Câmara de Comuns

24-12-2013
marcar artigo

por Filipe Miranda Ferreira

por André Couto

Tem sido lugar comum a redução política e intelectual de MLR. Não entro nesse barco, admiro-a e comparo-a a quem merece ser comparada. Cometeu erros, tal como os cometeu a Dama de Ferro. Aquilo que lhes confere semelhança aos meus olhos, é a forma firme e digna como agiram enquanto eram socialmente trucidadas(1)(2).

São semelhantes na postura pró-activa que tiveram no exercício da governação. É fácil deixar tudo como está, é fácil não ousar mudar e deixar tudo calmo e indiferente com a garantia que não surgirão problemas. Nos piores momentos, com a força de quem tem a convicção de trilhar o caminho certo defenderam-se, reafirmaram posições e as suas cabeças não rolaram contra as odds casas de apostas. Enfrentaram tudo e todos com uma coragem singular, coragem por vezes julgada estulta.

Lembro que MLR não é militante do PS, é independente, o que por vezes a tornou mais vulnerável mesmo aos olhos daqueles que a deviam proteger.

Só faz tamanhas travessias com semelhante força e irredutibilidade quem tem um carácter invulgarmente forte. É isso que as une. É essa a medida da sua semelhança.

Dir-me-às que Thatcher foi genial a um nível superior. Sem dúvida, mas também sei que sabes que as comparações não são apenas feitas entre os iguais nos patamares da história. Essas são aliás as comparações desnecessárias.

Margaret Thatcher passou à história como a Dama de Ferro da Falklands War, a que triplicou o desemprego no Reino Unido ou que criou o absurdo poll tax (imposto regressivo). No nosso canto Maria de Lurdes Rodrigues, no que fez até agora, será recordada como a Ministra que enfrentou todo um grupo social com privilégios únicos, uma união sindical manipuladora a um nível raramente visto até hoje e que, ainda assim, conseguiu impor a avaliação dos Professores, essa mesma avaliação com que concordas e que Manuela Ferreira Leite diz não ser possível sem suspensão da democracia. Parece que afinal é.

(Este post surge como resposta a esta reacção ao texto onde, de passagem, comparei MLR a Margaret Thatcher.)

por Filipe Miranda Ferreira

por André Couto

Tem sido lugar comum a redução política e intelectual de MLR. Não entro nesse barco, admiro-a e comparo-a a quem merece ser comparada. Cometeu erros, tal como os cometeu a Dama de Ferro. Aquilo que lhes confere semelhança aos meus olhos, é a forma firme e digna como agiram enquanto eram socialmente trucidadas(1)(2).

São semelhantes na postura pró-activa que tiveram no exercício da governação. É fácil deixar tudo como está, é fácil não ousar mudar e deixar tudo calmo e indiferente com a garantia que não surgirão problemas. Nos piores momentos, com a força de quem tem a convicção de trilhar o caminho certo defenderam-se, reafirmaram posições e as suas cabeças não rolaram contra as odds casas de apostas. Enfrentaram tudo e todos com uma coragem singular, coragem por vezes julgada estulta.

Lembro que MLR não é militante do PS, é independente, o que por vezes a tornou mais vulnerável mesmo aos olhos daqueles que a deviam proteger.

Só faz tamanhas travessias com semelhante força e irredutibilidade quem tem um carácter invulgarmente forte. É isso que as une. É essa a medida da sua semelhança.

Dir-me-às que Thatcher foi genial a um nível superior. Sem dúvida, mas também sei que sabes que as comparações não são apenas feitas entre os iguais nos patamares da história. Essas são aliás as comparações desnecessárias.

Margaret Thatcher passou à história como a Dama de Ferro da Falklands War, a que triplicou o desemprego no Reino Unido ou que criou o absurdo poll tax (imposto regressivo). No nosso canto Maria de Lurdes Rodrigues, no que fez até agora, será recordada como a Ministra que enfrentou todo um grupo social com privilégios únicos, uma união sindical manipuladora a um nível raramente visto até hoje e que, ainda assim, conseguiu impor a avaliação dos Professores, essa mesma avaliação com que concordas e que Manuela Ferreira Leite diz não ser possível sem suspensão da democracia. Parece que afinal é.

(Este post surge como resposta a esta reacção ao texto onde, de passagem, comparei MLR a Margaret Thatcher.)

marcar artigo