Câmara de Comuns

24-12-2013
marcar artigo

por Carlos Manuel Castro

Sul rincaro dei biglietti di bus, tram e metrò, il sindaco fa notare come si sia dovuto «alzare il prezzo del biglietto ordinario a 1,50 euro per evitare ogni aumento degli abbonamenti annuali e mensili, in modo che chi utilizza regolarmente i mezzi pubblici non dovrà pagare nulla in più rispetto a oggi. Face à situação financeira do Município de Milão, o novo edil da capital lombarda, Giuliano Pisapia, escreveu a todos os milaneses apresentando as razões da tomada de um conjunto de decisões que impõe várias restrições e apertos, devido a uma herança orçamental pejada de dívidas. Uma das medidas, a nível de transportes, e que afecta a vida de milhões de pessoas, passa pelo o aumento do preço do bilhete, mas a manutenção do preço dos passes mensais e anuais. Infelizmente, em Portugal, o novo Governo decretou a subida do título de transporte e passes, sem qualquer critério nem sensibilidade, social e ambiental. Os tempos são de dificuldades e requerem contenção, mas não podemos perder do horizonte as oportunidades e desafios que as sociedades devem ganhar, como conquistar mais utilizadores para os transportes públicos em detrimento da viatura pessoal, com nítidos ganhos para todos. Por cá, apenas se olha para os números, mas o novo Governo parece nem ter noção de como colocar os números ao serviço das pessoas. Depois do exemplo da eleição de Pisapia para a Câmara de Milão (ganhando as primárias no Partido Democrático e conquistando o coração financeiro de Itália para a esquerda duas décadas depois, apesar de ter sido alvo dos ataques mais vis e abjectos na campanha eleitoral), Pisapia demonstra como é governar com sentido de responsabilidade e rigor, sem dispensar a condição de vida das pessoas das medidas que implementa.

por Paulo Ferreira

A secretária de Estado dos Transportes encontra-se esta segunda-feira com o governo brasileiro para apresentar a «Plataforma Logística de Portugal». Responsáveis de cinco portos lusos vão estar no Brasil e na Argentina para captar tráfego naval. O encontro desta segunda-feira é a primeira paragem de um périplo pelo continente austral para promover aquilo que o Governo e operadores lusos apelidam de «Plataforma Logística de Portugal» em que Portugal se propõe a fazer a PONTE entre a Europa e a América do Sul. Actualmente, apenas os portos de Setúbal, Sines e Lisboa mantêm um volume de trocas considerado «incipiente» com a América do Sul, mas o executivo português quer convencer governantes, empresários e operadores portuários do Brasil e da Argentina a elegerem cinco portos nacionais como ponto de contacto com a Europa, em detrimento de Espanha e da Europa do Norte. O conceito da «Plataforma Logística de Portugal», que Lisboa ‘vende’ na América do Sul (à semelhança do que já fez na Ásia), engloba não só os portos nacionais como as estruturas ferro e rodoviárias existentes ou previstas que ligam Portugal ao resto da Europa, bem como as grandes plataformas logísticas que estão no papel, nomeadamente as do Poceirão e Vila Franca de Xira. O PSD também achará esta "ponte" um "investimento público desnecessário"?

por João Gomes de Almeida

Hoje, em almoço com o Rui Rodrigues, fiquei a conhecer o seu estudo sobre a não utilização de mangas nos aviões da TAP, no aeroporto da Portela. Mais um dos motivos que fazem atrasar o tráfego no aeroporto. Este estudo merece ser visto e divulgado. Adenda: No primeiro semestre de 2008, a transportadora estatal registou prejuízos de 136 milhões de euros, apesar do crescimento dos proveitos operacionais em 20 por cento, para os 977 milhões de euros, e do recorde em termos de número de passageiros.

Este resultado é "o pior dos últimos anos", refere a TAP em comunicado, acrescentado que "reflecte o brutal aumento do preço dos combustíveis". No primeiro semestre de 2008, a empresa gastou 312 milhões de euros em combustível, o que representa um agravamento de 75 por cento face ao período homólogo do ano passado.

por Paulo Ferreira

Com a crise dos combustível, as perspectivas de crescimento do transporte aéreo ficaram ainda mais baralhadas. "Flexibilidade" na resposta, é o que recomendam os peritos, e que se deve aplicar ao novo aeroporto de Alcochete

Vários especialistas em transportes demonstraram ontem, num seminário organizado pelo MIT-Portugal na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), uma grande proximidade de ideias. Entre eles, José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico, Álvaro Costa, da FEUP, e Richard Neufville, do MIT- Massachussets Institute of Technology.

