Câmara de Comuns

23-08-2015
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por Carlos Manuel Castro

Um jornalista venezuelano foi interrogado durante sete horas, sem a presença de um avogado, por um procurador militar que pretendia que ele revelasse as suas fontes - denunciou hoje o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP). Mais um exemplo de respeito pela Liberdade e Direitos na Venezuela de Chávez. Já agora, a propósito da nossa eleição de 27 de Setembro, alguém podia dizer a Manuela Ferreira Leite que Portugal é um Estado de Direito Democrático, onde a Liberdade e os Direitos são respeitados. Pelo menos não apresentava argumentos parvos e demagógicos, como referiu no debate com Paulo Portas, acusando o Governo do PS de controlo autocrático do País. Primeiro, por que essa frase, é ela mesmo evidência da Liberdade que há em Portugal e, em segundo, por que ofende quem pretende, em Liberdade, desempenhar as suas funções e é perseguido, como na Venezuela.

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

Vi nos jornais que Noam Chomsky esteve na Venezuela, onde elogiou o populista e o populismo do chavismo, como um novo modelo civilizacional. Chomsky é, hoje, um nome consagrado da semiologia e, como analista político é uma pessoa totalmente desacretidada. O que tanto critica, e nalguns casos com sentido os EUA, é o mesmo que não quer ver em que tipo de regime se está a transformar a Venezuela.

por Carlos Manuel Castro

Chavez contra Obama João Marques de Almeida engana-se num ponto. Chávez não está contra Obama ou Bush. Está contra os EUA, qualquer que seja o seu Presidente. A táctica do populista é conhecida e datada. Todos os meios justificam todos os fins. Isto é, para continuar a limitar a Liberdade dos venezuelanos, que Chávez denomina de progressos sociais e políticos revolucionários, tem de se identificar um inimigo, no caso externo, para impor a sua política. O pseudo-biblista-bolivarista, sem os EUA terem dito ou mexido uma palha, no caso hondurenho, já estava a culpar a Casa Branca pelo sucedido neste Estado da América Central.

por Carlos Manuel Castro

Hugo Chávez anunciou várias medidas económicas para protestar contra a instalação de sete bases norte-americanas na Colômbia e advertiu o Presidente norte-americano Barack Obama de que a presença militar dos Estados Unidos “pode causar uma guerra na América do Sul". Chávez continua fiel à demagogia e populismo que o caracterizam. E, como sempre, nada como a velha e conhecida lengalenga de indicar os EUA como o império que quer dominar os povos oprimidos. Quando, na verdade, quem condena e oprime as populações, no caso a venezuelana, é o próprio Presidente da República venezuelana com as suas medidas. Agora, a Colômbia, por acertar entendimentos com os EUA a instalação de sete bases militares no país, lá vem o velho e repetido grito de Caracas acusar o império de atacar e que uma guerra pode eclodir. Só a hipocrisia de Chávez, e dos seus directos seguidores, da Bolívia e Equador, podem descortinar uma qualquer hipótese de ataque dos EUA.

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

Sempre temos Liberdade para nos expressarmos e até a tolice tem direito de manifestar o seu ponto de vista sem, com isso, ser censurada ou detida. Se estivessemos na Venezuela ainda me sujeitaria a ser preso, por palavras que poderiam "atentar contra a estabilidade das instituições do Estado, a paz social, a segurança e independência da nação e a ordem pública ou que gerem a sensação de impunidade ou insegurança na população". Neste blogue já se chegou ao patamar de denominar os jornais espanhol "El País" e o brasileiro "Folha de São Paulo" como "pasquins".

por Carlos Manuel Castro

Venezuela rescinde concessão de 34 rádios; ONG denuncia perigo à liberdade de expressão Há factos que falam por si. A Venezuela caminha, a passos largos, para um sistema tão democrático como a democrática Cuba.

por Carlos Manuel Castro

Hugo Chávez põe limites à liberdade de expressão A democracia continua a ser desmantelada na Venezuela, ainda que o pseudo-biblista-bolivarista diga o contrário.

