Corta-fitas

08-09-2015
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O meu caríssimo Amigo João Távora interroga-se, e protesta, sobre o presente e o futuro da sua fidelidade partidária longínqua, o CDS. Sei-o bem capaz de jamais abandonar as suas convicções. Somente, creio ele (não) ser um exemplar caso de crença.

O João Távora, aqui no CF, critica os «portistas» seus correligionários. Preambularmente - não sou do CDS, nem sou contra portuenses ou lisboetas. A questão parece-me totalmente longe da geografia, antes entrosando nas ideologias. Vamos a uma tentativa de explicação:

Algo existe e subsistirá, economico-socialmente, neste infeliz e desinformado País: a divisão entre a Esquerda e a Direita.

Durante anos e anos, o eleitorado votou, como se diz, «ao centro»: ora no PSD, ora no PS, maioritariamente, conforme as benesses atribuídas à Função Pública a faziam sentir mais confortável. O CDS serviu uma escolha e outra - ambas - no rescaldo do supremo escrutínio popular.

Se havia fé democrata-cristã ou social-democrata? Salvo raríssimas excepções - não! Quando muito havia líderes que pela palavra arregimentavam gente ao clube.

Assim, por via da falha de oratória, o CDS foi perdendo espaço entre os votantes. Realidade que saíu reforçada com a golpada de Costa em 2015. E daí às questiunculas internas é que se adivinha.

Ao invés (para exemplificar), a Iniciativa Liberal, de parto recente, apostou nas suas ideias. Na diferença. São poucos, mas a tendência é de serem mais. Assim se mantendo, as guerras intestinas ficam mais além.

Já o CDS - ideologicamente - tentou as boias de salvamento e foi oscilando entre o liberalismo e a democracia-cristã. Nele floresceram correntes antagónicas que nada dizem ao eleitorado. E os resultados, em cada eleição, foram-se vendo.

Chegámos a hoje. «Portistas» e lisboetas não discutem um rumo certo programático para o Partido. Apenas, à tona dos intervenientes, a manutenção de um lugar no mapa partidário. O CDS é uma vítima de si mesmo. Como Portugal também.

É por isso que (no meio desta confusão toda) sou e serei sempre monárquico por opção de regime e social-democrata por aposta ideológica. Mas o que vale isto? - nada!

Daí o meu empenhado afastamento de quaisquer organizações, políticas e partidárias. Independência e liberdade, in casu, confundem-se.

O meu caríssimo Amigo João Távora interroga-se, e protesta, sobre o presente e o futuro da sua fidelidade partidária longínqua, o CDS. Sei-o bem capaz de jamais abandonar as suas convicções. Somente, creio ele (não) ser um exemplar caso de crença.

O João Távora, aqui no CF, critica os «portistas» seus correligionários. Preambularmente - não sou do CDS, nem sou contra portuenses ou lisboetas. A questão parece-me totalmente longe da geografia, antes entrosando nas ideologias. Vamos a uma tentativa de explicação:

Algo existe e subsistirá, economico-socialmente, neste infeliz e desinformado País: a divisão entre a Esquerda e a Direita.

Durante anos e anos, o eleitorado votou, como se diz, «ao centro»: ora no PSD, ora no PS, maioritariamente, conforme as benesses atribuídas à Função Pública a faziam sentir mais confortável. O CDS serviu uma escolha e outra - ambas - no rescaldo do supremo escrutínio popular.

Se havia fé democrata-cristã ou social-democrata? Salvo raríssimas excepções - não! Quando muito havia líderes que pela palavra arregimentavam gente ao clube.

Assim, por via da falha de oratória, o CDS foi perdendo espaço entre os votantes. Realidade que saíu reforçada com a golpada de Costa em 2015. E daí às questiunculas internas é que se adivinha.

Ao invés (para exemplificar), a Iniciativa Liberal, de parto recente, apostou nas suas ideias. Na diferença. São poucos, mas a tendência é de serem mais. Assim se mantendo, as guerras intestinas ficam mais além.

Já o CDS - ideologicamente - tentou as boias de salvamento e foi oscilando entre o liberalismo e a democracia-cristã. Nele floresceram correntes antagónicas que nada dizem ao eleitorado. E os resultados, em cada eleição, foram-se vendo.

Chegámos a hoje. «Portistas» e lisboetas não discutem um rumo certo programático para o Partido. Apenas, à tona dos intervenientes, a manutenção de um lugar no mapa partidário. O CDS é uma vítima de si mesmo. Como Portugal também.

É por isso que (no meio desta confusão toda) sou e serei sempre monárquico por opção de regime e social-democrata por aposta ideológica. Mas o que vale isto? - nada!

Daí o meu empenhado afastamento de quaisquer organizações, políticas e partidárias. Independência e liberdade, in casu, confundem-se.

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