CIDADANIA LX: Observatório diz que radares de Lisboa são ineficazes e incluem sinalização "ilegal"

30-06-2011
marcar artigo


In Público (16/1/2008)«Responsável alertou para a existência de "critérios de segurança que sistematicamente não são respeitados", como as passadeiras para peõesO presidente do Observatório da Segurança, das Estradas e das Cidades (OSEC) defendeu ontem que os 21 radares de controlo de velocidade instalados em Lisboa são ineficazes no combate à insegurança rodoviária e incluem uma sinalização "ilegal". Em quase seis meses de funcionamento do sistema foram detectadas mais de 261 mil infracções."Era fácil prever a falta de eficácia nesta matéria, desde logo porque a utilização dos radares é meramente pontual. Estamos a falar de 0,2 ou 0,3 por cento da rede urbana perigosa de Lisboa", afirmou Nuno Salpico, presidente do OSEC. Para o mesmo responsável, junto de cada um dos radares "apenas existem 500 metros de segurança", porque os automobilistas abrandam à aproximação daquele dispositivo e voltam a acelerar depois de o passarem.A mesma fonte sublinhou que "a Câmara de Lisboa não tem meios para processar os milhares de multas" resultantes das infracções aos limites de velocidade e colocou em causa a legalidade de alguma sinalização do sistema: "A sinalização é ilegal sempre que não estiver de acordo com o traçado". A Avenida Marechal Gomes da Costa é um exemplo disso porque, de acordo com Nuno Salpico, "é impossível fixar o limite de velocidade em 50 quilómetros num traçado com três vias". O presidente do OSEC acrescentou que "o grande problema de segurança rodoviária em Lisboa tem a ver com o confronto entre peão e condutor", patente sobretudo na "má localização das passadeiras".Para o vereador da Câmara de Lisboa Manuel João Ramos os radares "são medidas pontuais que, como não são acompanhadas de outras, não têm efeito nenhum". O eleito da lista Cidadãos por Lisboa considera que deviam ser usados os "radares móveis da PSP como complemento aos outro radares, numa maior coordenação entre PSP e Polícia Municipal". Entre os dias 16 de Julho de 2007, quando entraram em funcionamento os 21 radares, e 31 de Dezembro, a Polícia Municipal de Lisboa registou 261.728 infracções. O dispositivo no túnel do Marquês, no sentido oeste-este, foi o que registou mais transgressões ao limite de velocidade, seguido do colocado na Av. da Índia (este-oeste).»


In Público (16/1/2008)«Responsável alertou para a existência de "critérios de segurança que sistematicamente não são respeitados", como as passadeiras para peõesO presidente do Observatório da Segurança, das Estradas e das Cidades (OSEC) defendeu ontem que os 21 radares de controlo de velocidade instalados em Lisboa são ineficazes no combate à insegurança rodoviária e incluem uma sinalização "ilegal". Em quase seis meses de funcionamento do sistema foram detectadas mais de 261 mil infracções."Era fácil prever a falta de eficácia nesta matéria, desde logo porque a utilização dos radares é meramente pontual. Estamos a falar de 0,2 ou 0,3 por cento da rede urbana perigosa de Lisboa", afirmou Nuno Salpico, presidente do OSEC. Para o mesmo responsável, junto de cada um dos radares "apenas existem 500 metros de segurança", porque os automobilistas abrandam à aproximação daquele dispositivo e voltam a acelerar depois de o passarem.A mesma fonte sublinhou que "a Câmara de Lisboa não tem meios para processar os milhares de multas" resultantes das infracções aos limites de velocidade e colocou em causa a legalidade de alguma sinalização do sistema: "A sinalização é ilegal sempre que não estiver de acordo com o traçado". A Avenida Marechal Gomes da Costa é um exemplo disso porque, de acordo com Nuno Salpico, "é impossível fixar o limite de velocidade em 50 quilómetros num traçado com três vias". O presidente do OSEC acrescentou que "o grande problema de segurança rodoviária em Lisboa tem a ver com o confronto entre peão e condutor", patente sobretudo na "má localização das passadeiras".Para o vereador da Câmara de Lisboa Manuel João Ramos os radares "são medidas pontuais que, como não são acompanhadas de outras, não têm efeito nenhum". O eleito da lista Cidadãos por Lisboa considera que deviam ser usados os "radares móveis da PSP como complemento aos outro radares, numa maior coordenação entre PSP e Polícia Municipal". Entre os dias 16 de Julho de 2007, quando entraram em funcionamento os 21 radares, e 31 de Dezembro, a Polícia Municipal de Lisboa registou 261.728 infracções. O dispositivo no túnel do Marquês, no sentido oeste-este, foi o que registou mais transgressões ao limite de velocidade, seguido do colocado na Av. da Índia (este-oeste).»

marcar artigo