Esquerda Republicana: Salários e lucros...

26-01-2012
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Tudo claro como água. :o) O único comentário que se me oferece é que isto é uma explicação de uma parte da realidade, que é muito mais vasta. Os economistas raciocinam como se a única coisa que existisse fossem os ganhos e as perdas, em termos monetários, dos patrões e dos empregados. Mas as coisas são muito mais complicadas: os economistas chamam “externalidades” ao mundo real, onde a miséria, a exclusão, as frustrações e as humilhações de quem é pobre, mal pago, mal tratado, desprotegido e destituído de sonhos ou perspectivas sobre o futuro, são muito mais importantes do que os indicadores económicos deixam supor. Nos últimos 30 ou 40 anos os economistas transformaram o papel dos políticos numa espécie de voodoo que tenta prever e influenciar a evolução de uns indicadores ecónomicos (cuja relevância foi definida pela oligarquia) através de umas equações cheias de expoentes estimados a olho. Os políticos não percebem as equações. E nos últimos anos tornou-se mesmo perigoso querer percebê-las. Freitas do Amaral que o diga... a oligarquia tolera cada vez menos políticos com coluna vertebral, com consciencia, com espessura intelectual.


Tudo claro como água. :o) O único comentário que se me oferece é que isto é uma explicação de uma parte da realidade, que é muito mais vasta. Os economistas raciocinam como se a única coisa que existisse fossem os ganhos e as perdas, em termos monetários, dos patrões e dos empregados. Mas as coisas são muito mais complicadas: os economistas chamam “externalidades” ao mundo real, onde a miséria, a exclusão, as frustrações e as humilhações de quem é pobre, mal pago, mal tratado, desprotegido e destituído de sonhos ou perspectivas sobre o futuro, são muito mais importantes do que os indicadores económicos deixam supor. Nos últimos 30 ou 40 anos os economistas transformaram o papel dos políticos numa espécie de voodoo que tenta prever e influenciar a evolução de uns indicadores ecónomicos (cuja relevância foi definida pela oligarquia) através de umas equações cheias de expoentes estimados a olho. Os políticos não percebem as equações. E nos últimos anos tornou-se mesmo perigoso querer percebê-las. Freitas do Amaral que o diga... a oligarquia tolera cada vez menos políticos com coluna vertebral, com consciencia, com espessura intelectual.

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