Longe de mim negar ou sequer minimizar todos os crimes que se cometeram ao longo da vigência do Império Colonial Português.Não precisei de ler "O livro negro dos Descobrimentos", ou qualquer outro, para ter noção de todos esses crimes. Bastou-me o conhecimento prévio de uma das mais axiais leis históricas: sempre que dois povos em diferentes graus de desenvolvimento se encontram, o mais desenvolvido tende a dominar o menos desenvolvido. Foi assim, desde logo, na Península Ibérica, entre os romanos e os "lusitanos", foi depois assim em África, entre os portugueses e os diversos povos africanos, foi assim, em geral, no resto do mundo...Reconhecer isso não invalida, contudo, a pertinência do projecto de um estreitamento de relações entre os povos lusófonos. Bem pelo contrário.Nem sequer uso o argumento de que a colonização portuguesa foi, em geral, menos cruel do que as outras colonizações europeias.O meu argumento é apenas este: é do interesse dos próprios países de expressão portuguesa a promoção da lusofonia.Vimos e vemos isso em Timor, bem como em todos os países africanos de expressão portuguesa.A Lusofonia é para todos esses países, sem excepção, o garante da independência e da coesão nacional.Por isso são os próprios governos desses países que promovem a língua lusa, por mais que, paralelamente, alguns deles, insistam numa retórica anti-portuguesa, de modo a alimentar a má-consciência de alguns e, sobretudo, a desviar as atenções. Areia para os olhos! Iluda-se quem quiser...
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Longe de mim negar ou sequer minimizar todos os crimes que se cometeram ao longo da vigência do Império Colonial Português.Não precisei de ler "O livro negro dos Descobrimentos", ou qualquer outro, para ter noção de todos esses crimes. Bastou-me o conhecimento prévio de uma das mais axiais leis históricas: sempre que dois povos em diferentes graus de desenvolvimento se encontram, o mais desenvolvido tende a dominar o menos desenvolvido. Foi assim, desde logo, na Península Ibérica, entre os romanos e os "lusitanos", foi depois assim em África, entre os portugueses e os diversos povos africanos, foi assim, em geral, no resto do mundo...Reconhecer isso não invalida, contudo, a pertinência do projecto de um estreitamento de relações entre os povos lusófonos. Bem pelo contrário.Nem sequer uso o argumento de que a colonização portuguesa foi, em geral, menos cruel do que as outras colonizações europeias.O meu argumento é apenas este: é do interesse dos próprios países de expressão portuguesa a promoção da lusofonia.Vimos e vemos isso em Timor, bem como em todos os países africanos de expressão portuguesa.A Lusofonia é para todos esses países, sem excepção, o garante da independência e da coesão nacional.Por isso são os próprios governos desses países que promovem a língua lusa, por mais que, paralelamente, alguns deles, insistam numa retórica anti-portuguesa, de modo a alimentar a má-consciência de alguns e, sobretudo, a desviar as atenções. Areia para os olhos! Iluda-se quem quiser...