Construção faseada parece ser a opinião mais unânime...ainda bem!Esperemos que seja a opção a seguir, é lógica, sensata e preventiva de riscos ou erros futuros. A exigência da construção de uma sociedade paritária, como forma de concretizar a democracia, foi ontem apontada como o objectivo a conquistar por Helena Roseta, vereadora na Câmara de Lisboa, ao intervir no debate sobre “Feminismos e poder político”, com a participação de Paula Teixeira da Cruz, Sónia Fertuzinhos, Helena Pinto e Heloisa Apolónia, um dos paineis de discussão que integram o Congresso Feminista, que decorre até sábado em Lisboa.

Roseta sustentou ainda que a gestão do tempo em Portugal prejudica a participação das mulheres na política. E garantiu que é preciso saber qual o poder que as mulheres querem partilhar. “Será que o poder que eu quero é o que me querem dar? É para fazer? Ter meios? Ou para dar um lugar na lista?” Defensora das quotas assumiu-se a deputada do PS à Assembleia da República, Sónia Fertuzinhos. Esta lançou mesmo um desafio: que seja criado um movimento para que a lei da paridade seja cumprida pelos partidos nas próximas listas eleitorais legislativas autarquicas e europeias. A legitimidade das quotas foi, aliás, advogada por Ana Coucello, presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, que moderou o painel. Lembrando que as quotas são um mecanismo legal previsto nas convenções da ONU, Ana Coucello sustentou que “a ideia de que as coisas um dia vão mudar não passa de um apelo à abulia cívica”.

As quotas só vieram estragar este processo de abertura da politica às mulheres, contaminaram o processo de escolha, perverteram a lógica de representação. Quanto à paridade, primeiro venha o processo de ter mulheres que valham por elas mesmas e não pela "profissão de ocupar quotas"....como é que iniciamos este processo visível em todos os países da Europa que sobrevivem sem quotas? Depende das próprias mulheres, deve ser incentivado, apoiado e estimulado, mas de forma alguma "dado" como se fosse alguma espécie de compensação por "crimes de guerra" ou "esclavagismo", desta forma não teremos as MELHORES MULHERES na politica, teremos MULHERES CONVENIENTES A OCUPAREM ESPAÇO NAS QUOTAS! É a minha opinião baseada no facto existirem mulheres fantásticas na politica, de existirem mulheres que fazem imensa falta na politica, de ver as dificuldades adicionais porque estas passam, mas também pelo facto de acreditar que todos devemos ser iguais, sempre, e de que a descriminação positiva por vezes "estraga mais" do que "compensa". Mulheres na politica, sim, já e em força....mas com quotas não!

