O gelo a quebrar

26-01-2012
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http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Zenit S. Petersburg 3-1 FC Porto

Liga dos Campeões 2011/12, 2.ª jornada

28 de Setembro de 2011

Petrovski Stadion, em S. Petersburgo

Árbitro:

Assistentes:

Assistentes adicionais:

Quarto árbitro:

ZENIT:

Substituições:

Não utilizados:

Treinador:

FC PORTO:

Substituições:

Não utilizados:

Treinador:

Ao intervalo:

Marcadores:

Disciplina:

DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

Helton

Hulk

RESUMO DO JOGO

Howard Webb (Inglaterra).Darren Cann e Jake Collin.Stuart Attwell e Mike Dean.Michael Jones.Malafeev; Anyukov, Criscito, Hubocan e Lombaerts; Shirokov, Denisov e Zyryanov; Fayzulin, Kerzhakov e Danny.Zyryanov por Huszti (86m), Kerzhakov por Bukharov (90m).Zhevnov, Lukovic, Rosina, Ionov e Lazovic.Luciano Spalletti.Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, Belluschi e João Moutinho; Hulk, Kléber e James Rodriguez.Kléber por Varela (33m), James Rodriguez por Souza (46m) e Belluschi por Defour (73m).Bracalli, Maicon, Cristian Rodriguez e Djalma.Vítor Pereira.1-1.James Rodriguez (10m), Shirokov (20m e 63m), Danny (72m).cartão amarelo a Fucile (23m e 45+2m), Hubocan (61m), Otamendi (62m), Belluschi (69m).No seguimento de dois empates nos dois últimos jogos de forma algo consentida, o FC Porto apresentou-se na Rússia com aquele que poderá ser rotulado do seu onze de gala, com Hulk, Kléber e James na frente, e com um meio-campo constituído por Fernando, Belluschi e João Moutinho. Com efeito, os portistas entraram pressionantes, como tem acontecido com regularidade neste início de época, mordendo os calcanhares aos médios do triângulo da equipa russa.Com James sem uma posição fixa, o Zenit deu preferência ao lado esquerdo para atacar, nos primeiros minutos, aproveitando a superioridade numérica e o facto de um dos médios ter de se deslocar para compensar a ausência de James, deixando atrás de si um espaço vazio. No entanto, seriam os campeões nacionais os primeiros a marcar, por intermédio de James com assistência preciosa de Hulk, no seguimento de um rápido contra-ataque. Quando se esperava que os azuis e brancos controlassem o jogo e tirassem partido do forçoso adiantamento da equipa russa que se seguiria, foi já sem surpresa que assistimos a algo que começa já a ser tradicional na equipa de Vítor Pereira: um adormecimento colectivo, com afrouxamento notório das marcações (especialmente nas alas), que permitiu que o Zenit fosse crescendo cada vez mais.Como tal, aos 19 minutos, o campeão russo chegou à igualdade, no seguimento de vários defeitos que se têm vindo a revelar esta época - um péssimo posicionamento defensivo do extremo (e consequente desposicionamento de toda a equipa) e uma saída a destempo de Helton, que deixou a bola à mercê de Shiriakhov, que não perdoou. Até ao fim da segunda parte, assistimos a uma ténue reacção do FC Porto, com Álvaro Pereira a desferir um grande remate para uma não menos fantástica defesa de Malafeev, e à cavalgada da equipa russa sobre a defesa dos portuenses. Já a terminar o primeiro tempo, o FC Porto voltou a mostrar uma reacção excessivamente demorada à perda da bola, permitindo mais um contra-ataque perigosíssimo do Zenit, dando a entender que estaria mais próximo o golo da equipa de leste.Se a lesão de Kléber à passagem da meia-hora já havia sido um enorme contratempo para Vítor Pereira (levando à entrada de Varela e à passagem de Hulk para o centro do ataque), Fucile voltou a mostrar a sua pouca razoabilidade e foi expulso por mão na bola de forma infantil. Numa equipa que se debatia com