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

O estimado Carlos Dias Ferreira aconselha-me a ter mais cuidado por "dizer mal" de Chávez. O companheiro Miguel Lopes diz que estou numa cruzada, sem qualquer noção, contra o Presidente venezuelano. Ora, nem digo mal, nem estou numa cruzada. O que um e outro, por razões distintas, não querem entender acerco do que escrevo, é que o que refiro nos escritos são os constantes ataques do actual todo poderoso Presidente venezuelano à Democracia e ao Desenvolvimento, que sob em nome de uma pseudo inspiração em Bolívar e na Bíblia, comete atrozes atentados aos cidadãos venezuelanas. O que é um facto, é que com condições excepcionais, a Venezuela, na última década, não diminiu o fosso da pobreza, pelo contrário. E se em termos económicos o chavismo ainda consegue disfarçar os indicadores, por causa dos petrodolares, a realidade não se disfarça. Como é que um país, como é o caso da Venezuela, consegue ter, por exemplo, mais acesso ao whisky do que ao leite? Seja rico ou pobre. E, em termos políticos, os diversos atentados cometidos não têm sido aqui referidos. Para não falar na pretensão de Chávez querer governar eternamente. Há casos bem gritantes do desprezo pela democracia por parte do actual regime, como sucedeu recentemente ao alcaide de Caracas, a quem "despejaram" competência por este não ser nem estar com a linha do regime. Sem esquecer o que aconteceu a Isaís Balduel (ex-número 2 de Chávez). Mas há quem não queira reconhecer o que se passa. Como se omite as ligações e relacionamento entre Chávez e as FARC? E o financiamento de amigos de outros países, para ganhar influência sobre outros Estados? Assim foi no caso boliviano, equatoriano, felizmente não vingou no Peru. Por mais que se queira tomar esta abordagem, como aqui, por vezes se faz, entre a dicotomia chavismo ou neoliberalismo, continuo a dizer, e sublinhar, nem um nem outros. Há vários e bons exemplos na América Latina: Henrique Cardoso, Lagos, Bachelet ou Vásquez.

por Carlos Manuel Castro

Chávez se diz um ‘soldado’ e recua de debate com escritor Nas celebrações do 10º aniversário do programa "Alo Presidente", Hugo Chávez desafiava, há dias, oponentes para debaterem com ele o seu modelo de socialismo e rumos revolucionários que o Presidente venezuelano tem imprimido na Venezuela. O escritor e ex-candidato presidencial peruano, Mario Vargas Llosa, manifestou disponibilidade para esse debate, garantidas as condições de igualdade. Afinal, a disposição de Chávez para dialogar não era tanta e recuou, apresentando um argumento descabido, de que ele era de uma liga superior. Se Vargas Llosa quer debater com Chávez tem, primeiro, de ser Presidente. Há gestos que valem por muitas palavras. E a desistência de Chávez diz muito. (Publicado no Palavra Aberta)

por Carlos Manuel Castro

Gana el SI con 54,36% frente a 45,63% del NO Com a vitória do "sim" no referendo de ontem, que permite a Chávez eternizar-se no poder, a Venezuela dá um significativo passo atrás, em termos democráticos, e avança sem freios para a consolidação de um Estado autocrático. 10 anos de poder não chegaram a quem tanto prejudicou um dos países mais ricos do mundo. Cerca de dois séculos depois, a Venezuela precisa de um novo Bolívar que a liberte da tirania do populismo que a afecta, corrompe e afunda na pobreza. (Publicado no Palavra Aberta)

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

Chavez: Sócrates é um "líder da nobre Europa" Primeiro foi Rumsfeld, com nova e velha Europa. Agora é Chávez, com a nobre e, quiçá, pobre Europa. Em suma, de um e de outro, bem se dispensam análises e qualificativos, pois as suas políticas, trágicas, dão-lhes pouca legimitidade para qualificar outros.

