LOURES / ODIVELAS: precarios

22-01-2012
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A primeira etapa da Marcha contra a Precaridade terminou na tarde de domingo com um comício na Incrível Almadense, depois de passar pelo Seixal e Cova da Piedade. Mariana Aiveca prometeu um combate feroz às alterações ao Código do Trabalho que o parlamento discutirá na quinta-feira e Francisco Louçã respondeu a Sócrates, dizendo que o primeiro-ministro é que é "o campeão do bota-abaixo: no emprego, nos salários, nas reformas, no poder de compra".Para Louçã, as palavras de José Sócrates - que na véspera acusara quem o critica de "maledicentes e bota-abaixistas" - têm como destinatário a oposição de esquerda. "O primeiro-ministro queria que a oposição fosse toda como Manuela Ferreira Leite, que não precisa de falar porque Sócrates fala por eles".Na oposição ao governo, "as razões da esquerda são a única perspectiva para o país sair da crise", defendeu o dirigente do Bloco, antes de se referir "a uma crise totalmente artificial e fabricada, a que os jornais chamam 'crise de regime': "Hoje dizem-nos que há uma crise que atravessa o país - ninguém dá por ela! -, que o país está suspenso - ninguém se preocupa com o assunto - e, que na verdade, está paralisado porque o Presidente se zangou com o Governo a respeito de saber se deve ou não deve cumprir um princípio constitucional que determina que sendo dissolvida a assembleia legislativa regional da Madeira ou dos Açores devam ser ouvidas as entidades competentes".Louçã diz que para o Bloco, "a crise de regime são os dois milhões de pobres, é o desemprego, é a precariedade, é a degradação do Serviço Nacional de Saúde". Numa alusão aos "que se entretêm com aquelas diversões institucionais", Louçã disse que "não estão à altura das suas responsabilidades os que não querem ver os problemas do país"."Vêm aí grandes lutas", avisou Louçã introduzindo o tema da revisão das leis laborais e apelando à participação de todos nas iniciativas sociais de oposição ao Código do Trabalho, nomeadamente no dia 1 de Outubro em que a CGTP organiza uma jornada de luta.A delicada situação política da Bolívia foi também trazida ao comício em Almada, "porque ela lembra demasiado o passado, em que os EUA manipulavam a política da região para instalar os seus ditadores". Francisco Louçã defendeu a solidariedade com os países latino-americanos hoje na mira da Casa Branca porque "aqui há uma esquerda que luta a favor destes povos contra a ameaça do império "A deputada Mariana Aiveca antecipou o debate parlamentar da próxima quinta-feira sobre o Código de Trabalho, prometendo levar ao debate as mesmas propostas que o PS apresentou contra o Código Bagão Félix e que agora rejeita."Como Vieira da Silva mudou! Na altura, disse que o Código Bagão era um míssil de longo alcance contra os direitos dos trabalhadores.Então que arma será esta que o governo agora apresenta?" perguntou Mariana Aiveca.A deputada do Bloco falou também das dificuldades do distrito de Setúbal, o que assistiu a maior destruição de postos de trabalho e criticou o discurso do PS "que se faz passar por moderno, ao dizer que as convenções colectivas devem caducar mais depressa ou que os despedimentos devem ser simplificados". Com as novas leis laborais, Sócrates e Vieira da Silva mostram que "não têm vergonha na cara", prometendo acabar com os falsos recibos verdes através "duma taxa que é um óptimo negócio para os patrões".Luís Filipe Pereira, da concelhia do Bloco/Almada, abriu o comício e apelou à participação na iniciativa sobre a história do Arsenal do Alfeite, que o Bloco está a promover, e que começa com uma exposição no dia 24 de Setembro na Escola Cacilhas-Tejo. A dupla musical "Pedro e Diana" e o rapper Chullage também participaram neste encerramento da Marcha contra a Precariedade na margem sul do Tejo.O dia dos marchantes começou cedo, junto ao centro comercial Rio Sul, no Seixal. A denúncia da precariedade e dos atropelos aos direitos laborais dos trabalhadores das grandes superfícies comerciais foi o mote para uma performance teatral com a presença dum carrinho de compras gigante. A marcha prosseguiu em direcção a Almada, com uma passagem pela festa da Cova da Piedade, desta vez animando os presentes com uma actuação musical de Pedro e Diana no interior do mega-carro de compras.A Marcha contra a Precariedade rumará ao norte na próxima sexta-feira, com acções previstas para os distritos do Porto, Braga e Aveiro. Veja aqui o programa desta iniciativa.