por Paulo Ferreira

por Paulo Ferreira

Porta-voz dos camionistas é militante activo do PSD António Lóios, o auto-intitulado porta-voz da comissão de camionistas responsável pela paralisação nacional da última semana, tem uma carreira política intimamente ligada ao PSD, segundo apurou o Diário Económico. O que confirma as acusações que lhe têm sido dirigidas por parte de vários membros da direcção da ANTRAM. Lóios entrou para o Partido Social-Democrata logo em 1974. Primeiro como 'jota' e depois como um dos seus militantes mais activos. Filho de um maquinista da CP e de uma operária de uma tabaqueira, ambos comunistas, o jovem decidiu seguir o seu próprio percurso profissional e político. Licenciou-se em engenharia informática e seguiu as tradicionais etapas de ascensão partidária. Foi vereador da Câmara Municipal de Arraiolos (de onde a sua família é natural) pelo PSD na década de 90 – durante a presidência de Jerónimo Lóios, o seu primo comunista com quem não fala. Foi membro da direcção do PSD de Évora. E, recentemente, fez parte da comissão de honra da candidatura de Fernando Negrão à presidência da câmara de Lisboa – onde ele próprio se candidatou a presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau. Sem sucesso. No último mês, foi o director de campanha de Mário Patinha Antão nas eleições internas do partido. Patinha Antão convidou-o por indicação de "amigos comuns", mesmo sem o conhecer pessoalmente. "Ele aceitou logo", conta o deputado ao Diário Económico, reconhecendo-lhe "grande competência" nesse cargo. A relação de Lóios com os camionistas e transportadores não é directa. O engenheiro não é, nem nunca foi, camionista ou possuiu qualquer empresa nesta área. Apesar de ter familiares que o são. Nos últimos anos, Lóios tem trabalhado como representante português de um grupo espanhol que vende produtos lubrificantes para camiões, o que lhe permitiu entrar no meio e travar amizade com dezenas de camionistas e transportadores – que acabaram por lhe reconhecer legitimidade para os representar junto do ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, com quem voltou a estar reunido hoje de tarde. Neste momento, António Lóios está a ponderar criar uma associação de defesa de pequenos empresários de qualquer sector de actividade. - NOTICIA Diário Económico Ao contrário do que seria, talvez, de esperar não julgo que seja minimamente impeditivo pertencer a qualquer partido politico que seja e ter várias outras actividades, associativas ou sindicais, desportivas ou quaisquer outras, separando sempre as águas entre cada "papel". Se não fosse isto possível pura e simplesmente não existiriam sindicatos....ou em alternativa não existiria um ou mesmo os dois partidos políticos portugueses da extrema esquerda com representação parlamentar! Claro está, isso exige a cada cidadão nesta posição uma estrutura moral e ética forte, uma firme capacidade para resistir a pressões ou tentações. Neste artigo o que me surpreendeu, ao contrário de muitos leitores, não foi a militância do Engenheiro Informático representante dos camionistas António Lóios no PSD, aliás desde a JSD, com escola de qualidade portanto, o que me surpreendeu foi ter sido DIRECTOR DE CAMPANHA DE PATINHA ANTÃO, sem sequer conhecer o candidato, que o escolheu SEM O CONHECER MINIMAMENTE, APENAS POR MERA RECOMENDAÇÃO DE AMIGOS COMUNS! Convite que o Engenheiro Informático representante dos camionistas António Lóios aceitou de imediato....apenas isto me surpreende! Que grande "desejo de protagonismo" é preciso ter para se ser director de campanha nacional de um candidato que se não conhece minimamente, nem as ideias ou projectos, a quem não se tem nenhuma ligação que seja, apenas pelo "divertimento da coisa" provavelmente...

por Paulo Ferreira

texto retirado d'O Jumento Não deixa de ser curioso que sejam dois grupos empresariais, que se caracterizam pela tendência para o incumprimento de todas as regras, que não hesita em lançar o país em crise se daí resultarem proveitos. Primeiro foram os armadores, se pudessem usavam malhas maiores do que as permitidas, excediam todas as quotas e pescariam em locais proibidos, depois de décadas de saque sem regras queixam de que as poucas sardinhas que pescam são vendidas baratas. Agora são os camionistas que se pudessem transportariam peso a mais, desrespeitariam os horários de trabalho dos motoristas e, se pudessem, tornariam suas as estradas do país. Talvez por serem manifestações atípicas assistimos a fenómenos curiosos, enquanto o PCP manteve o silêncio os pescadores foram despedidos para ganharem subsídio de desemprego enquanto durasse o lockout, ao mesmo tempo que serviam de carne para canhão nos piquetes dos patrões. O mesmo triste papel tem sido desempenhado pelos motoristas, vemos mesmo alguns a dizerem que estão ali para defender os patrões, os mesmos patrões que não cumprem as regras laborais. Perante isto assistimos ao silêncio cobarde dos que se dizem candidatos a liderar o proletariado. Salvou-se Carvalho da Silva que manteve o silêncio durante o lockout dos armadores, mas percebeu que agora teria de dizer alguma coisa. É vergonhoso como os grandes defensores da “democracia”, dos trabalhadores, dos ideais de Abril e da ditadura do proletariado optem pelo silêncio enquanto os trabalhadores servem de tropa de choque de “empresários” sem escrúpulos, na esperança de obterem alguns votos em resultado da crise económica, numa lógica sinistra de que quanto pior melhor. É a luta de classes à portuguesa, se os trabalhadores servirem de troipa de choque e isso ajudar Manuela Ferreira Leite a chegar a São Bento o senhor Jerónimo de Sousa cala-se. À direita assistimos ao mesmo oportunismo, CDS e PSD optaram pelo silêncio, Ferreira Leite deve andar a mudar as fraldas ao neto e Paulo Portas, que andava numa excitação desvairada entre Badajoz e Lisboa, deve ter optado por ir a banhos, aproveitando o sol para ter algum bronze, sempre é mais barato e lhe dá melhor ar do que o solarium.

