Blogue Aduaneiro, Alfândegas, Customs, Douanes, Aduanas, Comércio Mundial, Import-Export: As ideias Contam: Economia, Crise e Democracia

01-07-2011
marcar artigo


Ciclo de Debates Saberes em DiálogoAna Cordeiro Santos, Manuel Rodrigues, Sandra Monteiro, Nuno Serra, Cristina Andrade e Pedro Lains3 de Março de 2011, 14.30, Sala de seminários (2º piso), CES-CoimbraEnquadramentoNenhuma outra ciência, social ou natural, parece ocupar, no debate público, o espaço privilegiado que é concedido à Economia. Os temas económicos recebem, de facto, grande destaque nos meios de comunicação social, onde os economistas são ouvidos com especial reverência. A ciência económica ganha ainda maior visibilidade em períodos de profunda crise, como a que estamos a viver. Todos querem compreender o que a terá causado e, sobretudo, como dela sair. Os não-economistas, quando abordam estes temas, sentem-se muitas vezes forçados a citar a autoridade da classe indiferenciada de “os economistas”, sugerindo, inadvertidamente, que a economia é uma ciência monolítica, onde as opiniões são consensuais. Ou então desculpam-se, deixando claro que a sua posição deverá ser devidamente descontada pela sua declarada falta de credenciais.A posição privilegiada da Economia tem naturalmente impacto na formação de opinião pública. Os economistas que acedem ao espaço público conseguem veicular as suas visões do mundo, enquadrando a situação económica de acordo com as grelhas conceptuais mais favoráveis a opções político-económicas hegemónicas.A ausência das vozes discordantes, as dos economistas que não acedem ao debate público bem como as de outros estudantes e participantes na economia, inibem contudo, de modo muito significativo, a apresentação de perspectivas distintas e a formulação de soluções alternativas. A inexistência de um verdadeiro diálogo sobre a crise é pois impeditiva da formação de uma opinião pública informada e melhor preparada para escrutinar as soluções apresentadas, o que fragiliza a participação cidadã na tomada de decisão em questões que afectam a nossa vida colectiva. Mas a economia a todos diz respeito. Todos fazemos parte dela e dela dependemos, individual e colectivamente. Surge, então, a questão de saber quem deve ou não participar no debate económico. Podemos todos participar nesse debate? Ou deverá a economia ser deixada aos economistas?Oradores convidados:Ana Cordeiro Santos – Economista, investigadora do CESManuel Rodrigues – Advogado e empresárioSandra Monteiro – Le Monde Diplomatique - Edição portuguesaNuno Serra - Petição pelo Pluralismo de Opinião no Debate Político-económicoCristina Andrade – FERVE – Fart@s d’estes recibos verdesPedro Lains – Economista, Investigador do ICSOrganização: Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade e Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades.Fonte: CES – Centro de Estudos Sociais


Ciclo de Debates Saberes em DiálogoAna Cordeiro Santos, Manuel Rodrigues, Sandra Monteiro, Nuno Serra, Cristina Andrade e Pedro Lains3 de Março de 2011, 14.30, Sala de seminários (2º piso), CES-CoimbraEnquadramentoNenhuma outra ciência, social ou natural, parece ocupar, no debate público, o espaço privilegiado que é concedido à Economia. Os temas económicos recebem, de facto, grande destaque nos meios de comunicação social, onde os economistas são ouvidos com especial reverência. A ciência económica ganha ainda maior visibilidade em períodos de profunda crise, como a que estamos a viver. Todos querem compreender o que a terá causado e, sobretudo, como dela sair. Os não-economistas, quando abordam estes temas, sentem-se muitas vezes forçados a citar a autoridade da classe indiferenciada de “os economistas”, sugerindo, inadvertidamente, que a economia é uma ciência monolítica, onde as opiniões são consensuais. Ou então desculpam-se, deixando claro que a sua posição deverá ser devidamente descontada pela sua declarada falta de credenciais.A posição privilegiada da Economia tem naturalmente impacto na formação de opinião pública. Os economistas que acedem ao espaço público conseguem veicular as suas visões do mundo, enquadrando a situação económica de acordo com as grelhas conceptuais mais favoráveis a opções político-económicas hegemónicas.A ausência das vozes discordantes, as dos economistas que não acedem ao debate público bem como as de outros estudantes e participantes na economia, inibem contudo, de modo muito significativo, a apresentação de perspectivas distintas e a formulação de soluções alternativas. A inexistência de um verdadeiro diálogo sobre a crise é pois impeditiva da formação de uma opinião pública informada e melhor preparada para escrutinar as soluções apresentadas, o que fragiliza a participação cidadã na tomada de decisão em questões que afectam a nossa vida colectiva. Mas a economia a todos diz respeito. Todos fazemos parte dela e dela dependemos, individual e colectivamente. Surge, então, a questão de saber quem deve ou não participar no debate económico. Podemos todos participar nesse debate? Ou deverá a economia ser deixada aos economistas?Oradores convidados:Ana Cordeiro Santos – Economista, investigadora do CESManuel Rodrigues – Advogado e empresárioSandra Monteiro – Le Monde Diplomatique - Edição portuguesaNuno Serra - Petição pelo Pluralismo de Opinião no Debate Político-económicoCristina Andrade – FERVE – Fart@s d’estes recibos verdesPedro Lains – Economista, Investigador do ICSOrganização: Núcleo de Estudos sobre Ciência, Economia e Sociedade e Núcleo de Estudos sobre Políticas Sociais, Trabalho e Desigualdades.Fonte: CES – Centro de Estudos Sociais

marcar artigo