Protagonistas do Lusitânia Expresso voltam a Timor

09-09-2013
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Vinte anos depois de o ferryboat ter sido travado pelas autoridades indonésias, 12 dos impulsionadores da viagem vão a Díli terminar a missão, colocando flores no cemitério de Santa Cruz.

Doze dos 120 viajantes do ferryboat português Lusitânia Expresso partiram esta semana para Timor-Leste, para terminar a missão interrompida, há 20 anos, pelas autoridades indonésias.

A convite do Governo timorense, depositarão uma coroa de flores no cemitério de Santa Cruz, em memória das 201 vítimas do massacre que em 1992 chocou a opinião pública e chamou a atenção do mundo para a ocupação violenta do território. A cerimónia está marcada para segunda-feira, dia 12, quando se completam 21 anos sobre a tragédia, tendo a comitiva partido ontem, do aeroporto da Portela.

«Este convite mostra que, para os timorenses, a nossa missão fez a diferença» – diz ao SOL a psiquiatra Margarida Neto, que com 32 anos integrou a equipa médica do Lusitânia Expresso e agora regressa ao território com outros sete portugueses da comitiva inicial. «Quando depositar as flores em Santa Cruz, terei finalmente o sentimento de missão cumprida».

A coroa de flores brancas que levaram na ‘primeira’ missão – que chegou ao largo de Díli em Março de 1992 – acabou por ser lançada à água, já com as montanhas de Timor à vista. Quatro navios de guerra indonésios impediram então o ferryboat português de seguir viagem e de atracar no território sob o jugo militar da Indonésia.

A bordo do Lusitânia Expresso seguiam o ex-presidente da República Ramalho Eanes, o então secretário de Estado da Juventude, Nuno Ribeiro da Silva, professores, médicos, jornalistas e estudantes portugueses de outros 22 países – numa viagem organizada e coordenada pelo Fórum Estudante, encabeçado por Rui Marques (que mais recentemente foi líder do partido Movimento Esperança Portugal). O objectivo era chamar a atenção para a ocupação violenta da região.

‘Principal objectivo da viagem foi cumprido’

Para Rui Marques, este é um regresso emocionado. «O convite partiu do Governo de Timor e de duas associações da sociedade civil, o que mostra que os timorenses não esqueceram a nossa missão», explicou ao SOL. «O nosso principal objectivo, na altura, era colocar o problema de Timor na agenda mediática e isso foi conseguido apesar de não termos atracado no território».

Foi graças ao Lusitânia, que entre os 120 passageiros levava estudantes americanos, que a CNN emitiu a primeira reportagem sobre Timor-Leste e que a revista Tempo-Indonésia publicou uma série de reportagens, alertando a opinião pública para a ocupação violenta do território. A independência chegou uma década depois.

Com Rui Marques e Margarida Neto, partiram ontem de avião Ribeiro da Silva, o jornalista Rui Cardoso Martins, Fernando Guerra (ex-presidente da Associação de Estudantes de Coimbra), os organizadores da missão Francisca Assis Teixeira e João Van Zeller, e Rui Correia (dirigente da Associação Sul Cooperação e Desenvolvimento). Com eles viaja igualmente Francisco Manso, realizador do documentário sobre o Lusitânia Expresso que será emitido dia 12 na RTP e em Díli, no dia seguinte.

Ramalho Eanes, condecorado em Maio pelo Governo timorense, e o professor da Universidade do Porto Barbedo de Magalhães foram também convidados mas não podem estar presentes.

À espera, em Díli, estão outros membros da expedição: uma jornalista indonésia, dois antigos estudantes (uma canadiana e um norte-americano) e Donaciano Gomes, o único timorense a bordo do Lusitânia Expresso. Todos participarão numa conferência sobre a ‘Missão Paz em Timor’, onde falarão o Prémio Nobel Ramos-Horta, o ex-governador Mário Carrascalão e o bispo de Díli, D. Alberto Silva Ricardo.