por Paulo Ferreira

por Paulo Ferreira

por Carlos Manuel Castro

Sul rincaro dei biglietti di bus, tram e metrò, il sindaco fa notare come si sia dovuto «alzare il prezzo del biglietto ordinario a 1,50 euro per evitare ogni aumento degli abbonamenti annuali e mensili, in modo che chi utilizza regolarmente i mezzi pubblici non dovrà pagare nulla in più rispetto a oggi. Face à situação financeira do Município de Milão, o novo edil da capital lombarda, Giuliano Pisapia, escreveu a todos os milaneses apresentando as razões da tomada de um conjunto de decisões que impõe várias restrições e apertos, devido a uma herança orçamental pejada de dívidas. Uma das medidas, a nível de transportes, e que afecta a vida de milhões de pessoas, passa pelo o aumento do preço do bilhete, mas a manutenção do preço dos passes mensais e anuais. Infelizmente, em Portugal, o novo Governo decretou a subida do título de transporte e passes, sem qualquer critério nem sensibilidade, social e ambiental. Os tempos são de dificuldades e requerem contenção, mas não podemos perder do horizonte as oportunidades e desafios que as sociedades devem ganhar, como conquistar mais utilizadores para os transportes públicos em detrimento da viatura pessoal, com nítidos ganhos para todos. Por cá, apenas se olha para os números, mas o novo Governo parece nem ter noção de como colocar os números ao serviço das pessoas. Depois do exemplo da eleição de Pisapia para a Câmara de Milão (ganhando as primárias no Partido Democrático e conquistando o coração financeiro de Itália para a esquerda duas décadas depois, apesar de ter sido alvo dos ataques mais vis e abjectos na campanha eleitoral), Pisapia demonstra como é governar com sentido de responsabilidade e rigor, sem dispensar a condição de vida das pessoas das medidas que implementa.

por Paulo Ferreira

A secretária de Estado dos Transportes encontra-se esta segunda-feira com o governo brasileiro para apresentar a «Plataforma Logística de Portugal». Responsáveis de cinco portos lusos vão estar no Brasil e na Argentina para captar tráfego naval. O encontro desta segunda-feira é a primeira paragem de um périplo pelo continente austral para promover aquilo que o Governo e operadores lusos apelidam de «Plataforma Logística de Portugal» em que Portugal se propõe a fazer a PONTE entre a Europa e a América do Sul. Actualmente, apenas os portos de Setúbal, Sines e Lisboa mantêm um volume de trocas considerado «incipiente» com a América do Sul, mas o executivo português quer convencer governantes, empresários e operadores portuários do Brasil e da Argentina a elegerem cinco portos nacionais como ponto de contacto com a Europa, em detrimento de Espanha e da Europa do Norte. O conceito da «Plataforma Logística de Portugal», que Lisboa ‘vende’ na América do Sul (à semelhança do que já fez na Ásia), engloba não só os portos nacionais como as estruturas ferro e rodoviárias existentes ou previstas que ligam Portugal ao resto da Europa, bem como as grandes plataformas logísticas que estão no papel, nomeadamente as do Poceirão e Vila Franca de Xira. O PSD também achará esta "ponte" um "investimento público desnecessário"?

por João Gomes de Almeida

Hoje, em almoço com o Rui Rodrigues, fiquei a conhecer o seu estudo sobre a não utilização de mangas nos aviões da TAP, no aeroporto da Portela. Mais um dos motivos que fazem atrasar o tráfego no aeroporto. Este estudo merece ser visto e divulgado. Adenda: No primeiro semestre de 2008, a transportadora estatal registou prejuízos de 136 milhões de euros, apesar do crescimento dos proveitos operacionais em 20 por cento, para os 977 milhões de euros, e do recorde em termos de número de passageiros.

Este resultado é "o pior dos últimos anos", refere a TAP em comunicado, acrescentado que "reflecte o brutal aumento do preço dos combustíveis". No primeiro semestre de 2008, a empresa gastou 312 milhões de euros em combustível, o que representa um agravamento de 75 por cento face ao período homólogo do ano passado.

por Paulo Ferreira

Com a crise dos combustível, as perspectivas de crescimento do transporte aéreo ficaram ainda mais baralhadas. "Flexibilidade" na resposta, é o que recomendam os peritos, e que se deve aplicar ao novo aeroporto de Alcochete

Vários especialistas em transportes demonstraram ontem, num seminário organizado pelo MIT-Portugal na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), uma grande proximidade de ideias. Entre eles, José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico, Álvaro Costa, da FEUP, e Richard Neufville, do MIT- Massachussets Institute of Technology.

