Governo aprova criação de cinco novas empresas no sector das águas

10-04-2015
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Empresas/Finanças
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Governo aprova criação de cinco novas empresas no sector das águas

Ana Maria Gonçalves
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O Governo aprovou ontem, em Conselho de Ministros, sob protesto da oposição, a reestruturação do sector das águas.
O processo, que resulta na agregação dos actuais 19 sistemas multimunicipais, em apenas cinco empresas, visa atenuar a disparidade tarifária actualmente existente entre o interior e o litoral do país. São o caso da Águas do Norte, Águas do Centro Litoral, Águas de Lisboa e Vale do Tejo e Epal, Águas do Alentejo e Águas do Algarve, as quais integram o universo da Águas de Portugal.O PS advertiu, no entanto, o Governo que se irá opor usando todos os meios "parlamentares e judiciais" disponíveis para travar o impacto negativo desta decisão nas autarquias e municípios. Esta posição foi avançada à agência Lusa pelo presidente da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, Marcos Perestrello. Ainda de acordo com o mesmo responsável, "com este sistema, o Governo prepara-se para forçar um aumento muito alto do preço da água". Também o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, afirmou hoje que a reforma no sector das águas "é inaceitável" e vai "agravar" as tarifas pagas pelos munícipes, admitindo avançar com acções judiciais para tentar travar o processo.O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva, assegura que as tarifas vão "descer imediatamente em três quartos dos municípios envolvidos, subindo progressivamente em apenas um quarto das autarquias e ao longo de cinco anos". E acrescenta: com o esforço de racionalização e com as agregações serás possível reduzir as tarifas em 13,26%, face à evolução tarifária prevista nas empresas a agregar até 2025".O Governo defende ainda que com esta reestruturação se asseguram os investimentos necessários ao sector, superiores a 3,7 mil milhões de euros até 2020. Durante o período de con cessão, de 30 anos, a redução dos custos operacionais previstos é de 2,7 mil milhões de euros e de gastos com pessoal de 724 milhões de euros. O sector tem um défice tarifário de 600 milhões de euros.

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