grandes dificuldades para estancar as alas, a ausência de um lateral-direito entre os suplentes poderia revelar-se calamitosa.A segunda parte foi basicamente o desfiar de inúmeras oportunidades de golo a favor da equipa russa, com início logo no segundo minuto, revelando mais uma vez uma gestão infeliz das opções durante o jogo. Para colmatar a ausência de Fucile, Vítor Pereira deslocou Fernando para a lateral direita e colocou Souza à frente da defesa, fazendo com isso que a equipa perdesse qualquer noção de pressão e intensidade. Com os jogadores distribuídos num 4x4x1, o FC Porto não mostrou qualquer noção de como defender em inferioridade numérica, muito menos de como atacar.Como seria de esperar, a zona à frente dos defesas-centrais foi uma área em que se multiplicaram os passes de ruptura, por total falta de presença do meio-campo portista. Em desvantagem numérica, os azuis e brancos mostraram-se muito predispostos a ceder a bola de forma quase gratuita, expondo as suas costas, de onde surgiram os golos do Zenit aos 63' e aos 71', posto o que a equipa russa preferiu abrandar o jogo, não aumentando a expressividade dos números da sua vitória.No cômputo geral, ficamos perante uma exibição que começou bem, mas que se revelou paupérrima com o desenrolar do jogo, deixando à vista desarmada aquilo que, na modesta opinião deste vosso cronista, parece ser obviamente uma falta de capacidade de Vítor Pereira de leitura de jogo a partir do banco, com opções muito discutíveis (a saída de James e o deslocamento de Fernando são dificilmente defensáveis), com resultados muito previsíveis, infelizmente.“Com um jogador a menos, as coisas ficaram muito complicadas. Tivemos ainda a lesão do Kléber e a necessidade de jogar com o Fernando como lateral, frente a uma equipa que manteve um ritmo de jogo altíssimo. Qualquer perda de bola transformava-se numa transição rápida para eles. Foi um jogo de muito sacrifício, mas não posso com sinceridade dizer que os jogadores não lutaram e trabalham para um resultado melhor.”“O jogo com a Académica é para o campeonato, hoje jogámos para a Champions League. Temos de pensar na Académica a partir de amanhã. No campeonato estamos em primeiro e vamos lutar para continuar nessa posição. Na Champions foi só um jogo, independentemente do resultado do Shakhtar-APOEL estaremos sempre na luta. Está tudo em aberto, mas no próximo jogo teremos de rectificar.”“Tinha dito que o Zenit e o Shakhtar, e mesmo o APOEL, são equipas de grande nível. O Zenit não é equipa qualquer e encontrou um contexto facilitador para fazer o seu jogo rápido. Se a bola do Álvaro na primeira parte tivesse sido golo seria diferente. O Zenit apanhou-se com um jogador a mais e a ganhar… Queríamos pressionar, mas não é possível quando temos um jogador a menos. Os espaços vão-se abrindo e o desgaste de um jogo em altíssimo nível vai-nos obrigando a cometer erros.”“Conseguimos um início de primeira parte muito boa. Estivemos pressionantes, fizemos o golo, mas sabíamos que seria complicado. Infelizmente, ficámos com 10 jogadores, mas não apontamos a culpa: quando erramos, erramos todos juntos. Temos os mesmos pontos que o Zenit e temos de seguir em frente. Nestas horas é que se vê a personalidade do grupo. Fizemos uma época passada brilhante, é natural que todos queiram inibir a repetição. Vamos trabalhar para que não sejam cometidos os mesmos erros.”“Vamos levantar a cabeça. Não é fácil jogar aqui, ainda para mais com dez homens. Vamos olhar para o próximo jogo. Isto acontece, mas não estamos num mau momento. A partir de agora vamos ver onde estamos a errar, sabendo que o erro é colectivo. O objectivo é voltar às vitórias.”

