Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: Novo relatório da ONU aponta necessidade de mudanças no mecanismo económico global

01-07-2011
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3 de Julho de 2010 Superar as sérias fraquezas expostas pela crise económica global não será fácil, sendo necessária uma revisão significativa do mecanismo de financiamento internacional, ajuda e comércio.É isto o que diz o novo relatório das Nações Unidas divulgado na última terça-feira (29). Para se alcançar a estabilidade, será preciso reformas na administração econômica global e novas formas de pensar, para que o mundo siga um caminho mais sustentável de desenvolvimento.Segundo o Director da Divisão de Política de Desenvolvimento e Análise dentro do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais (DESA, na sigla em inglês), Rob Vos, uma das mensagens centrais do relatório é a de que muitas crises globais nos últimos anos – como as crises de alimentos, combustível e financeira – acontecem em decorrência de grandes falhas sistémicas na economia mundial e fragilidades nos mecanismos de administração global.A pesquisa denominada “Retooling Global Development” (Rearticulando o Desenvolvimento Global, em tradução livre) aponta que a crise financeira proporciona uma oportunidade de reexaminar e reformar o sistema global de administração, para que a interdependência econômica possa ser usada como combate à pobreza e não como fonte de instabilidade e desigualdades maiores.Ajuda internacional e processos de comércio precisam ser reformulados para que governos tenham o espaço político necessário para experimentar soluções apropriadas para a situação local. Muitos países em desenvolvimento sofrem com os fluxos de ajuda voláteis, o que prejudica os esforços de planeamento dos governos. Um ponto fundamental sobre a incoerência de políticas é a própria arquitectura do auxílio humanitário, internamente e na maneira com que interage com o comércio, a dívida e outras políticas financeiras.A pesquisa propõe que países em desenvolvimento sejam activos na identificação de lacunas financeiras através de estratégias de desenvolvimento nacional bem realizadas. Sobre o comércio, a pesquisa aponta que o tratamento igual para todas as nações efectivamente enviesa o comércio internacional de economias menores. Para que o sistema comercial multilateral caminhe em direcção ao desenvolvimento sustentável, é preciso tanto expandir e quanto restringir o alcance das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).Para um reequilíbrio sustentável da economia global, a pesquisa diz ser necessária uma coordenação mais próxima do sistema de comércio, do novo regime para regulamentação financeira internacional, do sistema de reserva global e dos mecanismos para mobilização, além de canalizar financiamento para o desenvolvimento e fundos para o clima. No documento também é proposto que a comunidade internacional considere estabelecer um mecanismo de coordenação econômica além do Grupo das 20 principais economias emergentes (G20).Outras noticias: Secretário-Geral pede ao G20 que solução da crise não pese nas costas dos países mais pobresFonte: Centro de Informações das Nações Unidas


3 de Julho de 2010 Superar as sérias fraquezas expostas pela crise económica global não será fácil, sendo necessária uma revisão significativa do mecanismo de financiamento internacional, ajuda e comércio.É isto o que diz o novo relatório das Nações Unidas divulgado na última terça-feira (29). Para se alcançar a estabilidade, será preciso reformas na administração econômica global e novas formas de pensar, para que o mundo siga um caminho mais sustentável de desenvolvimento.Segundo o Director da Divisão de Política de Desenvolvimento e Análise dentro do Departamento de Assuntos Económicos e Sociais (DESA, na sigla em inglês), Rob Vos, uma das mensagens centrais do relatório é a de que muitas crises globais nos últimos anos – como as crises de alimentos, combustível e financeira – acontecem em decorrência de grandes falhas sistémicas na economia mundial e fragilidades nos mecanismos de administração global.A pesquisa denominada “Retooling Global Development” (Rearticulando o Desenvolvimento Global, em tradução livre) aponta que a crise financeira proporciona uma oportunidade de reexaminar e reformar o sistema global de administração, para que a interdependência econômica possa ser usada como combate à pobreza e não como fonte de instabilidade e desigualdades maiores.Ajuda internacional e processos de comércio precisam ser reformulados para que governos tenham o espaço político necessário para experimentar soluções apropriadas para a situação local. Muitos países em desenvolvimento sofrem com os fluxos de ajuda voláteis, o que prejudica os esforços de planeamento dos governos. Um ponto fundamental sobre a incoerência de políticas é a própria arquitectura do auxílio humanitário, internamente e na maneira com que interage com o comércio, a dívida e outras políticas financeiras.A pesquisa propõe que países em desenvolvimento sejam activos na identificação de lacunas financeiras através de estratégias de desenvolvimento nacional bem realizadas. Sobre o comércio, a pesquisa aponta que o tratamento igual para todas as nações efectivamente enviesa o comércio internacional de economias menores. Para que o sistema comercial multilateral caminhe em direcção ao desenvolvimento sustentável, é preciso tanto expandir e quanto restringir o alcance das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).Para um reequilíbrio sustentável da economia global, a pesquisa diz ser necessária uma coordenação mais próxima do sistema de comércio, do novo regime para regulamentação financeira internacional, do sistema de reserva global e dos mecanismos para mobilização, além de canalizar financiamento para o desenvolvimento e fundos para o clima. No documento também é proposto que a comunidade internacional considere estabelecer um mecanismo de coordenação econômica além do Grupo das 20 principais economias emergentes (G20).Outras noticias: Secretário-Geral pede ao G20 que solução da crise não pese nas costas dos países mais pobresFonte: Centro de Informações das Nações Unidas

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