Clube de Reflexão Política: Até que a espuma assente...

30-06-2011
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 Ontem o povo votou e fechou um dos capítulos e ambições da vida de Sá Carneiro. Fez-lhe uma vontade sem que as consequências fossem todas equacionadas. Pois se em Portugal, pela primeira vez em todo o sempre, se alcançou a meta do grande líder social-democrata (uma maioria, um governo e um presidente) não é de descurar que a vitória de Passos Coelho abriu caminho ao 17º Governo do arco do Partido Popular Europeu da actualidade. Este facto, a somar-se à difícil vitória do PSOE em Espanha em Março do próximo ano, constituirá o fortalecimento de uma vaga de governos de direita no seio da Europa Comunitária que facilmente conviverá com as danosas empresas de rating que levaram a Europa à grave situação económica em que esta se encontra.
Bastou a vitória da direita em Portugal para que os juros da República a 2, 5 e 10 anos caíssem e, certamente não é pelos lindos olhos de Passos Coelho. Não é preciso saber muito de negócios para perceber que convém ter como parceiro alguém que partilhe da mesma cartilha que nós mesmos. E, para quem negoceia com o dinheiro dos outros (como as agências de rating), nada melhor que ter como parceiro alguém que encare as finanças públicas com o maior dos paternalismos, conferindo assim maiores níveis de segurança ao investimento destas. É isso que para já acontecerá com a supervisão da “Troika” e que depois se manterá com o fiscal público que PPC colocará no Ministério das Finanças. Ao Governo de Passos Coelho bastar-lhe-á ter um ministro das finanças que inspire confiança aos olhos de quem nos observa. Porém é por elas que o país definha, é por elas que estamos comprometidos com o BCE, FMI e EU e será através delas que todas as outras áreas sectoriais sentirão a agonia da governação PSD-CDS.A derrota nestas eleições custou certamente a qualquer socialista. Todavia foi aberto o espaço de reflexão que culminará numa janela de oportunidade através da qual será necessariamente possível recentrar a ideologia num campo onde agora a “Troika” estaria de arraiais assentes.


 Ontem o povo votou e fechou um dos capítulos e ambições da vida de Sá Carneiro. Fez-lhe uma vontade sem que as consequências fossem todas equacionadas. Pois se em Portugal, pela primeira vez em todo o sempre, se alcançou a meta do grande líder social-democrata (uma maioria, um governo e um presidente) não é de descurar que a vitória de Passos Coelho abriu caminho ao 17º Governo do arco do Partido Popular Europeu da actualidade. Este facto, a somar-se à difícil vitória do PSOE em Espanha em Março do próximo ano, constituirá o fortalecimento de uma vaga de governos de direita no seio da Europa Comunitária que facilmente conviverá com as danosas empresas de rating que levaram a Europa à grave situação económica em que esta se encontra.
Bastou a vitória da direita em Portugal para que os juros da República a 2, 5 e 10 anos caíssem e, certamente não é pelos lindos olhos de Passos Coelho. Não é preciso saber muito de negócios para perceber que convém ter como parceiro alguém que partilhe da mesma cartilha que nós mesmos. E, para quem negoceia com o dinheiro dos outros (como as agências de rating), nada melhor que ter como parceiro alguém que encare as finanças públicas com o maior dos paternalismos, conferindo assim maiores níveis de segurança ao investimento destas. É isso que para já acontecerá com a supervisão da “Troika” e que depois se manterá com o fiscal público que PPC colocará no Ministério das Finanças. Ao Governo de Passos Coelho bastar-lhe-á ter um ministro das finanças que inspire confiança aos olhos de quem nos observa. Porém é por elas que o país definha, é por elas que estamos comprometidos com o BCE, FMI e EU e será através delas que todas as outras áreas sectoriais sentirão a agonia da governação PSD-CDS.A derrota nestas eleições custou certamente a qualquer socialista. Todavia foi aberto o espaço de reflexão que culminará numa janela de oportunidade através da qual será necessariamente possível recentrar a ideologia num campo onde agora a “Troika” estaria de arraiais assentes.

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