O carteiro de Alexander Dubcek

10-07-2011
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A história de uma daquelas cartas perdidas, que chegam a uma noiva que já é avó, enviada por um jovem soldado da I Guerra que morreu na ofensiva do Marne, repetiu-se hoje em Portugal: Domingos Lopes, militante do PCP desde há algumas décadas e “crítico” desde há alguns uns anos, anunciou hoje com pompa e circunstância o seu abandono do Partido, nomeadamente porque o PCP não condenou a invasão de Praga em 1968. Nem os jornais, nem a televisão, nem a net, conseguiram informar antes Domingos Lopes (que, se bem me lembro, até trabalhava na Secção Internacional dos comunistas) do odioso facto, e por isso só hoje – quando recebeu uma cartinha velha de mais de quarenta anos – ele soube, e pensou, e decidiu, e saiu. O sentido de oportunidade é espantoso – e o carteiro não tem culpa, porque é a sua profissão.

A história de uma daquelas cartas perdidas, que chegam a uma noiva que já é avó, enviada por um jovem soldado da I Guerra que morreu na ofensiva do Marne, repetiu-se hoje em Portugal: Domingos Lopes, militante do PCP desde há algumas décadas e “crítico” desde há alguns uns anos, anunciou hoje com pompa e circunstância o seu abandono do Partido, nomeadamente porque o PCP não condenou a invasão de Praga em 1968. Nem os jornais, nem a televisão, nem a net, conseguiram informar antes Domingos Lopes (que, se bem me lembro, até trabalhava na Secção Internacional dos comunistas) do odioso facto, e por isso só hoje – quando recebeu uma cartinha velha de mais de quarenta anos – ele soube, e pensou, e decidiu, e saiu. O sentido de oportunidade é espantoso – e o carteiro não tem culpa, porque é a sua profissão.

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