NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: A propósito das observações a Pátria das Gentes e dos Outros

03-07-2011
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Deixemos os aspectos em que não discordo do seu dizer e vamos aos que temos de diferentes, ou assim parece.Mas antes disso gostava de esclarecer que me limitei a constatar que os sinos das aldeias já não marcam a vida das gentes, o que julgo todos estarem de acordo, embora lhe digo que me delicio com a sonoridade do repicar dos sinos, profunda como se viesse dos confins do Universo, alegres e brejeiros em dias de festa, arrastada e dolente quando dobra à tristeza. Não falto a nenhum (raros) festivais de carrilhões de Mafra.. Mas também lhe digo que para mim uma coisa é a religião popular e outra a clerical, inquisitorial ou não. A religião popular que esconde as suas mais antigas e profundas crenças, como as deusas da fertilidade atrás de Stª. Ana ou Vénus atrás de Stª. Marta e nas grutas mouras encantadas.Também lhe gostava de dizer que a sombra da velha árvore plantada pelos meus visavós, gente do povo e de rijo mourejar, na terra e no mar, me deu alento para as batalhas que travei por uma Pátria de todos, sempre aqui, em Portugal, incluindo Caxias e Peniche quando a sorte assim o quis ou o engenho o não impediuMas vamos lá ao diferenteHá, digamos, um autoritarismo expontâneo, que se manifesta até nos bebés e crianças, só para relembrar pois toda a gente sabe e há o organizado pelo poder de Estado sobre o conjunto dos cidadãos. A este último exercido até certa grau diz-se que estamos em face de um regime autoritário, dai para lá temos aquilo que nas experiências históricas recentes se chamou de fascismo e nazismo. E é isso agora que temos de volta e que nos últimos dois ou três anos assumiu formas explicitas, não só entre nós. Curiosamente pelas mãos de personagens de relevo em partidos socialistas, tanto em Portugal como na Inglaterra, tal como aconteceu na Itália com Mossuline.Naturalmente que as formas de exercer esse autoritarismo adapta-se aos meios ao seu dispor. O aparato da PIDE hoje não é necessário ao regime, o Estado Novo também não o teria tido se tivesse cinco canais de TV de cobertura nacional e uma carrada de canais por cabo, para moldar as consciências, alta tecnologia para escuta telefónicas, violação da correspondência electrónica, portagens, vias verdes, cartões de crédito e câmaras de filmar espalhadas por todo o lado para vigiar os nossos movimentos, cartões com todos os dados dos cidadãos, coisa que antigamente só a PIDE tinha em fichas e só sobre os desmanchas prazeres ou que se desconfiava que o fossem. Além disso, através da via fiscal e outras, pode-se hoje exercer acções persecutórias.Enfim, a propriedade dos meios de produção privados e a forma de distribuição da riqueza produzida deixadas à rédea solta conduzem àquilo a que se chamou fascismo, onde quer que seja e é o que esta a acontecer por toda a parte.Se certas ideias continuaram actuantes ou larvarmente foi porque a sociedade manteve no fundamental a triangulação propriedade dos meios de produção, apropriação/distribuição da riqueza produzida e força de trabalho. Se aquelas ideias se manifestavam mais ou menos dependia (depende) da relação de forças entre os vértices.Para não me alongar, fica por comentar a questão da EU (a quem serve a sua burocracia, para quem são feitas as suas leis, como respeitam as convenções sobre Direitos Humanos, etc..) e das suas célebres regiões, mas não resisto em perguntar se alguém acredita que para criar uma região a França ceda o seu sul, Provance a Aragão e Navarra espanhola?, ou Madrid abre mão da Andaluzia para se juntar ao Alentejo e Algarve ou a Galiza ao Minho?Concordo por inteiro com Agostinho da Silva quando diz que o maior feito dos portugueses foi terem resistido a Castela. Resistiram através de toda a sua história. De entre outros povos da Espanha que na primeira metade do século XVII lutavam pela sua independência, coma a Catalunha, Vizcaia, Aragão, a Bética e a Andaluzia, Portugal foi o único que conseguiu livrar-se, um vez mais, de Castela..Talvez quando todos os povos de Espanha se libertarem de Castela, possa haver uma região Espanhola.Ser independentes de Madrid faz parte da nossa índole, é mesmo a melhor maneira de nos dar-mos todos bem.


