a Barbearia do Senhor Luís

26-01-2012
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Parece que Sua Excelência evocou a lenda do Moiral para demonstrar aos portugueses a sua infinita sabedoria económico-financeira e doutrinar o rebanho no seu pensamento de como sair do atoleiro em que ele, e outros como ele, enfiaram o ovelhame.Conta a lenda do Moiral, segundo reza Sexa, que:"Para esse Moiral, que conduzia ao longo dos séculos os seus rebanhos para as terras altas, não havia fim-de-semana, não havia férias, não havia feriados, não havia tão pouco pontes em nenhumas circunstâncias"o que chega para entender que, mesmo com a adaptação de remate feita aos tempos modernos, o pensamento de pobreza expresso por Passos Coelho e Portas é fundamentado na pastorícia.Os laivos anteriores relativos à bovinidade, sorriso das vacas e o bom comportamento das bestas a caminho da ordenha, já nos tinham dado a dica do regresso à teoria dos bons alunos dos tempos áureos do cavaquismo.Um rebanho quer-se submisso, ordeiro, crente no destino e no fado. É o conceito do dia da raça que Sua Excelência gosta de evocar quando fala de Camões. Possivelmente por nunca o ter lido, possivelmente por entender que a epopeia portuguesa para chegar à canela e à pimenta só se deveu a lideres poderosos rodeados de marujos pobres a penar de escorbuto.Enquanto o Moiral embarca para terra ianque o rebanho que leva ao cajado já se lambe a pensar na relva verdejante da Casa Branca. Oxalá o cão de água português das filhas de Michelle não lhes morda nas canelas.LNT[0.501/2011]


Parece que Sua Excelência evocou a lenda do Moiral para demonstrar aos portugueses a sua infinita sabedoria económico-financeira e doutrinar o rebanho no seu pensamento de como sair do atoleiro em que ele, e outros como ele, enfiaram o ovelhame.Conta a lenda do Moiral, segundo reza Sexa, que:"Para esse Moiral, que conduzia ao longo dos séculos os seus rebanhos para as terras altas, não havia fim-de-semana, não havia férias, não havia feriados, não havia tão pouco pontes em nenhumas circunstâncias"o que chega para entender que, mesmo com a adaptação de remate feita aos tempos modernos, o pensamento de pobreza expresso por Passos Coelho e Portas é fundamentado na pastorícia.Os laivos anteriores relativos à bovinidade, sorriso das vacas e o bom comportamento das bestas a caminho da ordenha, já nos tinham dado a dica do regresso à teoria dos bons alunos dos tempos áureos do cavaquismo.Um rebanho quer-se submisso, ordeiro, crente no destino e no fado. É o conceito do dia da raça que Sua Excelência gosta de evocar quando fala de Camões. Possivelmente por nunca o ter lido, possivelmente por entender que a epopeia portuguesa para chegar à canela e à pimenta só se deveu a lideres poderosos rodeados de marujos pobres a penar de escorbuto.Enquanto o Moiral embarca para terra ianque o rebanho que leva ao cajado já se lambe a pensar na relva verdejante da Casa Branca. Oxalá o cão de água português das filhas de Michelle não lhes morda nas canelas.LNT[0.501/2011]

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