CIDADANIA LX: A indiferença da EMEL: os acessos do Parque das Portas do Sol

03-07-2011
marcar artigo


São assim, desde o dia da inauguração, os acessos do novo Parque da EMEL nas Portas do Sol / Alfama. Não é de admirar que a sua ocupação esteja longe da capacidade de 150 lugares. Custou 5 milhões de euros à cidade e tinha como missão (impossível?) acabar com o estacionamento selvagem na zona, libertando os passeios e largos para os peões. Mas afinal, "criou" mais lugares disponíveis para estacionamento selvagem! Se a empresa municipal criada para gestir o estacionamento tolera este comportamento à porta de um dos seus parques, então que esperança pode Lisboa ter? Como sabemos, esta situação anómala não constitui um caso inédito na capital. A ex-presidente da EMEL, Mariana Ferreira, não foi capaz, ou não teve interesse, de resolver esta questão. A grande maioria dos lugares disponibilizados para os residentes não foram tomados. Razão: habituadas a estacionar de graça e à porta de casa durante décadas, as pessoas já não compreendem porque motivo não podem estacionar o seu carro privado em cima daquele passeio à porta do seu prédio. Residentes com 2 e 3 carros recusam pagar algumas dezenas de euros por mês para terem um lugar de estacionamento num parque. O espaço público deixou de ser visto como "bem comum". Agora é apenas, e simplisticamente, um "lá fora" onde "EU estaciono", "EU ponho o lixo" e "EU levo o cão à casa de banho".


São assim, desde o dia da inauguração, os acessos do novo Parque da EMEL nas Portas do Sol / Alfama. Não é de admirar que a sua ocupação esteja longe da capacidade de 150 lugares. Custou 5 milhões de euros à cidade e tinha como missão (impossível?) acabar com o estacionamento selvagem na zona, libertando os passeios e largos para os peões. Mas afinal, "criou" mais lugares disponíveis para estacionamento selvagem! Se a empresa municipal criada para gestir o estacionamento tolera este comportamento à porta de um dos seus parques, então que esperança pode Lisboa ter? Como sabemos, esta situação anómala não constitui um caso inédito na capital. A ex-presidente da EMEL, Mariana Ferreira, não foi capaz, ou não teve interesse, de resolver esta questão. A grande maioria dos lugares disponibilizados para os residentes não foram tomados. Razão: habituadas a estacionar de graça e à porta de casa durante décadas, as pessoas já não compreendem porque motivo não podem estacionar o seu carro privado em cima daquele passeio à porta do seu prédio. Residentes com 2 e 3 carros recusam pagar algumas dezenas de euros por mês para terem um lugar de estacionamento num parque. O espaço público deixou de ser visto como "bem comum". Agora é apenas, e simplisticamente, um "lá fora" onde "EU estaciono", "EU ponho o lixo" e "EU levo o cão à casa de banho".

marcar artigo