Deixemos os aspectos em que não discordo do seu dizer e vamos aos que temos de diferentes, ou assim parece.Mas antes disso gostava de esclarecer que me limitei a constatar que os sinos das aldeias já não marcam a vida das gentes, o que julgo todos estarem de acordo, embora lhe digo que me delicio com a sonoridade do repicar dos sinos, profunda como se viesse dos confins do Universo, alegres e brejeiros em dias de festa, arrastada e dolente quando dobra à tristeza. Não falto a nenhum (raros) festivais de carrilhões de Mafra.. Mas também lhe digo que para mim uma coisa é a religião popular e outra a clerical, inquisitorial ou não. A religião popular que esconde as suas mais antigas e profundas crenças, como as deusas da fertilidade atrás de Stª. Ana ou Vénus atrás de Stª. Marta e nas grutas mouras encantadas.Também lhe gostava de dizer que a sombra da velha árvore plantada pelos meus visavós, gente do povo e de rijo mourejar, na terra e no mar, me deu alento para as batalhas que travei por uma Pátria de todos, sempre aqui, em Portugal, incluindo Caxias e Peniche quando a sorte assim o quis ou o engenho o não impediuMas vamos lá ao diferenteHá, digamos, um autoritarismo expontâneo, que se manifesta até nos bebés e crianças, só para relembrar pois toda a gente sabe e há o organizado pelo poder de Estado sobre o conjunto dos cidadãos. A este último exercido até certa grau diz-se que estamos em face de um regime autoritário, dai para lá temos aquilo que nas experiências históricas recentes se chamou de fascismo e nazismo. E é isso agora que temos de volta e que nos últimos dois ou três anos assumiu formas explicitas, não só entre nós. Curiosamente pelas mãos de personagens de relevo em partidos socialistas, tanto em Portugal como na Inglaterra, tal como aconteceu na Itália com Mossuline.Naturalmente que as formas de exercer esse autoritarismo adapta-se aos meios ao seu dispor. O aparato da PIDE hoje não é necessário ao regime, o Estado Novo também não o teria tido se tivesse cinco canais de TV de cobertura nacional e uma carrada de canais por cabo, para moldar as consciências, alta tecnologia para escuta telefónicas, violação da correspondência electrónica, portagens, vias verdes, cartões de crédito e câmaras de filmar espalhadas por todo o lado para vigiar os nossos movimentos, cartões com todos os dados dos cidadãos, coisa que antigamente só a PIDE tinha em fichas e só sobre os desmanchas prazeres ou que se desconfiava que o fossem. Além disso, através da via fiscal e outras, pode-se hoje exercer acções persecutórias.Enfim, a propriedade dos meios de produção privados e a forma de distribuição da riqueza produzida deixadas à rédea solta conduzem àquilo a que se chamou fascismo, onde quer que seja e é o que esta a acontecer por toda a parte.Se certas ideias continuaram actuantes ou larvarmente foi porque a sociedade manteve no fundamental a triangulação propriedade dos meios de produção, apropriação/distribuição da riqueza produzida e força de trabalho. Se aquelas ideias se manifestavam mais ou menos dependia (depende) da relação de forças entre os vértices.Para não me alongar, fica por comentar a questão da EU (a quem serve a sua burocracia, para quem são feitas as suas leis, como respeitam as convenções sobre Direitos Humanos, etc..) e das suas célebres regiões, mas não resisto em perguntar se alguém acredita que para criar uma região a França ceda o seu sul, Provance a Aragão e Navarra espanhola?, ou Madrid abre mão da Andaluzia para se juntar ao Alentejo e Algarve ou a Galiza ao Minho?Concordo por inteiro com Agostinho da Silva quando diz que o maior feito dos portugueses foi terem resistido a Castela. Resistiram através de toda a sua história. De entre outros povos da Espanha que na primeira metade do século XVII lutavam pela sua independência, coma a Catalunha, Vizcaia, Aragão, a Bética e a Andaluzia, Portugal foi o único que conseguiu livrar-se, um vez mais, de Castela..Talvez quando todos os povos de Espanha se libertarem de Castela, possa haver uma região Espanhola.Ser independentes de Madrid faz parte da nossa índole, é mesmo a melhor maneira de nos dar-mos todos bem.

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