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Zenit S. Petersburg 3-1 FC Porto

Liga dos Campeões 2011/12, 2.ª jornada

28 de Setembro de 2011

Petrovski Stadion, em S. Petersburgo

Árbitro:

Assistentes:

Assistentes adicionais:

Quarto árbitro:

ZENIT:

Substituições:

Não utilizados:

Treinador:

FC PORTO:

Substituições:

Não utilizados:

Treinador:

Ao intervalo:

Marcadores:

Disciplina:

DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

Helton

Hulk

RESUMO DO JOGO

Howard Webb (Inglaterra).Darren Cann e Jake Collin.Stuart Attwell e Mike Dean.Michael Jones.Malafeev; Anyukov, Criscito, Hubocan e Lombaerts; Shirokov, Denisov e Zyryanov; Fayzulin, Kerzhakov e Danny.Zyryanov por Huszti (86m), Kerzhakov por Bukharov (90m).Zhevnov, Lukovic, Rosina, Ionov e Lazovic.Luciano Spalletti.Helton «cap.»; Fucile, Rolando, Otamendi e Alvaro; Fernando, Belluschi e João Moutinho; Hulk, Kléber e James Rodriguez.Kléber por Varela (33m), James Rodriguez por Souza (46m) e Belluschi por Defour (73m).Bracalli, Maicon, Cristian Rodriguez e Djalma.Vítor Pereira.1-1.James Rodriguez (10m), Shirokov (20m e 63m), Danny (72m).cartão amarelo a Fucile (23m e 45+2m), Hubocan (61m), Otamendi (62m), Belluschi (69m).No seguimento de dois empates nos dois últimos jogos de forma algo consentida, o FC Porto apresentou-se na Rússia com aquele que poderá ser rotulado do seu onze de gala, com Hulk, Kléber e James na frente, e com um meio-campo constituído por Fernando, Belluschi e João Moutinho. Com efeito, os portistas entraram pressionantes, como tem acontecido com regularidade neste início de época, mordendo os calcanhares aos médios do triângulo da equipa russa.Com James sem uma posição fixa, o Zenit deu preferência ao lado esquerdo para atacar, nos primeiros minutos, aproveitando a superioridade numérica e o facto de um dos médios ter de se deslocar para compensar a ausência de James, deixando atrás de si um espaço vazio. No entanto, seriam os campeões nacionais os primeiros a marcar, por intermédio de James com assistência preciosa de Hulk, no seguimento de um rápido contra-ataque. Quando se esperava que os azuis e brancos controlassem o jogo e tirassem partido do forçoso adiantamento da equipa russa que se seguiria, foi já sem surpresa que assistimos a algo que começa já a ser tradicional na equipa de Vítor Pereira: um adormecimento colectivo, com afrouxamento notório das marcações (especialmente nas alas), que permitiu que o Zenit fosse crescendo cada vez mais.Como tal, aos 19 minutos, o campeão russo chegou à igualdade, no seguimento de vários defeitos que se têm vindo a revelar esta época - um péssimo posicionamento defensivo do extremo (e consequente desposicionamento de toda a equipa) e uma saída a destempo de Helton, que deixou a bola à mercê de Shiriakhov, que não perdoou. Até ao fim da segunda parte, assistimos a uma ténue reacção do FC Porto, com Álvaro Pereira a desferir um grande remate para uma não menos fantástica defesa de Malafeev, e à cavalgada da equipa russa sobre a defesa dos portuenses. Já a terminar o primeiro tempo, o FC Porto voltou a mostrar uma reacção excessivamente demorada à perda da bola, permitindo mais um contra-ataque perigosíssimo do Zenit, dando a entender que estaria mais próximo o golo da equipa de leste.Se a lesão de Kléber à passagem da meia-hora já havia sido um enorme contratempo para Vítor Pereira (levando à entrada de Varela e à passagem de Hulk para o centro do ataque), Fucile voltou a mostrar a sua pouca razoabilidade e foi expulso por mão na bola de forma infantil. Numa equipa que se debatia com grandes dificuldades para estancar as alas, a ausência de um