"Nova economia de Passos não passa da mesma velha e relha"

09-04-2015
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“As entusiasmadas palavras do primeiro-ministro” acerca de do “novo e saudável modelo económico português” foram fortemente criticadas por Mariana Mortágua. A deputada do Bloco de Esquerda (BE) aproveitou o seu espaço de opinião no Jornal de Notícias (JN) para julgar “as escolhas” feitas em algumas das maiores empresas nacionais.

Baseando-se em “duas pequenas notícias que saíram na semana passada, Mariana Mortágua relembra que “apesar da crise, dos despedimentos, dos prejuízos e da necessidade de investimento, as grandes empresas portuguesas estão a distribuir mais dinheiro aos acionistas do que faziam antes da entrada da troika no país, quando vivíamos ‘acima das nossas possibilidades’”.

E dá a Portugal Telecom (PT) como “um belíssimo exemplo disso”. Uma empresa que há 20 anos valia “mais 75% do que vale hoje, depois de lá ter passado o melhor CEO do mundo”, referindo-se a Zeinal Bava. Segue-se a EDP, “que cobra astronómicas contas de eletricidade em Portugal”.

Em 2014, destaca, “distribuiu 67%” dos cerca de mil milhões de euros ao ano em lucros em dividendos e “quase nada ficou em Portugal”. “Ao mesmo tempo, o gigante elétrico apresenta uma dívida de 17.083 milhões de euros, cerca de 10% do PIB português”.

A bloquista quis ainda julgar a seletividade que a austeridade trouxe, exemplificando esta sua tese com o facto de a REN passar a pagar aos seus administradores mais 26% quando, “ao mesmo tempo”, corta 2% nos custos totais com pessoal. “Há que fazer escolhas, não é?”, questiona.

O montante pago pelas ‘grandes nacionais’ aos seus CEO é outro dos aspetos condenados por Mortágua, que dá o exemplo do milhão de euros pago a António Mexia (EDP) e os 1,7 milhões de euros pagos a Manuel Ferreira de Oliveira (Galp).

“Salários milionários, dividendos impossíveis e dívida. Tem sido esta a fórmula da maior parte das grandes empresas portuguesas, na sua maioria privatizadas, a operar em lucrativos monopólios nacionais. Era assim antes da troika, e continua a sê-lo depois”, refere, destacando, no final do seu texto, que “a nova economia que Passos Coelho apregoa não passa da mesma velha e relha economia. Mudaram os donos e os CEO”.

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Baseando-se em “duas pequenas notícias que saíram na semana passada, Mariana Mortágua relembra que “apesar da crise, dos despedimentos, dos prejuízos e da necessidade de investimento, as grandes empresas portuguesas estão a distribuir mais dinheiro aos acionistas do que faziam antes da entrada da troika no país, quando vivíamos ‘acima das nossas possibilidades’”.

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Em 2014, destaca, “distribuiu 67%” dos cerca de mil milhões de euros ao ano em lucros em dividendos e “quase nada ficou em Portugal”. “Ao mesmo tempo, o gigante elétrico apresenta uma dívida de 17.083 milhões de euros, cerca de 10% do PIB português”.

A bloquista quis ainda julgar a seletividade que a austeridade trouxe, exemplificando esta sua tese com o facto de a REN passar a pagar aos seus administradores mais 26% quando, “ao mesmo tempo”, corta 2% nos custos totais com pessoal. “Há que fazer escolhas, não é?”, questiona.

O montante pago pelas ‘grandes nacionais’ aos seus CEO é outro dos aspetos condenados por Mortágua, que dá o exemplo do milhão de euros pago a António Mexia (EDP) e os 1,7 milhões de euros pagos a Manuel Ferreira de Oliveira (Galp).

“Salários milionários, dividendos impossíveis e dívida. Tem sido esta a fórmula da maior parte das grandes empresas portuguesas, na sua maioria privatizadas, a operar em lucrativos monopólios nacionais. Era assim antes da troika, e continua a sê-lo depois”, refere, destacando, no final do seu texto, que “a nova economia que Passos Coelho apregoa não passa da mesma velha e relha economia. Mudaram os donos e os CEO”.

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