Débora Monteiro: “Gosto de fugir ao estereótipo de menina bonita e ‘sexy’”

19-10-2013
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Habituada a ser vista como uma femme fatale, Débora Monteiro, de 29 anos, procura fugir a esse estereótipo, por isso, as personagens em que tem de encarnar mulheres mais rudes são as que lhe dão mais prazer. Desta vez, a atriz vive o papel de uma stripper na novela Dancin’ Days, experiência que a tem tornado mais consciente do seu corpo, mas também a tem apaixonado, já que a personagem tem um lado humano bastante vincado.

Ciosa da sua privacidade, Dé­bora tem na família e no namorado, Miguel Mouzinho, os seus principais pilares e dedica-lhes todos os seus momentos livres.

– Iniciou a sua carreira no mundo da moda aos 14 anos. Foi algo que sempre quis?

Débora Monteiro – Surgiu de repente. Encontraram a minha irmã na rua, perguntaram-lhe se queria tirar o curso de manequim e ela disse que só o faria se eu também fosse. E assim foi.

– E tornou-se uma paixão?

– Não era algo em que pensasse muito e nem sequer estava informada sobre esse mundo, mas depois comecei a gostar muito, principalmente de fotografia e publicidade.

– Porque aí vestia o papel de uma personagem?

– Sim. Eu achava que qualquer uma po­dia fazer carinha bonita e ser sexy e a mim dava-me gozo aquelas sessões em que podia sair desse estereótipo. Foi aí que surgiu o interesse pela representação e também porque alguns diretores [de atores] diziam que eu tinha jeito.

– Hoje em dia, o que é que prefere?

– A representação, sem dúvida, já não penso sequer na moda. Foi um caminho para chegar onde estou.

– Foi através do programa O Último a Sair e da novela Dancin’ Days que se tornou conhecida do público. Acredito que a sua vida tenha mudado...

– Sim. Com o programa O Último a Sair fiz aquilo de que gosto, o que referi anteriormente, de fugir ao estereótipo de menina bonita e sexy. Pude explorar um lado mais arruaceiro e soltar-me, algo que ainda não tinha tido oportunidade de fazer. Gosto de mostrar que uma mulher bonita também se ‘passa da cabeça’ e que não tem de estar sempre impecável e feliz. Aí comecei a sentir o reconhecimento do público. Agora, com Dancin’ Days, uma novela de horário nobre em que apesar de estar a fazer o papel de uma mulher sexy, há um lado humano muito forte, sinto ainda mais o reconhecimento das outras pessoas.

– Essa vontade de desmisti­fi­car o papel da mulher bonita e sexy é um desejo de fugir à forma como os outros a veem?

– Sim. Não é que não goste que me vejam dessa forma, mas gostava que as pessoas olhassem para mim de outra maneira e conversassem comigo sem pensarem só no aspeto exterior. Até porque quem me conhece sabe que esse lado sensual, que supostamente tenho, tem a ver com a minha maneira de ser e de estar e não propriamente com a forma como me visto ou arranjo.

– E no seu dia-a-dia há uma preocu­pação em estar bonita, até para não defraudar quem a reconhece?

– Confesso que há um tempo não pensava nisso. Hoje em dia tento ser a mesma pessoa, estar tranquila, sem maquilhagem e sem o cabelo arranjado, mas já estive em situações em que as pessoas vêm ter comigo e sinto que me deveria ter preocupado mais an­tes de sair de casa [risos].

– E como é que lida com a fama?

– A partir do momento em que as pessoas vêm ter connosco é porque reconhecem o nosso trabalho e isso sabe muito bem. Claro que há dias em que estou focada noutra coisa ou acordo mais mal disposta e talvez não esteja com o sorriso que as pessoas estão à espera. É difícil encontrar um equilíbrio.

– O papel que vive atualmen­te, de uma stripper, exigiu com certeza alguma preparação a nível físico...

– Sim, no início tive uma grande preparação física a nível de ginásio, de alimentação e de dança, assim como alguns tratamentos na Clínica Biscaia Fraga. Foi algo muito exaustivo e parecia que o meu corpo não ia aguentar mais.

– Com esta personagem descobriu uma Débora diferente, mais sensual?

– Sim, quando comecei as gravações desta novela percebi que a minha coordenação não era assim tão sensual como as imagens poderiam fazer pensar [risos]. Aprendi a movimentar-me com mais sensualidade, a aceitar os meus defeitos e a achá-los bonitos com os movimentos da dança. Ajudou-me a aceitar-me como realmente sou.

– Melhorou, então, a sua autoestima...

– Bastante e aconselho qualquer pessoa a fazê-lo. A dança do varão ajuda muito a subir o ego. Vemo-nos sensuais de uma forma interior sem nos preocuparmos se as gordurinhas estão à vista.

– E como é que o seu namorado lida com a exposição desta personagem?

– Ele lida bem com isso, é o meu trabalho. Os meus outros trabalhos também tinham alguma exposição física, por isso, não é nada de novo.

– É importante ter alguém a seu lado que a apoie...

– Claro, é fundamental ter alguém que nos incentive e que esteja incondicionalmente connosco.

– E já existem planos a dois?

– Neste momento estou focada no meu trabalho e, além do mais, também é preciso namorar [risos]. Desde miúda que quero ser mãe mas, até por causa da carreira, acho que é algo que não acontecerá a curto prazo.