lateral-direito entre os suplentes poderia revelar-se calamitosa.A segunda parte foi basicamente o desfiar de inúmeras oportunidades de golo a favor da equipa russa, com início logo no segundo minuto, revelando mais uma vez uma gestão infeliz das opções durante o jogo. Para colmatar a ausência de Fucile, Vítor Pereira deslocou Fernando para a lateral direita e colocou Souza à frente da defesa, fazendo com isso que a equipa perdesse qualquer noção de pressão e intensidade. Com os jogadores distribuídos num 4x4x1, o FC Porto não mostrou qualquer noção de como defender em inferioridade numérica, muito menos de como atacar.Como seria de esperar, a zona à frente dos defesas-centrais foi uma área em que se multiplicaram os passes de ruptura, por total falta de presença do meio-campo portista. Em desvantagem numérica, os azuis e brancos mostraram-se muito predispostos a ceder a bola de forma quase gratuita, expondo as suas costas, de onde surgiram os golos do Zenit aos 63' e aos 71', posto o que a equipa russa preferiu abrandar o jogo, não aumentando a expressividade dos números da sua vitória.No cômputo geral, ficamos perante uma exibição que começou bem, mas que se revelou paupérrima com o desenrolar do jogo, deixando à vista desarmada aquilo que, na modesta opinião deste vosso cronista, parece ser obviamente uma falta de capacidade de Vítor Pereira de leitura de jogo a partir do banco, com opções muito discutíveis (a saída de James e o deslocamento de Fernando são dificilmente defensáveis), com resultados muito previsíveis, infelizmente.“Com um jogador a menos, as coisas ficaram muito complicadas. Tivemos ainda a lesão do Kléber e a necessidade de jogar com o Fernando como lateral, frente a uma equipa que manteve um ritmo de jogo altíssimo. Qualquer perda de bola transformava-se numa transição rápida para eles. Foi um jogo de muito sacrifício, mas não posso com sinceridade dizer que os jogadores não lutaram e trabalham para um resultado melhor.”“O jogo com a Académica é para o campeonato, hoje jogámos para a Champions League. Temos de pensar na Académica a partir de amanhã. No campeonato estamos em primeiro e vamos lutar para continuar nessa posição. Na Champions foi só um jogo, independentemente do resultado do Shakhtar-APOEL estaremos sempre na luta. Está tudo em aberto, mas no próximo jogo teremos de rectificar.”“Tinha dito que o Zenit e o Shakhtar, e mesmo o APOEL, são equipas de grande nível. O Zenit não é equipa qualquer e encontrou um contexto facilitador para fazer o seu jogo rápido. Se a bola do Álvaro na primeira parte tivesse sido golo seria diferente. O Zenit apanhou-se com um jogador a mais e a ganhar… Queríamos pressionar, mas não é possível quando temos um jogador a menos. Os espaços vão-se abrindo e o desgaste de um jogo em altíssimo nível vai-nos obrigando a cometer erros.”“Conseguimos um início de primeira parte muito boa. Estivemos pressionantes, fizemos o golo, mas sabíamos que seria complicado. Infelizmente, ficámos com 10 jogadores, mas não apontamos a culpa: quando erramos, erramos todos juntos. Temos os mesmos pontos que o Zenit e temos de seguir em frente. Nestas horas é que se vê a personalidade do grupo. Fizemos uma época passada brilhante, é natural que todos queiram inibir a repetição. Vamos trabalhar para que não sejam cometidos os mesmos erros.”“Vamos levantar a cabeça. Não é fácil jogar aqui, ainda para mais com dez homens. Vamos olhar para o próximo jogo. Isto acontece, mas não estamos num mau momento. A partir de agora vamos ver onde estamos a errar, sabendo que o erro é colectivo. O objectivo é voltar às vitórias.”

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