Construção faseada parece ser a opinião mais unânime...ainda bem!Esperemos que seja a opção a seguir, é lógica, sensata e preventiva de riscos ou erros futuros. A exigência da construção de uma sociedade paritária, como forma de concretizar a democracia, foi ontem apontada como o objectivo a conquistar por Helena Roseta, vereadora na Câmara de Lisboa, ao intervir no debate sobre “Feminismos e poder político”, com a participação de Paula Teixeira da Cruz, Sónia Fertuzinhos, Helena Pinto e Heloisa Apolónia, um dos paineis de discussão que integram o Congresso Feminista, que decorre até sábado em Lisboa.

Roseta sustentou ainda que a gestão do tempo em Portugal prejudica a participação das mulheres na política. E garantiu que é preciso saber qual o poder que as mulheres querem partilhar. “Será que o poder que eu quero é o que me querem dar? É para fazer? Ter meios? Ou para dar um lugar na lista?” Defensora das quotas assumiu-se a deputada do PS à Assembleia da República, Sónia Fertuzinhos. Esta lançou mesmo um desafio: que seja criado um movimento para que a lei da paridade seja cumprida pelos partidos nas próximas listas eleitorais legislativas autarquicas e europeias. A legitimidade das quotas foi, aliás, advogada por Ana Coucello, presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, que moderou o painel. Lembrando que as quotas são um mecanismo legal previsto nas convenções da ONU, Ana Coucello sustentou que “a ideia de que as coisas um dia vão mudar não passa de um apelo à abulia cívica”.

As quotas só vieram estragar este processo de abertura da politica às mulheres, contaminaram o processo de escolha, perverteram a lógica de representação. Quanto à paridade, primeiro venha o processo de ter mulheres que valham por elas mesmas e não pela "profissão de ocupar quotas"....como é que iniciamos este processo visível em todos os países da Europa que sobrevivem sem quotas? Depende das próprias mulheres, deve ser incentivado, apoiado e estimulado, mas de forma alguma "dado" como se fosse alguma espécie de compensação por "crimes de guerra" ou "esclavagismo", desta forma não teremos as MELHORES MULHERES na politica, teremos MULHERES CONVENIENTES A OCUPAREM ESPAÇO NAS QUOTAS! É a minha opinião baseada no facto existirem mulheres fantásticas na politica, de existirem mulheres que fazem imensa falta na politica, de ver as dificuldades adicionais porque estas passam, mas também pelo facto de acreditar que todos devemos ser iguais, sempre, e de que a descriminação positiva por vezes "estraga mais" do que "compensa". Mulheres na politica, sim, já e em força....mas com quotas não!

