VALE A PENA LUTAR !: O Arestas de Vento é nosso, não se vende!

03-07-2011
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Imaginemos um programa sobre cultura, com mais de 20 anos de resistência e provas dadas. Pensemos no pai do programa como um alentejano do Couço, homem digno, imune a pressões e ameaças. Analisemos os tempos que vivemos e o retrocesso político e social que sócrates e comandita representam. O clima de medo, os bufos e os invertebrados. Recuemos na História até ao sinistro Salazar e o que disse dos comunistas. O que fez aos comunistas. Saltemos depois, sem perder o rasto a este deambular indignado, até 2008. Um censor - moderno claro, não servisse a modernidade também aos escroques -, de espada em punho comenta com os donos: " O gajo, pá, até entrevistou o Namora. Esse comuna que não se coibiu de atacar o ps e o sócretino regimento de empregados da CIP que governa Portugal. E até a Opus Dei". Isto escutado, o censor-mor determinou que ao homem da cultura, como antes aos prisioneiros políticos, fossem formuladas condições inaceitáveis para os que não traem. Se queres vir para a Renascença, tens que vergar a cerviz, tal o conteúdo, em suma, da misérável oferta recusada. Pois que me chamem comunista, pensou. Sou de uma terra e de uma gente para quem essa imputação é uma honra. Não morreram tantos por ela? E afinal , se ser comunista é esta alegria de ao longo de décadas dar impulso à cultura, quer dizer, à poesia, ao teatro , à música, à pintura, à gastronomia, ao artesanato, sou mais comunista, mesmo sem cartão, do que eles julgam. E se aos outros nem o receio de perder a vida os fez trair, não há raio de Renascença que derrube o Ricardo Cardoso, meu amigo e camarada. Porque a luta continua, sei que poderemos continuar a escutá-lo, poderemos continuar a contar com a sua voz incómoda, insubmissa, mas também amiga e solidária. Por mim a Renascença pode continuar a dar pasto aos seus censores. Há anos que a não sintonizo e a partir de agora considero elementar pedagogia democrática fazer campanha contra a coisa untuosa em que se transformou.


Imaginemos um programa sobre cultura, com mais de 20 anos de resistência e provas dadas. Pensemos no pai do programa como um alentejano do Couço, homem digno, imune a pressões e ameaças. Analisemos os tempos que vivemos e o retrocesso político e social que sócrates e comandita representam. O clima de medo, os bufos e os invertebrados. Recuemos na História até ao sinistro Salazar e o que disse dos comunistas. O que fez aos comunistas. Saltemos depois, sem perder o rasto a este deambular indignado, até 2008. Um censor - moderno claro, não servisse a modernidade também aos escroques -, de espada em punho comenta com os donos: " O gajo, pá, até entrevistou o Namora. Esse comuna que não se coibiu de atacar o ps e o sócretino regimento de empregados da CIP que governa Portugal. E até a Opus Dei". Isto escutado, o censor-mor determinou que ao homem da cultura, como antes aos prisioneiros políticos, fossem formuladas condições inaceitáveis para os que não traem. Se queres vir para a Renascença, tens que vergar a cerviz, tal o conteúdo, em suma, da misérável oferta recusada. Pois que me chamem comunista, pensou. Sou de uma terra e de uma gente para quem essa imputação é uma honra. Não morreram tantos por ela? E afinal , se ser comunista é esta alegria de ao longo de décadas dar impulso à cultura, quer dizer, à poesia, ao teatro , à música, à pintura, à gastronomia, ao artesanato, sou mais comunista, mesmo sem cartão, do que eles julgam. E se aos outros nem o receio de perder a vida os fez trair, não há raio de Renascença que derrube o Ricardo Cardoso, meu amigo e camarada. Porque a luta continua, sei que poderemos continuar a escutá-lo, poderemos continuar a contar com a sua voz incómoda, insubmissa, mas também amiga e solidária. Por mim a Renascença pode continuar a dar pasto aos seus censores. Há anos que a não sintonizo e a partir de agora considero elementar pedagogia democrática fazer campanha contra a coisa untuosa em que se transformou.

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