Câmara Corporativa: Forma reles de fazer política

07-07-2011
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Os intervenientes na conspiração montada contra Sócrates são conhecidos. Para além de Elias Torrão, inspector da Polícia Judiciária entretanto condenado em tribunal por fazer chegar documentos do processo Freeport a jornalistas, e de Zeferino Boal, militante do CDS-PP que foi candidato derrotado à presidência da Câmara de Alcochete, participaram nos chamados encontros da Aroeira: • Armando Carneiro, presidente da administração da Euronotícias, proprietária da revista Tempo, e dono da casa onde se realizaram os encontros;• Miguel Almeida, antigo chefe de gabinete de Santana Lopes e deputado do PSD;• O advogado José Dias, que trabalhou no escritório de Rui Gomes da Silva, ex-ministro-adjunto e ministro dos Assuntos Parlamentares do Governo de Santana Lopes; e• O jornalista Vítor Norinha. Pacheco Pereira reconheceu mais do que uma vez que se tratou de uma conspiração, embora a desvalorizasse ao dizer que fora concebida por aprendizes de feiticeiro.Hoje, no Público, o eremita da Marmeleira escreve o seguinte: “Seis anos de Freeport, um arranque, uma operação de aprendizes de feiticeiros (uns imberbes, comparados com os de hoje no gabinete do primeiro-ministro) (…)”. A que se refere Pacheco? Há gente “no gabinete do primeiro-ministro” a promover novos “encontros da Aroeira” para linchar adversários políticos? Há gente “no gabinete do primeiro-ministro” mancomunada com agentes da PJ para inventar provas contra figuras da oposição? Há gente “no gabinete do primeiro-ministro” a ter encontros em cafés da Av. de Roma, em Lisboa, para congeminar inventonas de escutas?Pacheco Pereira não é um josé manuel fernandes qualquer. Sendo deputado à Assembleia da República, tem deveres acrescidos: se tem conhecimento de que gente do “gabinete do primeiro-ministro” anda por aí a fazer “operações” à margem da lei, o eremita da Marmeleira deve comunicá-lo à Procuradoria Geral da República, para que esta possa actuar em defesa da legalidade democrática. Se tudo não passa de calúnias, matéria em que se especializou no consulado da Dr.ª Manuela, quando se convenceu de que viria a ser “ministro de uma pasta das pesadas” (aspiração confessada numa entrevista ao DN nos tempos áureos do ferreirismo), Pacheco Pereira confirma que se transformou num farrapo e que não tem emenda.


Os intervenientes na conspiração montada contra Sócrates são conhecidos. Para além de Elias Torrão, inspector da Polícia Judiciária entretanto condenado em tribunal por fazer chegar documentos do processo Freeport a jornalistas, e de Zeferino Boal, militante do CDS-PP que foi candidato derrotado à presidência da Câmara de Alcochete, participaram nos chamados encontros da Aroeira: • Armando Carneiro, presidente da administração da Euronotícias, proprietária da revista Tempo, e dono da casa onde se realizaram os encontros;• Miguel Almeida, antigo chefe de gabinete de Santana Lopes e deputado do PSD;• O advogado José Dias, que trabalhou no escritório de Rui Gomes da Silva, ex-ministro-adjunto e ministro dos Assuntos Parlamentares do Governo de Santana Lopes; e• O jornalista Vítor Norinha. Pacheco Pereira reconheceu mais do que uma vez que se tratou de uma conspiração, embora a desvalorizasse ao dizer que fora concebida por aprendizes de feiticeiro.Hoje, no Público, o eremita da Marmeleira escreve o seguinte: “Seis anos de Freeport, um arranque, uma operação de aprendizes de feiticeiros (uns imberbes, comparados com os de hoje no gabinete do primeiro-ministro) (…)”. A que se refere Pacheco? Há gente “no gabinete do primeiro-ministro” a promover novos “encontros da Aroeira” para linchar adversários políticos? Há gente “no gabinete do primeiro-ministro” mancomunada com agentes da PJ para inventar provas contra figuras da oposição? Há gente “no gabinete do primeiro-ministro” a ter encontros em cafés da Av. de Roma, em Lisboa, para congeminar inventonas de escutas?Pacheco Pereira não é um josé manuel fernandes qualquer. Sendo deputado à Assembleia da República, tem deveres acrescidos: se tem conhecimento de que gente do “gabinete do primeiro-ministro” anda por aí a fazer “operações” à margem da lei, o eremita da Marmeleira deve comunicá-lo à Procuradoria Geral da República, para que esta possa actuar em defesa da legalidade democrática. Se tudo não passa de calúnias, matéria em que se especializou no consulado da Dr.ª Manuela, quando se convenceu de que viria a ser “ministro de uma pasta das pesadas” (aspiração confessada numa entrevista ao DN nos tempos áureos do ferreirismo), Pacheco Pereira confirma que se transformou num farrapo e que não tem emenda.

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