T o v i

30-01-2014
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"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Morreu Manuel Dias

Com 73 anos de idade morreu na passada sexta-feira, no Hospital Santo António, no Porto, Manuel Dias (Manuel Artur dos Santos Dias), jornalista da RTP e de O Primeiro de Janeiro, especializado nas áreas de desporto e de cultura, autor de vários livros sobre a cidade do Porto e co-autor da peça de teatro "Um Cálice de Porto", representada pela companhia Seiva Trupe e que esteve dois anos consecutivos em cena nos inícios dos anos oitenta do século passado.

O meu amigo «jms» escreveu no NovaCrítica-vinho:

Morreu um amigo meu.

O Manuel Dias não mais vai corrigir-nos sobre a construção de uma frase ou a utilização indevida de uma palavra ou expressão!

O Manel Dias, nos seus 73 anos, era uma pessoa tão vivida e tão culta que não tinha idade, era da idade dos seus amigos.

O Manel, com os seus conhecimentos clássicos e superiores, obtidos no liceu, na vida no estudo próprio, que não na academia, às vezes aparentava superioridade, mas era a humildade em pessoa.

Era a humildade que o tornava desajeitado e o fazia ter dificuldades na negociação para as edições dos seus livros de ficção, de crónicas, sobre a sua cidade, o Porto, sobre desporto e o seu F.C. do Porto. Este era o Manel Dias, com muitos e grandes amigos espalhados pelo país, com nome feito no Primeiro de Janeiro, na RTP, no teatro. Penso que achava que a sua maior obra eram os filhos, por isso fazia questão de que ficasse escrito na biografia resumida de cada livro que era pai de três filhos, nomeando-os.

Fez nos últimos 20 anos tertúlia comigo e outros à mesa do café ou pelas mesas e sofás das nossas casas, onde qualquer coisa servia de pretexto para encontros. Tinha tendência para achar a cerveja fresca demais e cultivava o copo de leite antes de deitar. Sempre, ao que dizia.

Foi um grande homem. Faleceu na sexta-feira e eu tinha-me despedido dele na segunda–feira anterior. Uma semana depois acompanhá-mo-lo à última morada. Éramos muito, como ele merecia.

Ainda bem que gostaste do último vinho que lá bebeste em casa.

Ergo em tua homenagem o teu “Cálice de Porto”!

Sinto-me mais só.

"Devido à velocidade da luz ser superior à do som, algumas pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos."

Morreu Manuel Dias

Com 73 anos de idade morreu na passada sexta-feira, no Hospital Santo António, no Porto, Manuel Dias (Manuel Artur dos Santos Dias), jornalista da RTP e de O Primeiro de Janeiro, especializado nas áreas de desporto e de cultura, autor de vários livros sobre a cidade do Porto e co-autor da peça de teatro "Um Cálice de Porto", representada pela companhia Seiva Trupe e que esteve dois anos consecutivos em cena nos inícios dos anos oitenta do século passado.

O meu amigo «jms» escreveu no NovaCrítica-vinho:

Morreu um amigo meu.

O Manuel Dias não mais vai corrigir-nos sobre a construção de uma frase ou a utilização indevida de uma palavra ou expressão!

O Manel Dias, nos seus 73 anos, era uma pessoa tão vivida e tão culta que não tinha idade, era da idade dos seus amigos.

O Manel, com os seus conhecimentos clássicos e superiores, obtidos no liceu, na vida no estudo próprio, que não na academia, às vezes aparentava superioridade, mas era a humildade em pessoa.

Era a humildade que o tornava desajeitado e o fazia ter dificuldades na negociação para as edições dos seus livros de ficção, de crónicas, sobre a sua cidade, o Porto, sobre desporto e o seu F.C. do Porto. Este era o Manel Dias, com muitos e grandes amigos espalhados pelo país, com nome feito no Primeiro de Janeiro, na RTP, no teatro. Penso que achava que a sua maior obra eram os filhos, por isso fazia questão de que ficasse escrito na biografia resumida de cada livro que era pai de três filhos, nomeando-os.

Fez nos últimos 20 anos tertúlia comigo e outros à mesa do café ou pelas mesas e sofás das nossas casas, onde qualquer coisa servia de pretexto para encontros. Tinha tendência para achar a cerveja fresca demais e cultivava o copo de leite antes de deitar. Sempre, ao que dizia.

Foi um grande homem. Faleceu na sexta-feira e eu tinha-me despedido dele na segunda–feira anterior. Uma semana depois acompanhá-mo-lo à última morada. Éramos muito, como ele merecia.

Ainda bem que gostaste do último vinho que lá bebeste em casa.

Ergo em tua homenagem o teu “Cálice de Porto”!

Sinto-me mais só.

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