.

“Dados fiáveis sobre a aprendizagem não são conseguidos com exames no quarto ano”, disse o socialista Acácio Pinto, acusando o Governo de querer “implodir o sistema educativo e a escola pública”.

O deputado socialista respondeu ainda à questão da Parque Escolar levantada pelo CDS-PP, garantindo que o PS quer “as coisas esclarecidas”, mas recusa “nuvens de fumo”.

Pelo PCP, o deputado Miguel Tiago utilizou igualmente a expressão “elitista”, questionando o CDS-PP se a intenção dos exames no final do quarto ano é escolher “logo de pequenino” a mão-de-obra precária e quais os alunos que vão para a universidade.

Quanto à Parque Escolar, Miguel Tiago recomendou uma solução “simples”: “Acabem com a empresa e comecem as obras”.

A deputada do BE Ana Drago deixou também duras críticas ao exames do quarto ano, considerando que o objectivo é “criar mais retenção e não criar qualidade educativa”.

“Não há nenhum critério de qualidade nesta revisão curricular”, frisou, considerando que com as medidas agora apresentadas pelo ministro da Educação foi “a agenda conservadora de selectividade social do CDS que venceu”.

Na resposta às bancadas da oposição, o deputado do CDS-PP Michael Seufert lembrou que o exame do quarto ano não é eliminatória e contará apenas 30 por cento para a avaliação e assegurou que o objectivo “não é avançar com uma segregação”.

“Existem pessoas e grupos que nos habituaram a uma postura convicta de contestar por contestar, se é preto devia ser branco, se é verde devia ser azul, etc, etc”, acrescentou a deputada do PSD Maria José Castelo Branco, elogiando a capacidade do Governo para encontrar “caminhos consistentes” para ultrapassar a “situação crítica do país”.

O tema da reforma curricular foi levado ao plenário da Assembleia da República pelo CDS, com o deputado Michael Seufert a elogiar o reforço de autonomia das escolas e a introdução dos exames no final do quarto ano.

“Não é facilitando na exigência, nem proibindo os chumbos que ajudamos nas dificuldades de aprendizagem”, sublinhou, utilizando “a metáfora da pesca” para explicar que o objectivo é “ensinar a obter melhores notas, em vez de as oferecer”.

Na declaração política do CDS-PP desta tarde, Michael Seufert voltou também a falar da auditoria do Tribunal de Contas à Parque Escolar, classificando a actuação da empresa como “desastrosa”.

Na resposta às palavras do deputado do CDS-PP, a oposição coincidiu no ataque à reforma curricular apresentada pelo ministro da Educação, Nuno Crato, na segunda-feira, com o PS a acusar o executivo de maioria PSD/CDS-PP de querer voltar “à escola elitista”.

“Dados fiáveis sobre a aprendizagem não são conseguidos com exames no quarto ano”, disse o socialista Acácio Pinto, acusando o Governo de querer “implodir o sistema educativo e a escola pública”.

O deputado socialista respondeu ainda à questão da Parque Escolar levantada pelo CDS-PP, garantindo que o PS quer “as coisas esclarecidas”, mas recusa “nuvens de fumo”.

Pelo PCP, o deputado Miguel Tiago utilizou igualmente a expressão “elitista”, questionando o CDS-PP se a intenção dos exames no final do quarto ano é escolher “logo de pequenino” a mão-de-obra precária e quais os alunos que vão para a universidade.

Quanto à Parque Escolar, Miguel Tiago recomendou uma solução “simples”: “Acabem com a empresa e comecem as obras”.

A deputada do BE Ana Drago deixou também duras críticas ao exames do quarto ano, considerando que o objectivo é “criar mais retenção e não criar qualidade educativa”.

“Não há nenhum critério de qualidade nesta revisão curricular”, frisou, considerando que com as medidas agora apresentadas pelo ministro da Educação foi “a agenda conservadora de selectividade social do CDS que venceu”.

Na resposta às bancadas da oposição, o deputado do CDS-PP Michael Seufert lembrou que o exame do quarto ano não é eliminatória e contará apenas 30 por cento para a avaliação e assegurou que o objectivo “não é avançar com uma segregação”.

“Existem pessoas e grupos que nos habituaram a uma postura convicta de contestar por contestar, se é preto devia ser branco, se é verde devia ser azul, etc, etc”, acrescentou a deputada do PSD Maria José Castelo Branco, elogiando a capacidade do Governo para encontrar “caminhos consistentes” para ultrapassar a “situação crítica do país”.

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