por João Gomes de Almeida

Caro Carlos, Os povos do mundo estão cada vez mais pobres, principalmente os que habitam os estados africanos de que falaste, ou ainda os povos da América Latina, malvados povos, que escolhem ditadores para os governarem, esquecendo-se que a democracia só é perfeita se for como nós queremos, nós povos ocidentais, onde a pobreza e a fome são encobertas, onde há liberdade, mesmo que ao mesmo tempo recebamos ditadores nas nossas embaixadas, nos nossos palácios presidenciais e nas inúmeras cimeiras que organizamos. Quantos ditadores cometeram atrocidades milhares de vezes piores do que as de Hugo Chavez e continuam a ser bem tratados por nós ocidentais? O Partido Socialista sempre soube compreender as razões das lutas dos povos, sempre se bateu, durante toda a sua história, por um pensamento socialista de cariz universal. Podemos chamar-lhe cartilha, mas neste caso as práticas confirmam a retórica, basta para isso observarmos a forma como Mário Soares tem defendido, em toda a Europa, a revolução Bolivariana de Hugo Chavez na Venezuela e paralelamente podemos também observar as relações amistosas mantidas pelo secretário-geral do PS, José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, com o estado Venezuelano e com Hugo Chavez. Walter Benjamin diria "que o anjo da história tem os olhos no passado, mas o ventos sopram do futuro". O futuro do mundo hoje promete-nos menos do que há 10, 20 ou 30 anos, o capitalismo está a ruir por ter demonstrado que a livre economia de mercado mais não é do que um jogo de soma nula, onde um cidadão, ou um um país, para ficar mais rico e poderoso, tem que enfraquecer outro cidadão, outro país. Os recursos não são inesgotáveis. O Socialismo, livre e democrático é certo, faz cada vez mais sentido no século XXI. Os estados têm que se afirmar como motor de promoção da igualdade entre os cidadãos, colocando fronteiras ao livre comércio e ao capitalismo selvático. No panorama internacional é preciso aproximar os povos mais pobres da qualidade de vida dos mais ricos, para isso não basta a solidariedade, que nunca resolveu nada. É urgente criar mecanismos económicos para haver mais igualdade no mundo, neste contexto a Taxa Tobin quer me parecer poder ajudar. Fica o tema para debate.

por Carlos Manuel Castro

Ouço-o e penso: como pode Mário Soares ser hoje o maior avalista deste demagogo incontinente na União Europeia? Caro Pedro, Não ouvi o pseudo-biblista-bolivarista, mas também me questiono como pode Mário Soares dar aval a este populista que em nada tem enriquecido a Venezuela e a América Latina, antes pelo contrário.

por João Gomes de Almeida

O Pedro Correia do, tantas vez elogiado, Corta-Fitas ataca Hugo Chavez e Mário Soares. Fala da cimeira dos "não alinhados" com pudor, com um estranho pudor, que surpreendentemente não utiliza ao falar das cimeiras do G8. Para ele Chavez é o supremo ditador, a revolução bolivariana é mais uma invenção dos malvados comunistas e Mário Soares é, nas suas palavras, "o maior avalista deste demagogo incontinente na União Europeia". Condeno a grande maioria das acções de Hugo Chavez, nomeadamente aquelas que visam acabar com a imprensa livre na Venezuela, mas também reconheço o enorme papel que o mesmo tem tido na América Latina, fazendo pontes com o Brasil, entre as FARC e o governo de Úribe na Colômbia e acompanhando também de perto todo o processo de evolução do estado Cubano. Não consigo deixar de perceber também as sábias palavras de Mário Soares sobre Chavez, de facto o socialismo não morreu, os países pobres estão cada vez mais pobres e os países ricos continuam a infligir políticas capitalistas, especulativas e imperialistas sobre os mesmos. Os povos da América Latina têm vindo a legitimar governos de esquerda, o que é normal, visto terem sido sempre massacrados pelos países capitalistas. É normal que um novo socialismo esteja a renascer no mundo e estes novos ventos sopram, inevitavelmente, da América Latina. Hoje como no século XIX continua a existir a exploração do homem pelo homem, logo o socialismo, numa versão democrática e evoluída é certo, continua a fazer sentido. Mário Soares tem razão e só isto assusta o Pedro Correia, tal como toda a direita. Por fim gostava apenas de lembrar o Pedro Correia de que "do rio que tudo arrasta se diz violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem". Também Brecht tinha razão. Publicado também no Aquela Opinião

