Ministro da Economia chamado a tomar posição sobre o aeroporto de Faro

28-10-2011
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A falta de condições da infra-estrutura está a criar preocupação em autarcas e operadores turísticos. Carlos Leandro, vice-presidente da Associação dos Hotéis e Empresários Turísticos do Algarve (AHETA), lamentou a "situação insustentável que tem de se ultrapassar rapidamente", criada pela ANA-Aeroportos de Portugal ao aconselhar os operadores turísticos a optarem pelo aeroporto de Sevilha, quando existe "uma unidade aeroportuária em Beja".

O dirigente da AHETA defende que se "devem explorar ao máximo" as capacidades do aeroporto alentejano, que dista de Faro cerca de 120 quilómetros, quando Sevilha está a 200 quilómetros. O presidente da Câmara de Albufeira, Desidério Silva (PSD), diz-se "profundamente indignado" com a falta de condições em Faro. No concelho de Albufeira estão concentrados 42% da capacidade hoteleira da região algarvia, que pode estar em causa devido "à falta de celeridade" da ANA, e advoga como alternativa o aeroporto de Beja.

O director do aeroporto de Beja, Pedro Beja Neves, já manifestou disponibilidade para "receber" voos programados para Faro. Subsistem, contudo, dificuldades logísticas, nomeadamente a falta de certificação das pistas para voos comerciais, o que obriga a solicitar autorização à Força Aérea Portuguesa e ao INAC por cada aeronave que queira aterrar ou descolar em Beja. Acresce ainda a limitação no acesso ao combustível para aeronaves comerciais.

O deputado Mário Simões critica a ANA pelas reservas colocadas à utilização de Beja. No entanto, existem outros obstáculos. "Não podemos obrigar as companhias a voar para onde não querem", afirmou Correia Mendes, director do aeroporto de Faro, adiantando que Easyjet e Ryanair "têm as suas bases operacionais em Sevilha", razão pela qual preferem deslocar os passageiros de autocarro para Espanha. E, notou, Beja ainda só recebeu 700 passageiros e "o aeroporto de Faro só na tarde de ontem [quarta-feira] recebeu cinco mil passageiros - é uma questão de escala".

Capacidade de Faro reduzida a metade

A capacidade operacional do aeroporto de Faro, devido aos estragos provocados pelo mau tempo, está reduzido a metade. Os voos processam-se ao ritmo de 12 movimentos/hora, quando a torre de controlo tem capacidade para operar o dobro de movimentos por hora. O director do aeroporto, Correia Mendes, considera que, mesmo assim, "existe resposta para as necessidades presentes", na medida em que o Algarve vai entrar na chamada época baixa do turismo. Só lá para a Primavera, recordou, "é que o Algarve volta, de novo, a estar em alta". Na quarta-feira, o temporal obrigou a que fossem desviados seis voos para Sevilha. "Tivemos ventos cruzados de 30 nós na pista, não havia condições para levantar voo ou aterrar", justificou Carreira Mendes. Uma parte do tecto da aerogare desabou na segunda-feira, obrigando "por uma questão de seguranç" a fazer o check-in na rua, o que motivou criticas pelo desconforto. A meteorologia anteontem previa agravamento do estado do tempo, e a direcção do aeroporto decidiu, "por uma questão de prudência", afastar as pessoas das zonas mais vulneráveis.

A falta de condições da infra-estrutura está a criar preocupação em autarcas e operadores turísticos. Carlos Leandro, vice-presidente da Associação dos Hotéis e Empresários Turísticos do Algarve (AHETA), lamentou a "situação insustentável que tem de se ultrapassar rapidamente", criada pela ANA-Aeroportos de Portugal ao aconselhar os operadores turísticos a optarem pelo aeroporto de Sevilha, quando existe "uma unidade aeroportuária em Beja".

O dirigente da AHETA defende que se "devem explorar ao máximo" as capacidades do aeroporto alentejano, que dista de Faro cerca de 120 quilómetros, quando Sevilha está a 200 quilómetros. O presidente da Câmara de Albufeira, Desidério Silva (PSD), diz-se "profundamente indignado" com a falta de condições em Faro. No concelho de Albufeira estão concentrados 42% da capacidade hoteleira da região algarvia, que pode estar em causa devido "à falta de celeridade" da ANA, e advoga como alternativa o aeroporto de Beja.

O director do aeroporto de Beja, Pedro Beja Neves, já manifestou disponibilidade para "receber" voos programados para Faro. Subsistem, contudo, dificuldades logísticas, nomeadamente a falta de certificação das pistas para voos comerciais, o que obriga a solicitar autorização à Força Aérea Portuguesa e ao INAC por cada aeronave que queira aterrar ou descolar em Beja. Acresce ainda a limitação no acesso ao combustível para aeronaves comerciais.

O deputado Mário Simões critica a ANA pelas reservas colocadas à utilização de Beja. No entanto, existem outros obstáculos. "Não podemos obrigar as companhias a voar para onde não querem", afirmou Correia Mendes, director do aeroporto de Faro, adiantando que Easyjet e Ryanair "têm as suas bases operacionais em Sevilha", razão pela qual preferem deslocar os passageiros de autocarro para Espanha. E, notou, Beja ainda só recebeu 700 passageiros e "o aeroporto de Faro só na tarde de ontem [quarta-feira] recebeu cinco mil passageiros - é uma questão de escala".

Capacidade de Faro reduzida a metade

A capacidade operacional do aeroporto de Faro, devido aos estragos provocados pelo mau tempo, está reduzido a metade. Os voos processam-se ao ritmo de 12 movimentos/hora, quando a torre de controlo tem capacidade para operar o dobro de movimentos por hora. O director do aeroporto, Correia Mendes, considera que, mesmo assim, "existe resposta para as necessidades presentes", na medida em que o Algarve vai entrar na chamada época baixa do turismo. Só lá para a Primavera, recordou, "é que o Algarve volta, de novo, a estar em alta". Na quarta-feira, o temporal obrigou a que fossem desviados seis voos para Sevilha. "Tivemos ventos cruzados de 30 nós na pista, não havia condições para levantar voo ou aterrar", justificou Carreira Mendes. Uma parte do tecto da aerogare desabou na segunda-feira, obrigando "por uma questão de seguranç" a fazer o check-in na rua, o que motivou criticas pelo desconforto. A meteorologia anteontem previa agravamento do estado do tempo, e a direcção do aeroporto decidiu, "por uma questão de prudência", afastar as pessoas das zonas mais vulneráveis.

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