Vinte anos depois de o ferryboat ter sido travado pelas autoridades indonésias, 12 dos impulsionadores da viagem vão a Díli terminar a missão, colocando flores no cemitério de Santa Cruz.

Doze dos 120 viajantes do ferryboat português Lusitânia Expresso partiram esta semana para Timor-Leste, para terminar a missão interrompida, há 20 anos, pelas autoridades indonésias.

A convite do Governo timorense, depositarão uma coroa de flores no cemitério de Santa Cruz, em memória das 201 vítimas do massacre que em 1992 chocou a opinião pública e chamou a atenção do mundo para a ocupação violenta do território. A cerimónia está marcada para segunda-feira, dia 12, quando se completam 21 anos sobre a tragédia, tendo a comitiva partido ontem, do aeroporto da Portela.

«Este convite mostra que, para os timorenses, a nossa missão fez a diferença» – diz ao SOL a psiquiatra Margarida Neto, que com 32 anos integrou a equipa médica do Lusitânia Expresso e agora regressa ao território com outros sete portugueses da comitiva inicial. «Quando depositar as flores em Santa Cruz, terei finalmente o sentimento de missão cumprida».

A coroa de flores brancas que levaram na ‘primeira’ missão – que chegou ao largo de Díli em Março de 1992 – acabou por ser lançada à água, já com as montanhas de Timor à vista. Quatro navios de guerra indonésios impediram então o ferryboat português de seguir viagem e de atracar no território sob o jugo militar da Indonésia.

A bordo do Lusitânia Expresso seguiam o ex-presidente da República Ramalho Eanes, o então secretário de Estado da Juventude, Nuno Ribeiro da Silva, professores, médicos, jornalistas e estudantes portugueses de outros 22 países – numa viagem organizada e coordenada pelo Fórum Estudante, encabeçado por Rui Marques (que mais recentemente foi líder do partido Movimento Esperança Portugal). O objectivo era chamar a atenção para a ocupação violenta da região.

‘Principal objectivo da viagem foi cumprido’

Para Rui Marques, este é um regresso emocionado. «O convite partiu do Governo de Timor e de duas associações da sociedade civil, o que mostra que os timorenses não esqueceram a nossa missão», explicou ao SOL. «O nosso principal objectivo, na altura, era colocar o problema de Timor na agenda mediática e isso foi conseguido apesar de não termos atracado no território».

Foi graças ao Lusitânia, que entre os 120 passageiros levava estudantes americanos, que a CNN emitiu a primeira reportagem sobre Timor-Leste e que a revista Tempo-Indonésia publicou uma série de reportagens, alertando a opinião pública para a ocupação violenta do território. A independência chegou uma década depois.

Com Rui Marques e Margarida Neto, partiram ontem de avião Ribeiro da Silva, o jornalista Rui Cardoso Martins, Fernando Guerra (ex-presidente da Associação de Estudantes de Coimbra), os organizadores da missão Francisca Assis Teixeira e João Van Zeller, e Rui Correia (dirigente da Associação Sul Cooperação e Desenvolvimento). Com eles viaja igualmente Francisco Manso, realizador do documentário sobre o Lusitânia Expresso que será emitido dia 12 na RTP e em Díli, no dia seguinte.

Ramalho Eanes, condecorado em Maio pelo Governo timorense, e o professor da Universidade do Porto Barbedo de Magalhães foram também convidados mas não podem estar presentes.

À espera, em Díli, estão outros membros da expedição: uma jornalista indonésia, dois antigos estudantes (uma canadiana e um norte-americano) e Donaciano Gomes, o único timorense a bordo do Lusitânia Expresso. Todos participarão numa conferência sobre a ‘Missão Paz em Timor’, onde falarão o Prémio Nobel Ramos-Horta, o ex-governador Mário Carrascalão e o bispo de Díli, D. Alberto Silva Ricardo.

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