por Margarida Neto: A Comunicação Social repete, dia após dia, que os “Portuguesesfalham as medalhas”. Francis Obikwelu, desiludido, pede desculpa e afirma desistir da sua carreira. Já não participará nas eliminatórias dos 200 metros.Será este o destino dos Portugueses?Partimos anunciando vitórias… vivemos dias de ilusão de que será possível… e depois caímos na desilusão… arranjamos culpados…ele é a falta de condições… os árbitros…as horas da competição…as lesões….Tudo serve de desculpa… neste fado de país triste e pequeno…Não pode ser este o caminho! Não podemos aceitar que seja quase sempre assim….À hora a que escrevo, não sei se haverá ou não medalhas.Não é isso que me importa.Importa-me a forma como nos organizamos, como sonhamos, como nos preparamos, como avaliamos o que fazemos.Em primeiro lugar, o sentido da humildade.Podemos e devemos aspirar o máximo, mas com o sentido da realidade. Competimos com os melhores e eles querem o mesmo que nós. É arrogante pensar que seria fácil e que as medalhas, à partida, já estariam ganhas.Importa avaliar o esforço de cada atleta.Reconhecer as marcas pessoais que foram superadas.Valorizar o mérito do esforço feito, e motivar para o que cada um pode ainda fazer melhor.Correu mal? Recomeça-se.Não foi suficiente? Há que continuar a trabalhar…Desistir e culpabilizar os outros é um dos defeitos que os Portugueses têm de corrigir.Acreditar que somos capazes, sem utopia.Quanto mais alto se sobe, maior é a queda, diz o povo e com razão..E fazer por isso. Cada um. Todos. Todos em conjunto.Claro que somos capazes!Na memória de todos, a atitude e nobreza, da selecção nacional de râguebi. Entrega, espírito de equipa, crença, ousadia, preparação, liderança.É nos momentos difíceis, que se conhece a fibra de alguém.Com os países, com os povos, é igual. Connosco, parece que a crise se cola à alma, passa a ser destino, em todos os momentos, em todas as áreas.Não tem de ser assim.Na vida como na política, na economia como no desporto.Melhor é possível! É nisto que temos de acreditar.E as medalhas?Claro…. Se houver medalhas… vibrarei com a nossa bandeira a subir ao podium…E se ouvir o Hino de Portugal, as lágrimas serão certas…. Que sou bem portuguesa….e a emoção forte…
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por Margarida Neto: A Comunicação Social repete, dia após dia, que os “Portuguesesfalham as medalhas”. Francis Obikwelu, desiludido, pede desculpa e afirma desistir da sua carreira. Já não participará nas eliminatórias dos 200 metros.Será este o destino dos Portugueses?Partimos anunciando vitórias… vivemos dias de ilusão de que será possível… e depois caímos na desilusão… arranjamos culpados…ele é a falta de condições… os árbitros…as horas da competição…as lesões….Tudo serve de desculpa… neste fado de país triste e pequeno…Não pode ser este o caminho! Não podemos aceitar que seja quase sempre assim….À hora a que escrevo, não sei se haverá ou não medalhas.Não é isso que me importa.Importa-me a forma como nos organizamos, como sonhamos, como nos preparamos, como avaliamos o que fazemos.Em primeiro lugar, o sentido da humildade.Podemos e devemos aspirar o máximo, mas com o sentido da realidade. Competimos com os melhores e eles querem o mesmo que nós. É arrogante pensar que seria fácil e que as medalhas, à partida, já estariam ganhas.Importa avaliar o esforço de cada atleta.Reconhecer as marcas pessoais que foram superadas.Valorizar o mérito do esforço feito, e motivar para o que cada um pode ainda fazer melhor.Correu mal? Recomeça-se.Não foi suficiente? Há que continuar a trabalhar…Desistir e culpabilizar os outros é um dos defeitos que os Portugueses têm de corrigir.Acreditar que somos capazes, sem utopia.Quanto mais alto se sobe, maior é a queda, diz o povo e com razão..E fazer por isso. Cada um. Todos. Todos em conjunto.Claro que somos capazes!Na memória de todos, a atitude e nobreza, da selecção nacional de râguebi. Entrega, espírito de equipa, crença, ousadia, preparação, liderança.É nos momentos difíceis, que se conhece a fibra de alguém.Com os países, com os povos, é igual. Connosco, parece que a crise se cola à alma, passa a ser destino, em todos os momentos, em todas as áreas.Não tem de ser assim.Na vida como na política, na economia como no desporto.Melhor é possível! É nisto que temos de acreditar.E as medalhas?Claro…. Se houver medalhas… vibrarei com a nossa bandeira a subir ao podium…E se ouvir o Hino de Portugal, as lágrimas serão certas…. Que sou bem portuguesa….e a emoção forte…