A primeira etapa da Marcha contra a Precaridade terminou na tarde de domingo com um comício na Incrível Almadense, depois de passar pelo Seixal e Cova da Piedade. Mariana Aiveca prometeu um combate feroz às alterações ao Código do Trabalho que o parlamento discutirá na quinta-feira e Francisco Louçã respondeu a Sócrates, dizendo que o primeiro-ministro é que é "o campeão do bota-abaixo: no emprego, nos salários, nas reformas, no poder de compra".Para Louçã, as palavras de José Sócrates - que na véspera acusara quem o critica de "maledicentes e bota-abaixistas" - têm como destinatário a oposição de esquerda. "O primeiro-ministro queria que a oposição fosse toda como Manuela Ferreira Leite, que não precisa de falar porque Sócrates fala por eles".Na oposição ao governo, "as razões da esquerda são a única perspectiva para o país sair da crise", defendeu o dirigente do Bloco, antes de se referir "a uma crise totalmente artificial e fabricada, a que os jornais chamam 'crise de regime': "Hoje dizem-nos que há uma crise que atravessa o país - ninguém dá por ela! -, que o país está suspenso - ninguém se preocupa com o assunto - e, que na verdade, está paralisado porque o Presidente se zangou com o Governo a respeito de saber se deve ou não deve cumprir um princípio constitucional que determina que sendo dissolvida a assembleia legislativa regional da Madeira ou dos Açores devam ser ouvidas as entidades competentes".Louçã diz que para o Bloco, "a crise de regime são os dois milhões de pobres, é o desemprego, é a precariedade, é a degradação do Serviço Nacional de Saúde". Numa alusão aos "que se entretêm com aquelas diversões institucionais", Louçã disse que "não estão à altura das suas responsabilidades os que não querem ver os problemas do país"."Vêm aí grandes lutas", avisou Louçã introduzindo o tema da revisão das leis laborais e apelando à participação de todos nas iniciativas sociais de oposição ao Código do Trabalho, nomeadamente no dia 1 de Outubro em que a CGTP organiza uma jornada de luta.A delicada situação política da Bolívia foi também trazida ao comício em Almada, "porque ela lembra demasiado o passado, em que os EUA manipulavam a política da região para instalar os seus ditadores". Francisco Louçã defendeu a solidariedade com os países latino-americanos hoje na mira da Casa Branca porque "aqui há uma esquerda que luta a favor destes povos contra a ameaça do império "A deputada Mariana Aiveca antecipou o debate parlamentar da próxima quinta-feira sobre o Código de Trabalho, prometendo levar ao debate as mesmas propostas que o PS apresentou contra o Código Bagão Félix e que agora rejeita."Como Vieira da Silva mudou! Na altura, disse que o Código Bagão era um míssil de longo alcance contra os direitos dos trabalhadores.Então que arma será esta que o governo agora apresenta?" perguntou Mariana Aiveca.A deputada do Bloco falou também das dificuldades do distrito de Setúbal, o que assistiu a maior destruição de postos de trabalho e criticou o discurso do PS "que se faz passar por moderno, ao dizer que as convenções colectivas devem caducar mais depressa ou que os despedimentos devem ser simplificados". Com as novas leis laborais, Sócrates e Vieira da Silva mostram que "não têm vergonha na cara", prometendo acabar com os falsos recibos verdes através "duma taxa que é um óptimo negócio para os patrões".Luís Filipe Pereira, da concelhia do Bloco/Almada, abriu o comício e apelou à participação na iniciativa sobre a história do Arsenal do Alfeite, que o Bloco está a promover, e que começa com uma exposição no dia 24 de Setembro na Escola Cacilhas-Tejo. A dupla musical "Pedro e Diana" e o rapper Chullage também participaram neste encerramento da Marcha contra a Precariedade na margem sul do Tejo.O dia dos marchantes começou cedo, junto ao centro comercial Rio Sul, no Seixal. A denúncia da precariedade e dos atropelos aos direitos laborais dos trabalhadores das grandes superfícies comerciais foi o mote para uma performance teatral com a presença dum carrinho de compras gigante. A marcha prosseguiu em direcção a Almada, com uma passagem pela festa da Cova da Piedade, desta vez animando os presentes com uma actuação musical de Pedro e Diana no interior do mega-carro de compras.A Marcha contra a Precariedade rumará ao norte na próxima sexta-feira, com acções previstas para os distritos do Porto, Braga e Aveiro. Veja aqui o programa desta iniciativa.

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