Les Canards libertaîres: I Conferencia Nacional de Jovens Estudantes do Bloco de Esquerda

30-06-2011
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Aqui fica a minha intervenção na I Conferência Nacional de Jovens Estudantes do Bloco de Esquerda:O Governo apresentou há dias o Programa de Estabilidade e Crescimento. Um programa feito à medida dos mercados financeiros e à custa dos nossos direitos.As medidas inscritas neste programa não representam nem mais nem menos do que o maior plano de liberalização alguma vez apresentado em Portugal. O FMI não faria melhor, prova disso é o elogio que fez a Teixeira dos Santos pelo trabalho realizado.O plano que nos apresentam para promover o crescimento económico e reduzir o défice inclui:• Redução do subsídio de desemprego e do Rendimento Social de Inserção e perseguição aos seus beneficiários;• Redução das transferências orçamentais para a Segurança Social;• Aumento da penalização aplicada às reformas antecipadas;• Redução de salários;• Reforço da regra dois por um na função pública, abrindo espaço para a implementação de uma regra três por um;• Privatização de todas as empresas estruturais e estruturantes da nossa economia (muitas delas essenciais para o equilíbrio orçamental).Mas, ao mesmo tempo que implementa estas políticas:• Recusa-se a agir relativamente aos offshores, em especial o da Madeira;• Tem medo de taxar as mais-valias bolsistas;• Ignora os lucros astronómicos da banca e do sector financeiro.O Governo não quer exigir sacrifícios do grande capital e por isso compromete os trabalhadores. Aliás, não só não exige sacrifícios como ainda está disposto a perdoar. Está disposto a perdoar todas as empresas e pessoas que cometeram crimes fiscais através de offshores, em troca de 5% do capital ilegal. É o Estado a ser cúmplice de um saque criminoso, cúmplice daqueles que o roubam.Houve ainda quem tentasse sugerir que as medidas do PEC seriam as nossas medidas fiscais. Que fique bem claro que este não é o nosso PEC!! Este é o PEC dos mercados financeiros, do Sócrates, do CDS e do PSD. Este é o PEC da direita liberal!E é por isso que o nosso objectivo nos próximos quatro anos deve ser derrotá-lo. Derrotá-lo à esquerda, apresentando alternativas viáveis e com responsabilidade.Alternativas que promovam o crescimento económico através do emprego, do investimento público e de uma política fiscal justa.Uma política económica democrática e de coragem que não tenha medo de exigir à finança e ao grande capital os sacrifícios necessários!A luta é hoje diferente. Não estamos a falar de uma ou duas medidas liberais propostas por este ou aquele partido. Falamos de um plano coordenado para liberalizar o país, para destruir o Estado Social e chantagear os trabalhadores!É essencialmente por isso o que a resposta exige clareza! Quem está a favor do PEC está com eles. Quem está contra, contra a redução salarial e o empobrecimento generalizado, está connosco nesta luta. E este não é o momento de desperdiçar aliados!Para combater o PEC precisamos de uma forte mobilização social, de agregar contestação e descontentamentos. Este trabalho tem que ser feitos nas escolas, nos locais de trabalho, na rua e no parlamento.Teremos tanto mais força quanto mais descontentes conseguirmos reunir! E para isso é essencial um movimento estudantil forte, combativo, e consciente. Sem medo de discutir as politicas económicas que regem as nossas vidas. É por este movimento que voto na moção A.


Aqui fica a minha intervenção na I Conferência Nacional de Jovens Estudantes do Bloco de Esquerda:O Governo apresentou há dias o Programa de Estabilidade e Crescimento. Um programa feito à medida dos mercados financeiros e à custa dos nossos direitos.As medidas inscritas neste programa não representam nem mais nem menos do que o maior plano de liberalização alguma vez apresentado em Portugal. O FMI não faria melhor, prova disso é o elogio que fez a Teixeira dos Santos pelo trabalho realizado.O plano que nos apresentam para promover o crescimento económico e reduzir o défice inclui:• Redução do subsídio de desemprego e do Rendimento Social de Inserção e perseguição aos seus beneficiários;• Redução das transferências orçamentais para a Segurança Social;• Aumento da penalização aplicada às reformas antecipadas;• Redução de salários;• Reforço da regra dois por um na função pública, abrindo espaço para a implementação de uma regra três por um;• Privatização de todas as empresas estruturais e estruturantes da nossa economia (muitas delas essenciais para o equilíbrio orçamental).Mas, ao mesmo tempo que implementa estas políticas:• Recusa-se a agir relativamente aos offshores, em especial o da Madeira;• Tem medo de taxar as mais-valias bolsistas;• Ignora os lucros astronómicos da banca e do sector financeiro.O Governo não quer exigir sacrifícios do grande capital e por isso compromete os trabalhadores. Aliás, não só não exige sacrifícios como ainda está disposto a perdoar. Está disposto a perdoar todas as empresas e pessoas que cometeram crimes fiscais através de offshores, em troca de 5% do capital ilegal. É o Estado a ser cúmplice de um saque criminoso, cúmplice daqueles que o roubam.Houve ainda quem tentasse sugerir que as medidas do PEC seriam as nossas medidas fiscais. Que fique bem claro que este não é o nosso PEC!! Este é o PEC dos mercados financeiros, do Sócrates, do CDS e do PSD. Este é o PEC da direita liberal!E é por isso que o nosso objectivo nos próximos quatro anos deve ser derrotá-lo. Derrotá-lo à esquerda, apresentando alternativas viáveis e com responsabilidade.Alternativas que promovam o crescimento económico através do emprego, do investimento público e de uma política fiscal justa.Uma política económica democrática e de coragem que não tenha medo de exigir à finança e ao grande capital os sacrifícios necessários!A luta é hoje diferente. Não estamos a falar de uma ou duas medidas liberais propostas por este ou aquele partido. Falamos de um plano coordenado para liberalizar o país, para destruir o Estado Social e chantagear os trabalhadores!É essencialmente por isso o que a resposta exige clareza! Quem está a favor do PEC está com eles. Quem está contra, contra a redução salarial e o empobrecimento generalizado, está connosco nesta luta. E este não é o momento de desperdiçar aliados!Para combater o PEC precisamos de uma forte mobilização social, de agregar contestação e descontentamentos. Este trabalho tem que ser feitos nas escolas, nos locais de trabalho, na rua e no parlamento.Teremos tanto mais força quanto mais descontentes conseguirmos reunir! E para isso é essencial um movimento estudantil forte, combativo, e consciente. Sem medo de discutir as politicas económicas que regem as nossas vidas. É por este movimento que voto na moção A.

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