por Paulo Ferreira

por Paulo Ferreira

Porta-voz dos camionistas é militante activo do PSD António Lóios, o auto-intitulado porta-voz da comissão de camionistas responsável pela paralisação nacional da última semana, tem uma carreira política intimamente ligada ao PSD, segundo apurou o Diário Económico. O que confirma as acusações que lhe têm sido dirigidas por parte de vários membros da direcção da ANTRAM. Lóios entrou para o Partido Social-Democrata logo em 1974. Primeiro como 'jota' e depois como um dos seus militantes mais activos. Filho de um maquinista da CP e de uma operária de uma tabaqueira, ambos comunistas, o jovem decidiu seguir o seu próprio percurso profissional e político. Licenciou-se em engenharia informática e seguiu as tradicionais etapas de ascensão partidária. Foi vereador da Câmara Municipal de Arraiolos (de onde a sua família é natural) pelo PSD na década de 90 – durante a presidência de Jerónimo Lóios, o seu primo comunista com quem não fala. Foi membro da direcção do PSD de Évora. E, recentemente, fez parte da comissão de honra da candidatura de Fernando Negrão à presidência da câmara de Lisboa – onde ele próprio se candidatou a presidente da Junta de Freguesia de São Nicolau. Sem sucesso. No último mês, foi o director de campanha de Mário Patinha Antão nas eleições internas do partido. Patinha Antão convidou-o por indicação de "amigos comuns", mesmo sem o conhecer pessoalmente. "Ele aceitou logo", conta o deputado ao Diário Económico, reconhecendo-lhe "grande competência" nesse cargo. A relação de Lóios com os camionistas e transportadores não é directa. O engenheiro não é, nem nunca foi, camionista ou possuiu qualquer empresa nesta área. Apesar de ter familiares que o são. Nos últimos anos, Lóios tem trabalhado como representante português de um grupo espanhol que vende produtos lubrificantes para camiões, o que lhe permitiu entrar no meio e travar amizade com dezenas de camionistas e transportadores – que acabaram por lhe reconhecer legitimidade para os representar junto do ministro das Obras Públicas Transportes e Comunicações, Mário Lino, com quem voltou a estar reunido hoje de tarde. Neste momento, António Lóios está a ponderar criar uma associação de defesa de pequenos empresários de qualquer sector de actividade. - NOTICIA Diário Económico Ao contrário do que seria, talvez, de esperar não julgo que seja minimamente impeditivo pertencer a qualquer partido politico que seja e ter várias outras actividades, associativas ou sindicais, desportivas ou quaisquer outras, separando sempre as águas entre cada "papel". Se não fosse isto possível pura e simplesmente não existiriam sindicatos....ou em alternativa não existiria um ou mesmo os dois partidos políticos portugueses da extrema esquerda com representação parlamentar! Claro está, isso exige a cada cidadão nesta posição uma estrutura moral e ética forte, uma firme capacidade para resistir a pressões ou tentações. Neste artigo o que me surpreendeu, ao contrário de muitos leitores, não foi a militância do Engenheiro Informático representante dos camionistas António Lóios no PSD, aliás desde a JSD, com escola de qualidade portanto, o que me surpreendeu foi ter sido DIRECTOR DE CAMPANHA DE PATINHA ANTÃO, sem sequer conhecer o candidato, que o escolheu SEM O CONHECER MINIMAMENTE, APENAS POR MERA RECOMENDAÇÃO DE AMIGOS COMUNS! Convite que o Engenheiro Informático representante dos camionistas António Lóios aceitou de imediato....apenas isto me surpreende! Que grande "desejo de protagonismo" é preciso ter para se ser director de campanha nacional de um candidato que se não conhece minimamente, nem as ideias ou projectos, a quem não se tem nenhuma ligação que seja, apenas pelo "divertimento da coisa" provavelmente...

por Paulo Ferreira

texto retirado d'O Jumento Não deixa de ser curioso que sejam dois grupos empresariais, que se caracterizam pela tendência para o incumprimento de todas as regras, que não hesita em lançar o país em crise se daí resultarem proveitos. Primeiro foram os armadores, se pudessem usavam malhas maiores do que as permitidas, excediam todas as quotas e pescariam em locais proibidos, depois de décadas de saque sem regras queixam de que as poucas sardinhas que pescam são vendidas baratas. Agora são os camionistas que se pudessem transportariam peso a mais, desrespeitariam os horários de trabalho dos motoristas e, se pudessem, tornariam suas as estradas do país. Talvez por serem manifestações atípicas assistimos a fenómenos curiosos, enquanto o PCP manteve o silêncio os pescadores foram despedidos para ganharem subsídio de desemprego enquanto durasse o lockout, ao mesmo tempo que serviam de carne para canhão nos piquetes dos patrões. O mesmo triste papel tem sido desempenhado pelos motoristas, vemos mesmo alguns a dizerem que estão ali para defender os patrões, os mesmos patrões que não cumprem as regras laborais. Perante isto assistimos ao silêncio cobarde dos que se dizem candidatos a liderar o proletariado. Salvou-se Carvalho da Silva que manteve o silêncio durante o lockout dos armadores, mas percebeu que agora teria de dizer alguma coisa. É vergonhoso como os grandes defensores da “democracia”, dos trabalhadores, dos ideais de Abril e da ditadura do proletariado optem pelo silêncio enquanto os trabalhadores servem de tropa de choque de “empresários” sem escrúpulos, na esperança de obterem alguns votos em resultado da crise económica, numa lógica sinistra de que quanto pior melhor. É a luta de classes à portuguesa, se os trabalhadores servirem de troipa de choque e isso ajudar Manuela Ferreira Leite a chegar a São Bento o senhor Jerónimo de Sousa cala-se. À direita assistimos ao mesmo oportunismo, CDS e PSD optaram pelo silêncio, Ferreira Leite deve andar a mudar as fraldas ao neto e Paulo Portas, que andava numa excitação desvairada entre Badajoz e Lisboa, deve ter optado por ir a banhos, aproveitando o sol para ter algum bronze, sempre é mais barato e lhe dá melhor ar do que o solarium.

por Paulo Ferreira

por Paulo Ferreira

marcar artigo