por Rodrigo Saraiva

por Carlos Manuel Castro

Um jornalista venezuelano foi interrogado durante sete horas, sem a presença de um avogado, por um procurador militar que pretendia que ele revelasse as suas fontes - denunciou hoje o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP). Mais um exemplo de respeito pela Liberdade e Direitos na Venezuela de Chávez. Já agora, a propósito da nossa eleição de 27 de Setembro, alguém podia dizer a Manuela Ferreira Leite que Portugal é um Estado de Direito Democrático, onde a Liberdade e os Direitos são respeitados. Pelo menos não apresentava argumentos parvos e demagógicos, como referiu no debate com Paulo Portas, acusando o Governo do PS de controlo autocrático do País. Primeiro, por que essa frase, é ela mesmo evidência da Liberdade que há em Portugal e, em segundo, por que ofende quem pretende, em Liberdade, desempenhar as suas funções e é perseguido, como na Venezuela.

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

Vi nos jornais que Noam Chomsky esteve na Venezuela, onde elogiou o populista e o populismo do chavismo, como um novo modelo civilizacional. Chomsky é, hoje, um nome consagrado da semiologia e, como analista político é uma pessoa totalmente desacretidada. O que tanto critica, e nalguns casos com sentido os EUA, é o mesmo que não quer ver em que tipo de regime se está a transformar a Venezuela.

por Carlos Manuel Castro

Chavez contra Obama João Marques de Almeida engana-se num ponto. Chávez não está contra Obama ou Bush. Está contra os EUA, qualquer que seja o seu Presidente. A táctica do populista é conhecida e datada. Todos os meios justificam todos os fins. Isto é, para continuar a limitar a Liberdade dos venezuelanos, que Chávez denomina de progressos sociais e políticos revolucionários, tem de se identificar um inimigo, no caso externo, para impor a sua política. O pseudo-biblista-bolivarista, sem os EUA terem dito ou mexido uma palha, no caso hondurenho, já estava a culpar a Casa Branca pelo sucedido neste Estado da América Central.

por Carlos Manuel Castro

Hugo Chávez anunciou várias medidas económicas para protestar contra a instalação de sete bases norte-americanas na Colômbia e advertiu o Presidente norte-americano Barack Obama de que a presença militar dos Estados Unidos “pode causar uma guerra na América do Sul". Chávez continua fiel à demagogia e populismo que o caracterizam. E, como sempre, nada como a velha e conhecida lengalenga de indicar os EUA como o império que quer dominar os povos oprimidos. Quando, na verdade, quem condena e oprime as populações, no caso a venezuelana, é o próprio Presidente da República venezuelana com as suas medidas. Agora, a Colômbia, por acertar entendimentos com os EUA a instalação de sete bases militares no país, lá vem o velho e repetido grito de Caracas acusar o império de atacar e que uma guerra pode eclodir. Só a hipocrisia de Chávez, e dos seus directos seguidores, da Bolívia e Equador, podem descortinar uma qualquer hipótese de ataque dos EUA.

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

Sempre temos Liberdade para nos expressarmos e até a tolice tem direito de manifestar o seu ponto de vista sem, com isso, ser censurada ou detida. Se estivessemos na Venezuela ainda me sujeitaria a ser preso, por palavras que poderiam "atentar contra a estabilidade das instituições do Estado, a paz social, a segurança e independência da nação e a ordem pública ou que gerem a sensação de impunidade ou insegurança na população". Neste blogue já se chegou ao patamar de denominar os jornais espanhol "El País" e o brasileiro "Folha de São Paulo" como "pasquins".

por Carlos Manuel Castro

Venezuela rescinde concessão de 34 rádios; ONG denuncia perigo à liberdade de expressão Há factos que falam por si. A Venezuela caminha, a passos largos, para um sistema tão democrático como a democrática Cuba.

por Carlos Manuel Castro

Hugo Chávez põe limites à liberdade de expressão A democracia continua a ser desmantelada na Venezuela, ainda que o pseudo-biblista-bolivarista diga o contrário.

