Alto Hama: 400 mil visitas e 3 731 textos publicados

06-07-2011
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Ao fim de 3 731 mensagens o Alto Hama atingiu as 400 mil visitas. Cabe, por isso, agradecer a todos os que, regularmente ou não, por aqui vão passando.Agradeço aos poucos que me estendem a mão sempre que tropeço numa pedra; também aos, certamente ainda menos, que fazem o favor de tirar as pedras antes de eu passar; bem como aos que não se cansam de atirar pedras e esconder... a pata. Todos são importantes.Dizer o que penso ser a verdade continua a ser (aí vêm mais umas tantas pedras) um dos melhores predicados que sigo, se bem que na maior parte das vezes apenas sirva para me criar dores de cabeça e pôr a barriga (ainda) mais vazia.Aqui pelo Alto Hama a minha liberdade é (quase) total. E é só quase total porque melhor do que pensar (e escrever) livremente é pensar (e escrever) com rectidão, é ter a noção de que a minha liberdade termina onde começa a dos outros. Nunca esquecendo, contudo, que a dos outros (mesmo que sejam os donos do poder) termina onde começa a minha.Em Angola, onde nasci em 1954 e vivi até 1975 (por muito que isso custe a acéfalos e inéptos desta e de outras praças), aprendi que devo ser o que sou e não o que os outros querem que eu seja... mesmo quando vão subindo o preço da compra.Tem sido uma tarefa complicada, tão forte é a pressão dos que nos querem acéfalos, autómatos e, como se isso não bastasse, invertebrados também.É claro que entre as ruas do Bairro de Benfica (foi aí, junto à Escola Primária, que a parteira Maria de Lupes me deu uma mão) da então Nova Lisboa e a cidade Alta (a terceira rua à direita a seguir ao Colégio das Madres, a caminho do aeroporto, foi a última etapa de um sonho) fui aprendendo outras coisas que ainda hoje continuam válidas.No Liceu Nacional General Norton de Matos (que saudades Professora Dorinda Agualusa, que saudades!) aprendi coisas que estão arquivadas no disco duro da memória e outras que estão on line. Todas me ajudam a compreender que só é derrotado quem deixa de lutar.Entre dias sem pão e pão sem dias, lá fui e lá vou (assim dizia João Charulla de Azevedo) projectando o melhor, esperando o pior e aceitando de ânimo igual o que Deus quiser.Mas o que mais conta é que, salvo retoques externos de embalagem, continuo no essencial a acreditar no (im)possível. É por isso que a luta continua porque... ninguém nos cala.E se calarem alguns, outros estão prontos para a luta, por muitas que sejam as pedras ou as facadas... nas costas.


Ao fim de 3 731 mensagens o Alto Hama atingiu as 400 mil visitas. Cabe, por isso, agradecer a todos os que, regularmente ou não, por aqui vão passando.Agradeço aos poucos que me estendem a mão sempre que tropeço numa pedra; também aos, certamente ainda menos, que fazem o favor de tirar as pedras antes de eu passar; bem como aos que não se cansam de atirar pedras e esconder... a pata. Todos são importantes.Dizer o que penso ser a verdade continua a ser (aí vêm mais umas tantas pedras) um dos melhores predicados que sigo, se bem que na maior parte das vezes apenas sirva para me criar dores de cabeça e pôr a barriga (ainda) mais vazia.Aqui pelo Alto Hama a minha liberdade é (quase) total. E é só quase total porque melhor do que pensar (e escrever) livremente é pensar (e escrever) com rectidão, é ter a noção de que a minha liberdade termina onde começa a dos outros. Nunca esquecendo, contudo, que a dos outros (mesmo que sejam os donos do poder) termina onde começa a minha.Em Angola, onde nasci em 1954 e vivi até 1975 (por muito que isso custe a acéfalos e inéptos desta e de outras praças), aprendi que devo ser o que sou e não o que os outros querem que eu seja... mesmo quando vão subindo o preço da compra.Tem sido uma tarefa complicada, tão forte é a pressão dos que nos querem acéfalos, autómatos e, como se isso não bastasse, invertebrados também.É claro que entre as ruas do Bairro de Benfica (foi aí, junto à Escola Primária, que a parteira Maria de Lupes me deu uma mão) da então Nova Lisboa e a cidade Alta (a terceira rua à direita a seguir ao Colégio das Madres, a caminho do aeroporto, foi a última etapa de um sonho) fui aprendendo outras coisas que ainda hoje continuam válidas.No Liceu Nacional General Norton de Matos (que saudades Professora Dorinda Agualusa, que saudades!) aprendi coisas que estão arquivadas no disco duro da memória e outras que estão on line. Todas me ajudam a compreender que só é derrotado quem deixa de lutar.Entre dias sem pão e pão sem dias, lá fui e lá vou (assim dizia João Charulla de Azevedo) projectando o melhor, esperando o pior e aceitando de ânimo igual o que Deus quiser.Mas o que mais conta é que, salvo retoques externos de embalagem, continuo no essencial a acreditar no (im)possível. É por isso que a luta continua porque... ninguém nos cala.E se calarem alguns, outros estão prontos para a luta, por muitas que sejam as pedras ou as facadas... nas costas.

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