O Cachimbo de Magritte: A lição

24-01-2012
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Estive agora a contemplar nos telejornais mais uma das arengas do nosso primeiro-ministro. (Desta vez, o tema da prelecção era a manifestação gigante de ontem.) Assisti, já meio atordoado, a todo aquele descaramento, toda aquela desonestidade quase emética.Bem, se é verdade que todas as coisas têm um sentido, até aquilo terá um. Mas qual?Parece que toda a compreensão se gera, começa, numa ausência de compreensão. Começa-se por perder o pé, ficar-se incrédulo - mas esse tropeço é, afinal, o primeiro passo. Só por ter perdido o pé é que sinto necessidade de me apoiar em terra firme.Sócrates é realmente espantoso. Mas, de repente, percebi. Aquele homem é um ensinamento antropológico.


Estive agora a contemplar nos telejornais mais uma das arengas do nosso primeiro-ministro. (Desta vez, o tema da prelecção era a manifestação gigante de ontem.) Assisti, já meio atordoado, a todo aquele descaramento, toda aquela desonestidade quase emética.Bem, se é verdade que todas as coisas têm um sentido, até aquilo terá um. Mas qual?Parece que toda a compreensão se gera, começa, numa ausência de compreensão. Começa-se por perder o pé, ficar-se incrédulo - mas esse tropeço é, afinal, o primeiro passo. Só por ter perdido o pé é que sinto necessidade de me apoiar em terra firme.Sócrates é realmente espantoso. Mas, de repente, percebi. Aquele homem é um ensinamento antropológico.

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