Habituada a ser vista como uma femme fatale, Débora Monteiro, de 29 anos, procura fugir a esse estereótipo, por isso, as personagens em que tem de encarnar mulheres mais rudes são as que lhe dão mais prazer. Desta vez, a atriz vive o papel de uma stripper na novela Dancin’ Days, experiência que a tem tornado mais consciente do seu corpo, mas também a tem apaixonado, já que a personagem tem um lado humano bastante vincado.

Ciosa da sua privacidade, Dé­bora tem na família e no namorado, Miguel Mouzinho, os seus principais pilares e dedica-lhes todos os seus momentos livres.

– Iniciou a sua carreira no mundo da moda aos 14 anos. Foi algo que sempre quis?

Débora Monteiro – Surgiu de repente. Encontraram a minha irmã na rua, perguntaram-lhe se queria tirar o curso de manequim e ela disse que só o faria se eu também fosse. E assim foi.

– E tornou-se uma paixão?

– Não era algo em que pensasse muito e nem sequer estava informada sobre esse mundo, mas depois comecei a gostar muito, principalmente de fotografia e publicidade.

– Porque aí vestia o papel de uma personagem?

– Sim. Eu achava que qualquer uma po­dia fazer carinha bonita e ser sexy e a mim dava-me gozo aquelas sessões em que podia sair desse estereótipo. Foi aí que surgiu o interesse pela representação e também porque alguns diretores [de atores] diziam que eu tinha jeito.

– Hoje em dia, o que é que prefere?

– A representação, sem dúvida, já não penso sequer na moda. Foi um caminho para chegar onde estou.

– Foi através do programa O Último a Sair e da novela Dancin’ Days que se tornou conhecida do público. Acredito que a sua vida tenha mudado...

– Sim. Com o programa O Último a Sair fiz aquilo de que gosto, o que referi anteriormente, de fugir ao estereótipo de menina bonita e sexy. Pude explorar um lado mais arruaceiro e soltar-me, algo que ainda não tinha tido oportunidade de fazer. Gosto de mostrar que uma mulher bonita também se ‘passa da cabeça’ e que não tem de estar sempre impecável e feliz. Aí comecei a sentir o reconhecimento do público. Agora, com Dancin’ Days, uma novela de horário nobre em que apesar de estar a fazer o papel de uma mulher sexy, há um lado humano muito forte, sinto ainda mais o reconhecimento das outras pessoas.

– Essa vontade de desmisti­fi­car o papel da mulher bonita e sexy é um desejo de fugir à forma como os outros a veem?

– Sim. Não é que não goste que me vejam dessa forma, mas gostava que as pessoas olhassem para mim de outra maneira e conversassem comigo sem pensarem só no aspeto exterior. Até porque quem me conhece sabe que esse lado sensual, que supostamente tenho, tem a ver com a minha maneira de ser e de estar e não propriamente com a forma como me visto ou arranjo.

– E no seu dia-a-dia há uma preocu­pação em estar bonita, até para não defraudar quem a reconhece?

– Confesso que há um tempo não pensava nisso. Hoje em dia tento ser a mesma pessoa, estar tranquila, sem maquilhagem e sem o cabelo arranjado, mas já estive em situações em que as pessoas vêm ter comigo e sinto que me deveria ter preocupado mais an­tes de sair de casa [risos].

– E como é que lida com a fama?

– A partir do momento em que as pessoas vêm ter connosco é porque reconhecem o nosso trabalho e isso sabe muito bem. Claro que há dias em que estou focada noutra coisa ou acordo mais mal disposta e talvez não esteja com o sorriso que as pessoas estão à espera. É difícil encontrar um equilíbrio.

– O papel que vive atualmen­te, de uma stripper, exigiu com certeza alguma preparação a nível físico...

– Sim, no início tive uma grande preparação física a nível de ginásio, de alimentação e de dança, assim como alguns tratamentos na Clínica Biscaia Fraga. Foi algo muito exaustivo e parecia que o meu corpo não ia aguentar mais.

– Com esta personagem descobriu uma Débora diferente, mais sensual?

– Sim, quando comecei as gravações desta novela percebi que a minha coordenação não era assim tão sensual como as imagens poderiam fazer pensar [risos]. Aprendi a movimentar-me com mais sensualidade, a aceitar os meus defeitos e a achá-los bonitos com os movimentos da dança. Ajudou-me a aceitar-me como realmente sou.

– Melhorou, então, a sua autoestima...

– Bastante e aconselho qualquer pessoa a fazê-lo. A dança do varão ajuda muito a subir o ego. Vemo-nos sensuais de uma forma interior sem nos preocuparmos se as gordurinhas estão à vista.

– E como é que o seu namorado lida com a exposição desta personagem?

– Ele lida bem com isso, é o meu trabalho. Os meus outros trabalhos também tinham alguma exposição física, por isso, não é nada de novo.

– É importante ter alguém a seu lado que a apoie...

– Claro, é fundamental ter alguém que nos incentive e que esteja incondicionalmente connosco.

– E já existem planos a dois?

– Neste momento estou focada no meu trabalho e, além do mais, também é preciso namorar [risos]. Desde miúda que quero ser mãe mas, até por causa da carreira, acho que é algo que não acontecerá a curto prazo.

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