Cardeal patriarca alerta portuguesas para riscos de casamentos com muçulmanos (in Publico)“Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam.”Então, o "nosso" Cardeal Patriarca de Lisboa (AKA Defensor das Virgens Lusitanas) adverte que as nossas portuguesas podem estar a meter-se em "montes de sarilhos" ao casarem com muçulmanos.Ora aqui está o verdadeiro espírito religioso. Juntar povos. ("Sarcasm, join in")Disse ainda que “se eu sei que uma jovem europeia de formação cristã, a primeira vez que vai para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas, imagine-se lá” e que “só é possível dialogar com quem quer dialogar, por exemplo com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é muito difícil”.Bem, tentando ser sucinto, este senhor é o verdadeiro exemplo do porquê de cada vez mais pessoas abandonarem a querida Igreja.Para já, a subtil (nada) manipulação de massas através das suas crenças religiosas é algo que me faz sentir liquidos suspeitos demasiado perto da boca.Sinto pena que a Igreja Católica tenha esgotado todas as suas máquinas de propaganda não se tendo lembrado que provavelmente a melhor seria "Ame ao seu próximo como se fosse você".Este tipo de declarações vêm aumentar ainda mais o estigma de quem não tem contacto com outras religiões, e já detem por si suspeitas infundadas.Em "montes de sarilhos" não é preciso casar com muçulmanos. Basta casar com um cristão fundamentalista como muitos que lhe visitam Sr. Cardeal.É triste que no lugar de um discurso de convergência de pessoas, tenhamos um discurso suspeito e (desculpem a audácia) racista.Que raio de experiência tem este senhor para poder fazer uma declaração destas? Ele nem relações amorosas com pessoas de qualquer sexo tem!Não tem nenhuma legitimidade para se meter na vida das pessoas e ainda por cima, usar a religião para impingir (ainda mais?) certos estigmas.Ainda mais, diz esta frase muito bonita do "montes de sarilhos" baseado em histórias de mulheres cristãs que vão a países muçulmanos e são sujeitas ao regime desses países.Mais tenho a pedir que, se alguém tiver alguma notícia ou relato verídico de alguma mulher que foi a um país muçulmano e foi chicoteada ou morta por não ter véu, que se chegue à frente. Em contra-ponto, se tiverem notícias ou relatos verídicos de mulheres muçulmanas que são alvo de chacota e racismo por usarem véu em Portugal, por favor também não se acanhem.Em último, diz que o diálogo com muçulmanos é complicado.Pois, a mim, não me admira! Pelo que consigo denotar do seu discurso, é óbvio que o senhor está no poleiro, e é incapaz de dialogar abertamente com outra religião porque a crítica que lhes faz, pode ser feita a si também. Cada um julga ter mais razão que o outro.Por último, e agora é de vez, o nosso Cardeal ainda teve tempo para contradizer em substância tudo o que disse antes pedindo respeito e conhecimento para com a religião muçulmana.Acho um tanto ou quanto complicado, depois de dizer que maridos muçulmanos são um monte de trabalhos, pedir respeito e conhecimento.Tenho a impressão que respeito, o Sr. não tem muito. E respeito por si, perdeu bastante.Cumprimentos.
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Cardeal patriarca alerta portuguesas para riscos de casamentos com muçulmanos (in Publico)“Cautela com os amores. Pensem duas vezes em casar com um muçulmano, pensem muito seriamente, é meter-se num monte de sarilhos que nem Alá sabe onde é que acabam.”Então, o "nosso" Cardeal Patriarca de Lisboa (AKA Defensor das Virgens Lusitanas) adverte que as nossas portuguesas podem estar a meter-se em "montes de sarilhos" ao casarem com muçulmanos.Ora aqui está o verdadeiro espírito religioso. Juntar povos. ("Sarcasm, join in")Disse ainda que “se eu sei que uma jovem europeia de formação cristã, a primeira vez que vai para o país deles é sujeita ao regime das mulheres muçulmanas, imagine-se lá” e que “só é possível dialogar com quem quer dialogar, por exemplo com os nossos irmãos muçulmanos o diálogo é muito difícil”.Bem, tentando ser sucinto, este senhor é o verdadeiro exemplo do porquê de cada vez mais pessoas abandonarem a querida Igreja.Para já, a subtil (nada) manipulação de massas através das suas crenças religiosas é algo que me faz sentir liquidos suspeitos demasiado perto da boca.Sinto pena que a Igreja Católica tenha esgotado todas as suas máquinas de propaganda não se tendo lembrado que provavelmente a melhor seria "Ame ao seu próximo como se fosse você".Este tipo de declarações vêm aumentar ainda mais o estigma de quem não tem contacto com outras religiões, e já detem por si suspeitas infundadas.Em "montes de sarilhos" não é preciso casar com muçulmanos. Basta casar com um cristão fundamentalista como muitos que lhe visitam Sr. Cardeal.É triste que no lugar de um discurso de convergência de pessoas, tenhamos um discurso suspeito e (desculpem a audácia) racista.Que raio de experiência tem este senhor para poder fazer uma declaração destas? Ele nem relações amorosas com pessoas de qualquer sexo tem!Não tem nenhuma legitimidade para se meter na vida das pessoas e ainda por cima, usar a religião para impingir (ainda mais?) certos estigmas.Ainda mais, diz esta frase muito bonita do "montes de sarilhos" baseado em histórias de mulheres cristãs que vão a países muçulmanos e são sujeitas ao regime desses países.Mais tenho a pedir que, se alguém tiver alguma notícia ou relato verídico de alguma mulher que foi a um país muçulmano e foi chicoteada ou morta por não ter véu, que se chegue à frente. Em contra-ponto, se tiverem notícias ou relatos verídicos de mulheres muçulmanas que são alvo de chacota e racismo por usarem véu em Portugal, por favor também não se acanhem.Em último, diz que o diálogo com muçulmanos é complicado.Pois, a mim, não me admira! Pelo que consigo denotar do seu discurso, é óbvio que o senhor está no poleiro, e é incapaz de dialogar abertamente com outra religião porque a crítica que lhes faz, pode ser feita a si também. Cada um julga ter mais razão que o outro.Por último, e agora é de vez, o nosso Cardeal ainda teve tempo para contradizer em substância tudo o que disse antes pedindo respeito e conhecimento para com a religião muçulmana.Acho um tanto ou quanto complicado, depois de dizer que maridos muçulmanos são um monte de trabalhos, pedir respeito e conhecimento.Tenho a impressão que respeito, o Sr. não tem muito. E respeito por si, perdeu bastante.Cumprimentos.