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

O estimado Carlos Dias Ferreira aconselha-me a ter mais cuidado por "dizer mal" de Chávez. O companheiro Miguel Lopes diz que estou numa cruzada, sem qualquer noção, contra o Presidente venezuelano. Ora, nem digo mal, nem estou numa cruzada. O que um e outro, por razões distintas, não querem entender acerco do que escrevo, é que o que refiro nos escritos são os constantes ataques do actual todo poderoso Presidente venezuelano à Democracia e ao Desenvolvimento, que sob em nome de uma pseudo inspiração em Bolívar e na Bíblia, comete atrozes atentados aos cidadãos venezuelanas. O que é um facto, é que com condições excepcionais, a Venezuela, na última década, não diminiu o fosso da pobreza, pelo contrário. E se em termos económicos o chavismo ainda consegue disfarçar os indicadores, por causa dos petrodolares, a realidade não se disfarça. Como é que um país, como é o caso da Venezuela, consegue ter, por exemplo, mais acesso ao whisky do que ao leite? Seja rico ou pobre. E, em termos políticos, os diversos atentados cometidos não têm sido aqui referidos. Para não falar na pretensão de Chávez querer governar eternamente. Há casos bem gritantes do desprezo pela democracia por parte do actual regime, como sucedeu recentemente ao alcaide de Caracas, a quem "despejaram" competência por este não ser nem estar com a linha do regime. Sem esquecer o que aconteceu a Isaís Balduel (ex-número 2 de Chávez). Mas há quem não queira reconhecer o que se passa. Como se omite as ligações e relacionamento entre Chávez e as FARC? E o financiamento de amigos de outros países, para ganhar influência sobre outros Estados? Assim foi no caso boliviano, equatoriano, felizmente não vingou no Peru. Por mais que se queira tomar esta abordagem, como aqui, por vezes se faz, entre a dicotomia chavismo ou neoliberalismo, continuo a dizer, e sublinhar, nem um nem outros. Há vários e bons exemplos na América Latina: Henrique Cardoso, Lagos, Bachelet ou Vásquez.

por Carlos Manuel Castro

Chávez se diz um ‘soldado’ e recua de debate com escritor Nas celebrações do 10º aniversário do programa "Alo Presidente", Hugo Chávez desafiava, há dias, oponentes para debaterem com ele o seu modelo de socialismo e rumos revolucionários que o Presidente venezuelano tem imprimido na Venezuela. O escritor e ex-candidato presidencial peruano, Mario Vargas Llosa, manifestou disponibilidade para esse debate, garantidas as condições de igualdade. Afinal, a disposição de Chávez para dialogar não era tanta e recuou, apresentando um argumento descabido, de que ele era de uma liga superior. Se Vargas Llosa quer debater com Chávez tem, primeiro, de ser Presidente. Há gestos que valem por muitas palavras. E a desistência de Chávez diz muito. (Publicado no Palavra Aberta)

por Carlos Manuel Castro

Gana el SI con 54,36% frente a 45,63% del NO Com a vitória do "sim" no referendo de ontem, que permite a Chávez eternizar-se no poder, a Venezuela dá um significativo passo atrás, em termos democráticos, e avança sem freios para a consolidação de um Estado autocrático. 10 anos de poder não chegaram a quem tanto prejudicou um dos países mais ricos do mundo. Cerca de dois séculos depois, a Venezuela precisa de um novo Bolívar que a liberte da tirania do populismo que a afecta, corrompe e afunda na pobreza. (Publicado no Palavra Aberta)

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

por Carlos Manuel Castro

Chavez: Sócrates é um "líder da nobre Europa" Primeiro foi Rumsfeld, com nova e velha Europa. Agora é Chávez, com a nobre e, quiçá, pobre Europa. Em suma, de um e de outro, bem se dispensam análises e qualificativos, pois as suas políticas, trágicas, dão-lhes pouca legimitidade para qualificar outros.

