A Lei de Murphy: Enfim, escolhas...

21-01-2012
marcar artigo


Ontem tive uns amigos a jantar em casa. Já com uma razoável dose de vinho e moscatel e também de umas coisas giras que se fumam e não se chamam Cohiba, assistimos ao programa do Pior Português, numa edição especial do Eixo do Mal, na SIC Notícias. Os comentadores do costume mais uma rapaziada que se tornou mais conhecida graças à blogoesfera, como o Pedro Mexia e o Rui Tavares, que não se coibiram de dar exemplos de outros tantos portugueses que poderiam ser considerados a chamada "fina-flor do entulho". Satisfatoriamente, Salazar ganhou o prémio de maior responsável pelo estado a que chegámos e Fátima Felgueiras como a melhor encarnação do espírito de ser português. O nome de Ricardo Espírito Santo Salgado foi referido por duas vezes pelos presentes, o que não deixa de ser positivo.Prémios atribuídos, conseguimos assistir a praticamente todo o documentário a Salazar na RTP1 e a respectiva defesa pelo senhor que é casado com a Maria José Nogueira Pinto. Como é óbvio, enalteceu as qualidades de alguém que tomou as rédeas do país na altura certa e pôs as finanças públicas em ordem e toda a ladaínha seguida por estes senhores que, curiosamente, até pertencem a partidos políticos e são membros activos naquela coisa... como é que chama? Ah, a Democracia! Gostei especialmente do salto histórico que foi dado entre 1961 e a queda da cadeira, a ausência de referências a Humberto Delgado e a nota de rodapé a propósito dos presos políticos, tendo morrido apenas 30 devido a doença nas prisões políticas. Ao cuidado das empresas de publicidade e marketing: este senhor fez aquilo a que se chama dizer a verdade bem dita e tem o seu potencial nesta área.Posto isto, um dos artistas que assistiu comigo a ambos os programas decidiu votar precisamente em Salazar para Grande Português, não se coibindo de acrescentar 60 cêntimos às despesas da sua entidade patronal. Antes disso, tinha tecido elogios a Inês Meneses, elogiando a sua anatomia, mais precisamente os seus... joelhos, e classificando-a como "intelectualmente perfeita". Sobre a escolha por Salazar, mereceu da minha parte uma crítica veemente, mas lá tive de me conformar e aceitar a escolha, o que revela da minha parte uma atitude muito pouco salazarista.


Ontem tive uns amigos a jantar em casa. Já com uma razoável dose de vinho e moscatel e também de umas coisas giras que se fumam e não se chamam Cohiba, assistimos ao programa do Pior Português, numa edição especial do Eixo do Mal, na SIC Notícias. Os comentadores do costume mais uma rapaziada que se tornou mais conhecida graças à blogoesfera, como o Pedro Mexia e o Rui Tavares, que não se coibiram de dar exemplos de outros tantos portugueses que poderiam ser considerados a chamada "fina-flor do entulho". Satisfatoriamente, Salazar ganhou o prémio de maior responsável pelo estado a que chegámos e Fátima Felgueiras como a melhor encarnação do espírito de ser português. O nome de Ricardo Espírito Santo Salgado foi referido por duas vezes pelos presentes, o que não deixa de ser positivo.Prémios atribuídos, conseguimos assistir a praticamente todo o documentário a Salazar na RTP1 e a respectiva defesa pelo senhor que é casado com a Maria José Nogueira Pinto. Como é óbvio, enalteceu as qualidades de alguém que tomou as rédeas do país na altura certa e pôs as finanças públicas em ordem e toda a ladaínha seguida por estes senhores que, curiosamente, até pertencem a partidos políticos e são membros activos naquela coisa... como é que chama? Ah, a Democracia! Gostei especialmente do salto histórico que foi dado entre 1961 e a queda da cadeira, a ausência de referências a Humberto Delgado e a nota de rodapé a propósito dos presos políticos, tendo morrido apenas 30 devido a doença nas prisões políticas. Ao cuidado das empresas de publicidade e marketing: este senhor fez aquilo a que se chama dizer a verdade bem dita e tem o seu potencial nesta área.Posto isto, um dos artistas que assistiu comigo a ambos os programas decidiu votar precisamente em Salazar para Grande Português, não se coibindo de acrescentar 60 cêntimos às despesas da sua entidade patronal. Antes disso, tinha tecido elogios a Inês Meneses, elogiando a sua anatomia, mais precisamente os seus... joelhos, e classificando-a como "intelectualmente perfeita". Sobre a escolha por Salazar, mereceu da minha parte uma crítica veemente, mas lá tive de me conformar e aceitar a escolha, o que revela da minha parte uma atitude muito pouco salazarista.

marcar artigo