Governo afasta responsável pela linha Saúde 24

05-03-2020
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O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, — a entidade responsável pela Linha SNS 24, mais conhecida como Saúde 24 — foi afastado pelo Governo, segundo o Observador (acesso livre). O despedimento, confirmado pelo próprio ao jornal, acontece durante a crise de coronavírus. Será substituído pelo antigo secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro, que já iniciou funções.

A comissão de serviço de Henrique Martins havia terminado a 31 de dezembro de 2019. No entanto, continuou em funções até ter sido informado na quarta-feira, pessoalmente, pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, de que não seria reconduzido. Ao Observador, o ex-presidente dos SPMS diz ter sido “apanhado de surpresa”.

Acrescentou que não lhe foi dada qualquer justificação e a ministra da Saúde, Marta Temido, desvalorizou a situação. “Estava em curso a alteração dso titulare. Houve uim termo de mandato a 31 de dezembro e, como noutras entidades, houve a substituição”, disse, em declarações transmitidas pela RTP.

Mas a decisão foi tomada numa altura crítica para a linha. Devido ao surto de coronavírus, a linha SNS 24 atingiu um máximo histórico na segunda-feira logo após a confirmação dos dois primeiros casos de coronavírus em Portugal. Os enfermeiros não conseguiram dar resposta e atenderam apenas um quarto das chamadas em tempo útil.

A linha SNS 24 recebeu 13.532 chamadas, sendo que 3.569 pessoas desistiram de esperar pelo atendimento. A situação é ainda mais grave na linha que tem por objetivo orientar os médicos de todo o país para validar eventuais casos suspeitos. Os dados do Portal da Transparência do SNS tinham sido noticiados pelo Público.

A ministra da Saúde reconheceu o problema, e na quarta-feira, no Parlamento anunciou que esta linha de apoio aos médicos iria “ser reforçada”, sendo que já está a “trabalhar com médicos que se voluntariaram para receber a formação necessária” para desempenhar esta tarefa. Marta Temido defendeu ainda que os médicos que estão nesta linha não podem desempenhar outras atividades.

A Administração Regional e Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) pedia, na semana passada, com “urgência” que fosse recrutado mais recursos para a Linha de Apoio ao Médico (LAM) e mais enfermeiros para a Linha SNS 24.

(Notícia atualizada às 18h50)

O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), Henrique Martins, — a entidade responsável pela Linha SNS 24, mais conhecida como Saúde 24 — foi afastado pelo Governo, segundo o Observador (acesso livre). O despedimento, confirmado pelo próprio ao jornal, acontece durante a crise de coronavírus. Será substituído pelo antigo secretário de Estado Adjunto e da Modernização Administrativa, Luís Goes Pinheiro, que já iniciou funções.

A comissão de serviço de Henrique Martins havia terminado a 31 de dezembro de 2019. No entanto, continuou em funções até ter sido informado na quarta-feira, pessoalmente, pela secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, de que não seria reconduzido. Ao Observador, o ex-presidente dos SPMS diz ter sido “apanhado de surpresa”.

Acrescentou que não lhe foi dada qualquer justificação e a ministra da Saúde, Marta Temido, desvalorizou a situação. “Estava em curso a alteração dso titulare. Houve uim termo de mandato a 31 de dezembro e, como noutras entidades, houve a substituição”, disse, em declarações transmitidas pela RTP.

Mas a decisão foi tomada numa altura crítica para a linha. Devido ao surto de coronavírus, a linha SNS 24 atingiu um máximo histórico na segunda-feira logo após a confirmação dos dois primeiros casos de coronavírus em Portugal. Os enfermeiros não conseguiram dar resposta e atenderam apenas um quarto das chamadas em tempo útil.

A linha SNS 24 recebeu 13.532 chamadas, sendo que 3.569 pessoas desistiram de esperar pelo atendimento. A situação é ainda mais grave na linha que tem por objetivo orientar os médicos de todo o país para validar eventuais casos suspeitos. Os dados do Portal da Transparência do SNS tinham sido noticiados pelo Público.

A ministra da Saúde reconheceu o problema, e na quarta-feira, no Parlamento anunciou que esta linha de apoio aos médicos iria “ser reforçada”, sendo que já está a “trabalhar com médicos que se voluntariaram para receber a formação necessária” para desempenhar esta tarefa. Marta Temido defendeu ainda que os médicos que estão nesta linha não podem desempenhar outras atividades.

A Administração Regional e Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) pedia, na semana passada, com “urgência” que fosse recrutado mais recursos para a Linha de Apoio ao Médico (LAM) e mais enfermeiros para a Linha SNS 24.

(Notícia atualizada às 18h50)

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