por João Gomes de Almeida

Caro Carlos, Os povos do mundo estão cada vez mais pobres, principalmente os que habitam os estados africanos de que falaste, ou ainda os povos da América Latina, malvados povos, que escolhem ditadores para os governarem, esquecendo-se que a democracia só é perfeita se for como nós queremos, nós povos ocidentais, onde a pobreza e a fome são encobertas, onde há liberdade, mesmo que ao mesmo tempo recebamos ditadores nas nossas embaixadas, nos nossos palácios presidenciais e nas inúmeras cimeiras que organizamos. Quantos ditadores cometeram atrocidades milhares de vezes piores do que as de Hugo Chavez e continuam a ser bem tratados por nós ocidentais? O Partido Socialista sempre soube compreender as razões das lutas dos povos, sempre se bateu, durante toda a sua história, por um pensamento socialista de cariz universal. Podemos chamar-lhe cartilha, mas neste caso as práticas confirmam a retórica, basta para isso observarmos a forma como Mário Soares tem defendido, em toda a Europa, a revolução Bolivariana de Hugo Chavez na Venezuela e paralelamente podemos também observar as relações amistosas mantidas pelo secretário-geral do PS, José Sócrates, enquanto primeiro-ministro, com o estado Venezuelano e com Hugo Chavez. Walter Benjamin diria "que o anjo da história tem os olhos no passado, mas o ventos sopram do futuro". O futuro do mundo hoje promete-nos menos do que há 10, 20 ou 30 anos, o capitalismo está a ruir por ter demonstrado que a livre economia de mercado mais não é do que um jogo de soma nula, onde um cidadão, ou um um país, para ficar mais rico e poderoso, tem que enfraquecer outro cidadão, outro país. Os recursos não são inesgotáveis. O Socialismo, livre e democrático é certo, faz cada vez mais sentido no século XXI. Os estados têm que se afirmar como motor de promoção da igualdade entre os cidadãos, colocando fronteiras ao livre comércio e ao capitalismo selvático. No panorama internacional é preciso aproximar os povos mais pobres da qualidade de vida dos mais ricos, para isso não basta a solidariedade, que nunca resolveu nada. É urgente criar mecanismos económicos para haver mais igualdade no mundo, neste contexto a Taxa Tobin quer me parecer poder ajudar. Fica o tema para debate.

por Carlos Manuel Castro

Ouço-o e penso: como pode Mário Soares ser hoje o maior avalista deste demagogo incontinente na União Europeia? Caro Pedro, Não ouvi o pseudo-biblista-bolivarista, mas também me questiono como pode Mário Soares dar aval a este populista que em nada tem enriquecido a Venezuela e a América Latina, antes pelo contrário.

por João Gomes de Almeida

O Pedro Correia do, tantas vez elogiado, Corta-Fitas ataca Hugo Chavez e Mário Soares. Fala da cimeira dos "não alinhados" com pudor, com um estranho pudor, que surpreendentemente não utiliza ao falar das cimeiras do G8. Para ele Chavez é o supremo ditador, a revolução bolivariana é mais uma invenção dos malvados comunistas e Mário Soares é, nas suas palavras, "o maior avalista deste demagogo incontinente na União Europeia". Condeno a grande maioria das acções de Hugo Chavez, nomeadamente aquelas que visam acabar com a imprensa livre na Venezuela, mas também reconheço o enorme papel que o mesmo tem tido na América Latina, fazendo pontes com o Brasil, entre as FARC e o governo de Úribe na Colômbia e acompanhando também de perto todo o processo de evolução do estado Cubano. Não consigo deixar de perceber também as sábias palavras de Mário Soares sobre Chavez, de facto o socialismo não morreu, os países pobres estão cada vez mais pobres e os países ricos continuam a infligir políticas capitalistas, especulativas e imperialistas sobre os mesmos. Os povos da América Latina têm vindo a legitimar governos de esquerda, o que é normal, visto terem sido sempre massacrados pelos países capitalistas. É normal que um novo socialismo esteja a renascer no mundo e estes novos ventos sopram, inevitavelmente, da América Latina. Hoje como no século XIX continua a existir a exploração do homem pelo homem, logo o socialismo, numa versão democrática e evoluída é certo, continua a fazer sentido. Mário Soares tem razão e só isto assusta o Pedro Correia, tal como toda a direita. Por fim gostava apenas de lembrar o Pedro Correia de que "do rio que tudo arrasta se diz violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem". Também Brecht tinha razão. Publicado também no Aquela Opinião

por Rodrigo Saraiva

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