A Cinco Tons: Chumbo do Orçamento em Beja: birrinhas, ódios antigos, patetice

20-01-2012
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Para o ano, que congenitamente já seria mau, a Câmara de Beja vai gerir o concelho com dinheiro de algibeira. Em duodécimos. Que é como quem diz, vai haver dinheiro para os ordenados, para pagar ao segurança e para repor um ou outro cabo de esfregona que para aí se parta. E nada mais. O executivo deixará cair os projetos fundamentais para o desenvolvimento do concelho e da cidade. Pela simples razão que a Assembleia Municipal de Beja, numa atitude inaudita, chumbou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2012. Uma parvoíce. A CDU, em maioria na Assembleia, ficará agora com o ónus da culpa pela gestão foleira que a Câmara por certo terá ao longo do ano. É evidente que este Orçamento era mau, criticável e que, com certeza, poucas razões haveriam para o deixar sobreviver. Mas não foram essas, as razões estratégicas, que levaram ao chumbo do documento. Foi uma miseranda verba de 200 mil euros, num bolo de mais de 38 milhões. E quando as duas principais forças políticas da região não conseguem acordar entre elas vinte e cinco tostões, é porque estão mesmo mais empenhadas em andar à pazada uma com a outra, do que em fazer o bem comum. O que se votou na terça-feira não foi o Orçamento da Câmara, foram as birrinhas, os ódios antigos e aparentemente insanáveis, foi a patetice. O Orçamento é mau? É! Mas esta Câmara foi eleita para quatro anos. É a que temos. É a que as pessoas quiseram ter. E cada qual tem aquilo que merece. Antecipar a sua queda através de jogos de bastidores é um erro que pode sair muito caro à CDU. A campanha eleitoral por Beja está ao rubro. Mas, à distância de dois anos, parece-me que ambos os contendores sairão chamuscados deste braseiro de vaidades.
Paulo Barriga (no facebook)

Para o ano, que congenitamente já seria mau, a Câmara de Beja vai gerir o concelho com dinheiro de algibeira. Em duodécimos. Que é como quem diz, vai haver dinheiro para os ordenados, para pagar ao segurança e para repor um ou outro cabo de esfregona que para aí se parta. E nada mais. O executivo deixará cair os projetos fundamentais para o desenvolvimento do concelho e da cidade. Pela simples razão que a Assembleia Municipal de Beja, numa atitude inaudita, chumbou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2012. Uma parvoíce. A CDU, em maioria na Assembleia, ficará agora com o ónus da culpa pela gestão foleira que a Câmara por certo terá ao longo do ano. É evidente que este Orçamento era mau, criticável e que, com certeza, poucas razões haveriam para o deixar sobreviver. Mas não foram essas, as razões estratégicas, que levaram ao chumbo do documento. Foi uma miseranda verba de 200 mil euros, num bolo de mais de 38 milhões. E quando as duas principais forças políticas da região não conseguem acordar entre elas vinte e cinco tostões, é porque estão mesmo mais empenhadas em andar à pazada uma com a outra, do que em fazer o bem comum. O que se votou na terça-feira não foi o Orçamento da Câmara, foram as birrinhas, os ódios antigos e aparentemente insanáveis, foi a patetice. O Orçamento é mau? É! Mas esta Câmara foi eleita para quatro anos. É a que temos. É a que as pessoas quiseram ter. E cada qual tem aquilo que merece. Antecipar a sua queda através de jogos de bastidores é um erro que pode sair muito caro à CDU. A campanha eleitoral por Beja está ao rubro. Mas, à distância de dois anos, parece-me que ambos os contendores sairão chamuscados deste braseiro de vaidades.
Paulo Barriga (no facebook)

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