PSD não quer viabilizar Orçamento de Costa

16-09-2020
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Em política não há impossíveis, mas a hipótese de Rui Rio dar a mão a António Costa para salvar o Orçamento do Estado para 2021 está para lá do improvável. Os sociais-democratas olham para os últimos acontecimentos como uma encenação artificial entre parceiros condenados a entenderem-se — PS e Bloco de Esquerda, leia-se — e não acreditam por um segundo que o país esteja à beira de uma crise política.

Politicamente, aos olhos dos sociais-democratas é difícil ficar mal na fotografia: a partir do momento em que António Costa formalizou o plano de renovar a ‘geringonça’, enjeitando por completo qualquer negociação com o PSD, o ónus passou a estar completamente do outro lado. “No dia em que a subsistência deste Governo depender de um acordo com o PSD, nesse dia este Governo acabou”, disse Costa na entrevista da semana passada ao Expresso. Ora, se o líder do PS diz que não precisa do líder do PSD, ninguém entenderia que Costa acabasse a bater à porta de Rio. Numa análise mais fina por parte dos so­ciais-democratas, a situação é hoje muito mais cristalina do que o era depois das legislativas, quando Costa parecia em condições de negociar tanto à esquerda como à direita. Agora que o primeiro-ministro escolheu em definitivo o lado do campo em que quer jogar, Rui Rio está mais livre para passar ao ataque.

Em política não há impossíveis, mas a hipótese de Rui Rio dar a mão a António Costa para salvar o Orçamento do Estado para 2021 está para lá do improvável. Os sociais-democratas olham para os últimos acontecimentos como uma encenação artificial entre parceiros condenados a entenderem-se — PS e Bloco de Esquerda, leia-se — e não acreditam por um segundo que o país esteja à beira de uma crise política.

Politicamente, aos olhos dos sociais-democratas é difícil ficar mal na fotografia: a partir do momento em que António Costa formalizou o plano de renovar a ‘geringonça’, enjeitando por completo qualquer negociação com o PSD, o ónus passou a estar completamente do outro lado. “No dia em que a subsistência deste Governo depender de um acordo com o PSD, nesse dia este Governo acabou”, disse Costa na entrevista da semana passada ao Expresso. Ora, se o líder do PS diz que não precisa do líder do PSD, ninguém entenderia que Costa acabasse a bater à porta de Rio. Numa análise mais fina por parte dos so­ciais-democratas, a situação é hoje muito mais cristalina do que o era depois das legislativas, quando Costa parecia em condições de negociar tanto à esquerda como à direita. Agora que o primeiro-ministro escolheu em definitivo o lado do campo em que quer jogar, Rui Rio está mais livre para passar ao ataque.

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