Les Canards libertaîres: Sustentabilidade só para os bolsos da Galp

03-07-2011
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Hoje, por toda a comunicação social se fala em tom eufórico sobre o início da exploração de reservas de petróleo no Brasil pela Galp. O presidente da empresa diz ainda que estas reservas podem abastecer todo o mercado nacional durante 21 anos, afirmado que isto assegura a "auto-sustentabilidade" do mercado energético português.No entanto, também esta semana a Nature traz uma série de artigos sobre o consumo de combustíveis fósseis e as alterações climáticas. Segundo a Nature, já consumimos metade da quantidade total de combustíveis fósseis que poderemos consumir para evitar que a temperatura do planeta aumente mais do que 2ºC. Isto significa que até 2100 poderemos consumir apenas um terço das reservas conhecidas, e isto já é um limite máximo. Ou seja, o problema do uso de combustíveis fósseis já não é tanto serem limitados, mas antes os seus impactes no equilíbrio do planeta.Esta euforia toda só revela ignorância, e a auto-sustentabilidade de que se fala é a sustentabilidade dos bolsos dos senhores da Galp. Porque esses bolsos querem-se cheios o mais rápido possível, e uma mudança estrutural do sistema energético, para assegurar a verdadeira sustentabilidade - a que é global e que se projecta a longo prazo - é coisa que não interessa a esses senhores.Mais inteligente seria deixar o petróleo lá em baixo e investir em energias limpas.


Hoje, por toda a comunicação social se fala em tom eufórico sobre o início da exploração de reservas de petróleo no Brasil pela Galp. O presidente da empresa diz ainda que estas reservas podem abastecer todo o mercado nacional durante 21 anos, afirmado que isto assegura a "auto-sustentabilidade" do mercado energético português.No entanto, também esta semana a Nature traz uma série de artigos sobre o consumo de combustíveis fósseis e as alterações climáticas. Segundo a Nature, já consumimos metade da quantidade total de combustíveis fósseis que poderemos consumir para evitar que a temperatura do planeta aumente mais do que 2ºC. Isto significa que até 2100 poderemos consumir apenas um terço das reservas conhecidas, e isto já é um limite máximo. Ou seja, o problema do uso de combustíveis fósseis já não é tanto serem limitados, mas antes os seus impactes no equilíbrio do planeta.Esta euforia toda só revela ignorância, e a auto-sustentabilidade de que se fala é a sustentabilidade dos bolsos dos senhores da Galp. Porque esses bolsos querem-se cheios o mais rápido possível, e uma mudança estrutural do sistema energético, para assegurar a verdadeira sustentabilidade - a que é global e que se projecta a longo prazo - é coisa que não interessa a esses senhores.Mais inteligente seria deixar o petróleo lá em baixo e investir em energias limpas.

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