Médico Explica Medicina a Intelectuais: HIV/SIDA: Prevalência

21-01-2012
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Estamos em era de mudança. A SIDA já não é o que era. A doença transformou-se em doença crónica, as mortes vão diminuindo e aquelas imagens de há uma década de doentes moribundos nas camas dos hospitais (e por isso nasceram as várias associações de apoio) já escasseiam.O HIV/SIDA é uma doença "normal", de baixa prevalência, de conhecida prevenção e de bom controlo a longo prazo, caro, é um facto.O lóbie da SIDA vai-se ressentindo. É natural que algumas associações comecem a não ter doentes para apoiar, pois estes já podem fazer a sua vida integrados na sociedade.É, portanto, tempo de canalizar o orçamento disponível para a medicação crónica e deixar de subsidiar associações que já não tem razão de existir.As guidelines internacionais assim apontam...Três associações que trabalham na área da sida em Portugal afirmam que estão “à beira da ruptura” por falta de financiamento e “na eminência de fechar as portas aos projectos já aprovados”. Acusam o Estado de não ter capacidade nem vontade de ajudar quem precisa.As associações Abraço, Positivo e Sol, num comunicado conjunto, reagiram ontem às recentes declarações do Coordenador Nacional para a Infecção VIH, Henrique Barros, que no passado domingo admitiu o falhanço do programa de prevenção e combate a este síndroma. “Os resultados mostram claramente que sim”, respondeu Henrique Barros quando questionado sobre se o programa ainda em curso tinha falhado. Perante esta afirmação, decidiram tomar uma posição conjunta, na qual atribuem à falta de diálogo com as associações, “que se encontram no terreno há mais tempo e que melhor sabem sobre esta matéria”. As denúncias estendem-se à situação da Comissão Nacional da Infecção pelo VIH (CNIVIH): “A CNIVIH encontra-se, do ponto de vista administrativo e financeiro, literalmente sem técnicos, pois os contratos de trabalho dos mesmos não foram validados atempadamente”. Para as associações, “quem fica a perder” é “o comum cidadão que não tem voz activa”. As três associações alertam para o facto de “reencaminhar para o Governo todos os utentes que o Estado não tem capacidade, nem vontade de ajudar”, declarando que estão “à beira da ruptura” por falta de financiamento e “na eminência de fechar as portas aos projectos já aprovados”.Nota de roda-pé:As mortes em Portugal estacionaram,não aumentando. Nos restantes países a taxa de mortalidade continua a diminuir desde o aparecimento dos novos fármacos há uma década.


Estamos em era de mudança. A SIDA já não é o que era. A doença transformou-se em doença crónica, as mortes vão diminuindo e aquelas imagens de há uma década de doentes moribundos nas camas dos hospitais (e por isso nasceram as várias associações de apoio) já escasseiam.O HIV/SIDA é uma doença "normal", de baixa prevalência, de conhecida prevenção e de bom controlo a longo prazo, caro, é um facto.O lóbie da SIDA vai-se ressentindo. É natural que algumas associações comecem a não ter doentes para apoiar, pois estes já podem fazer a sua vida integrados na sociedade.É, portanto, tempo de canalizar o orçamento disponível para a medicação crónica e deixar de subsidiar associações que já não tem razão de existir.As guidelines internacionais assim apontam...Três associações que trabalham na área da sida em Portugal afirmam que estão “à beira da ruptura” por falta de financiamento e “na eminência de fechar as portas aos projectos já aprovados”. Acusam o Estado de não ter capacidade nem vontade de ajudar quem precisa.As associações Abraço, Positivo e Sol, num comunicado conjunto, reagiram ontem às recentes declarações do Coordenador Nacional para a Infecção VIH, Henrique Barros, que no passado domingo admitiu o falhanço do programa de prevenção e combate a este síndroma. “Os resultados mostram claramente que sim”, respondeu Henrique Barros quando questionado sobre se o programa ainda em curso tinha falhado. Perante esta afirmação, decidiram tomar uma posição conjunta, na qual atribuem à falta de diálogo com as associações, “que se encontram no terreno há mais tempo e que melhor sabem sobre esta matéria”. As denúncias estendem-se à situação da Comissão Nacional da Infecção pelo VIH (CNIVIH): “A CNIVIH encontra-se, do ponto de vista administrativo e financeiro, literalmente sem técnicos, pois os contratos de trabalho dos mesmos não foram validados atempadamente”. Para as associações, “quem fica a perder” é “o comum cidadão que não tem voz activa”. As três associações alertam para o facto de “reencaminhar para o Governo todos os utentes que o Estado não tem capacidade, nem vontade de ajudar”, declarando que estão “à beira da ruptura” por falta de financiamento e “na eminência de fechar as portas aos projectos já aprovados”.Nota de roda-pé:As mortes em Portugal estacionaram,não aumentando. Nos restantes países a taxa de mortalidade continua a diminuir desde o aparecimento dos novos fármacos há uma década.

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