Morreu Maria José Nogueira Pinto > Política > TVI24

11-07-2011
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Artigo actualizado às 23:57

Faleceu esta quarta-feira Maria José Nogueira Pinto, de 59 anos, vítima de doença prolongada. A deputada independente, eleita pelo PSD, apresentava um estado de saúde muito débil nos primeiros dias de trabalho da Assembleia da República e acabou por não resistir ao cancro no pâncreas.

A líder da bancada socialista, Maria de Belém, afirmou mesmo que o país perdeu «uma mulher sem medo».

Irmã da jornalista Maria João Avillez e casada com Jaime Nogueira Pinto, era jurista de formação (formada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra). Entre outros cargos, foi provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Fez parte do Governo de Cavaco Silva, em 1992, como subsecretária de Estado da Cultura, mas saiu um ano depois após desentendimentos com Santana Lopes. Em 1996 ingressou no Partido Popular, por quem foi deputada independente. Foi candidata à liderança do partido em 1998, mas foi derrotada por Paulo Portas.

Mais tarde, chegou a ser líder do grupo parlamentar do CDS e, em 2005, foi candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Foi vereadora da Habitação Social até 2007.

Nesse mesmo ano saiu do CDS após desentendimentos com Portas e com o deputado Hélder Amaral. Dois anos depois fez parte das listas do PSD e regressou ao Parlamento. Nas últimas eleições voltou a concorrer e foi eleita.

Durante a doença, manteve os seus comentários habituais na SIC Notícias e continuou a escrever um artigo no jornal «Diário de Notícias».

Funeral quinta-feira

O corpo de Maria José Nogueira Pinto esteve em câmara ardente na sua residência, no Campo Grande nº 398 em Lisboa. Pelas 22:00, foi celebrada uma missa. Cavaco Silva e o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, marcaram presença.

Na quinta-feira, terá lugar uma eucaristia pelas 14:00 na mesma residência, seguindo o funeral para o cemitério das Caldas da Rainha.

«Grande perda para Portugal»

A primeira reacção à morte de Maria José Nogueira Pinto surgiu pela voz de Ribeiro e Castro, precisamente no Parlamento. Aos jornalistas, o deputado do CDS-PP não escondeu a emoção por esta perda.

«É uma notícia muito triste e uma grande perda para Portugal. Era uma mulher muito intensa na sua intervenção pública. Marcou a vida portuguesa nas várias áreas em que intervinha», frisou, acrescentando:

«Mostrou, nos últimos meses, muita coragem e verticalidade. Era um exemplo e uma inspiração. Mesmo afectada, manteve-se no combate político».

O porta-voz centrista, João Almeida, também ficou chocado com a «triste e violenta» morte de Nogueira Pinto. «Sempre pôs uma enorme dedicação, convicção e espírito de luta em todas as causas pelas quais se bateu».

«Até ao limite da sua força»

Já o líder parlamentar do PSD considerou que a bancada social-democrata perdeu «uma brilhante deputada», que disse ter mantido a actividade parlamentar «até ao limite da sua força».

Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro, descreveu Maria José Nogueira Pinto como «uma mulher de uma profunda inteligência, de uma dedicação e uma capacidade de trabalho absolutamente invulgares».

Paulo Portas considerou a notícia «muito triste, tanto a nível político, como pessoal».

«A memória que tenho sobre a forma como encarou a doença é a de uma pessoa com uma fé serena e completa, que procurou cumprir e cumpriu todos os seus deveres e todas as suas obrigações, fosse como candidata ou como deputada, fosse como comentadora ou como articulista, até ao último fôlego, sem deixar que o sofrimento a diminuísse», declarou.

Artigo actualizado às 23:57

Faleceu esta quarta-feira Maria José Nogueira Pinto, de 59 anos, vítima de doença prolongada. A deputada independente, eleita pelo PSD, apresentava um estado de saúde muito débil nos primeiros dias de trabalho da Assembleia da República e acabou por não resistir ao cancro no pâncreas.

A líder da bancada socialista, Maria de Belém, afirmou mesmo que o país perdeu «uma mulher sem medo».

Irmã da jornalista Maria João Avillez e casada com Jaime Nogueira Pinto, era jurista de formação (formada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra). Entre outros cargos, foi provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Fez parte do Governo de Cavaco Silva, em 1992, como subsecretária de Estado da Cultura, mas saiu um ano depois após desentendimentos com Santana Lopes. Em 1996 ingressou no Partido Popular, por quem foi deputada independente. Foi candidata à liderança do partido em 1998, mas foi derrotada por Paulo Portas.

Mais tarde, chegou a ser líder do grupo parlamentar do CDS e, em 2005, foi candidata à presidência da Câmara Municipal de Lisboa. Foi vereadora da Habitação Social até 2007.

Nesse mesmo ano saiu do CDS após desentendimentos com Portas e com o deputado Hélder Amaral. Dois anos depois fez parte das listas do PSD e regressou ao Parlamento. Nas últimas eleições voltou a concorrer e foi eleita.

Durante a doença, manteve os seus comentários habituais na SIC Notícias e continuou a escrever um artigo no jornal «Diário de Notícias».

Funeral quinta-feira

O corpo de Maria José Nogueira Pinto esteve em câmara ardente na sua residência, no Campo Grande nº 398 em Lisboa. Pelas 22:00, foi celebrada uma missa. Cavaco Silva e o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, marcaram presença.

Na quinta-feira, terá lugar uma eucaristia pelas 14:00 na mesma residência, seguindo o funeral para o cemitério das Caldas da Rainha.

«Grande perda para Portugal»

A primeira reacção à morte de Maria José Nogueira Pinto surgiu pela voz de Ribeiro e Castro, precisamente no Parlamento. Aos jornalistas, o deputado do CDS-PP não escondeu a emoção por esta perda.

«É uma notícia muito triste e uma grande perda para Portugal. Era uma mulher muito intensa na sua intervenção pública. Marcou a vida portuguesa nas várias áreas em que intervinha», frisou, acrescentando:

«Mostrou, nos últimos meses, muita coragem e verticalidade. Era um exemplo e uma inspiração. Mesmo afectada, manteve-se no combate político».

O porta-voz centrista, João Almeida, também ficou chocado com a «triste e violenta» morte de Nogueira Pinto. «Sempre pôs uma enorme dedicação, convicção e espírito de luta em todas as causas pelas quais se bateu».

«Até ao limite da sua força»

Já o líder parlamentar do PSD considerou que a bancada social-democrata perdeu «uma brilhante deputada», que disse ter mantido a actividade parlamentar «até ao limite da sua força».

Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro, descreveu Maria José Nogueira Pinto como «uma mulher de uma profunda inteligência, de uma dedicação e uma capacidade de trabalho absolutamente invulgares».

Paulo Portas considerou a notícia «muito triste, tanto a nível político, como pessoal».

«A memória que tenho sobre a forma como encarou a doença é a de uma pessoa com uma fé serena e completa, que procurou cumprir e cumpriu todos os seus deveres e todas as suas obrigações, fosse como candidata ou como deputada, fosse como comentadora ou como articulista, até ao último fôlego, sem deixar que o sofrimento a diminuísse», declarou.

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