Segundo Orçamento Rectificativo aprovado

04-09-2014
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Segundo Orçamento Rectificativo aprovado

Marta Moitinho Oliveira

17:07

A maioria PSD/CDS aprovou hoje na generalidade o segundo Orçamento Rectificativo.

Durante o debate, a ministra das Finanças defendeu que a "sustentabilidade das finanças públicas não pode ser uma preocupação apenas de períodos de emergência". A oposição criticou a ministra por apresentar um défice que pode chegar aos 10% e acusou o Governo de não estar a conseguir a transformação estrutural da economia.

O Bloco de Esquerda aproveitou o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental sobre o Rectificativo para falar de um défice que pode chegar aos 10%. Este será o défice em contabilidade nacional se as autoridades estatísticas considerarem que as operações extraordinárias (BES, STCP, CARRIS e CP) pesarem no défice deste ano.Durante o debate parlamentar, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, justificou que o que interessa às pessoas é saber se esse défice implica mais medidas. "Independentemente do que venha a ser decidido (pelas autoridades estatísticas) quanto a estas operações, não obriga a tomar mais medidas", assegurou a governante. No entanto, Pedro Filipe Soares, o líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, sustentou que "não contam para o défice mas contam para a dívida".

A oposição acusou ainda o Governo de apresentar um modelo de crescimento contrário ao que defendia. "A única variável que sobrevive é o consumo", disse a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua. "O modelo de crescimento que tanto criticava (assente no consumo) é agora o que tem para apresentar", reforçou a deputada bloquista. Já antes, o deputado do PS João Galamba tinha afirmado que "este Orçamento Rectificativo é a prova definitiva de que não há qualquer transformação estrutural" na economia portuguesa. Na resposta, a ministra das Finanças admitiu que o investimento "não está a reagir como gostaríamos" - isto apesar de a maioria parlamentar ter destacado a subida de 15 lugares conseguida por Portugal no ranking da competitividade - e defendeu que "o cenário macroeconómico reflecte a realidade que observamos". "As exportações continuam a crescer e as importações crescem mais do que o esperado fruto do consumo interno", justificou, deixando uma pergunta: "onde foram os portugueses buscar confiança para aumentar o consumo?". No Rectifiactivo, o Governo reviu em alta a previsão de crescimento do consumo interno e a procura externa líquida perdeu peso.

Segundo Orçamento Rectificativo aprovado

Marta Moitinho Oliveira

17:07

A maioria PSD/CDS aprovou hoje na generalidade o segundo Orçamento Rectificativo.

Durante o debate, a ministra das Finanças defendeu que a "sustentabilidade das finanças públicas não pode ser uma preocupação apenas de períodos de emergência". A oposição criticou a ministra por apresentar um défice que pode chegar aos 10% e acusou o Governo de não estar a conseguir a transformação estrutural da economia.

O Bloco de Esquerda aproveitou o relatório da Unidade Técnica de Apoio Orçamental sobre o Rectificativo para falar de um défice que pode chegar aos 10%. Este será o défice em contabilidade nacional se as autoridades estatísticas considerarem que as operações extraordinárias (BES, STCP, CARRIS e CP) pesarem no défice deste ano.Durante o debate parlamentar, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, justificou que o que interessa às pessoas é saber se esse défice implica mais medidas. "Independentemente do que venha a ser decidido (pelas autoridades estatísticas) quanto a estas operações, não obriga a tomar mais medidas", assegurou a governante. No entanto, Pedro Filipe Soares, o líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, sustentou que "não contam para o défice mas contam para a dívida".

A oposição acusou ainda o Governo de apresentar um modelo de crescimento contrário ao que defendia. "A única variável que sobrevive é o consumo", disse a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua. "O modelo de crescimento que tanto criticava (assente no consumo) é agora o que tem para apresentar", reforçou a deputada bloquista. Já antes, o deputado do PS João Galamba tinha afirmado que "este Orçamento Rectificativo é a prova definitiva de que não há qualquer transformação estrutural" na economia portuguesa. Na resposta, a ministra das Finanças admitiu que o investimento "não está a reagir como gostaríamos" - isto apesar de a maioria parlamentar ter destacado a subida de 15 lugares conseguida por Portugal no ranking da competitividade - e defendeu que "o cenário macroeconómico reflecte a realidade que observamos". "As exportações continuam a crescer e as importações crescem mais do que o esperado fruto do consumo interno", justificou, deixando uma pergunta: "onde foram os portugueses buscar confiança para aumentar o consumo?". No Rectifiactivo, o Governo reviu em alta a previsão de crescimento do consumo interno e a procura externa líquida perdeu peso.

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