Saúde SA: Definição de tempos máximos de espera

01-07-2011
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Preocupa administradores…”Muitos hospitais não vão conseguir cumprir os tempos de resposta aos utentes definidos ontem pelo Ministério da Saúde. O alerta é dado por Pedro Lopes, presidente da Associação de Administradores Hospitalares (AAH), que considera que os objectivos definidos são "um bocado ambiciosos"……” O bastonário da Ordem dos Médicos partilha este cepticismo. "Fixar prazos é fácil, cumprir é mais difícil", diz Pedro Nunes, referindo que este não é o caminho para resolver o problema das listas de espera. No entanto, o bastonário considera que portaria é "um projecto bem intencionado"…Estamos, assim, perante um projecto classificado, por tão notáveis dirigentes, como algo que se encontra algures entre um projecto "um bocado ambicioso” mas ao mesmo tempo “bem intencionado”…É este o drama central da sociedade portuguesa. O estiolamento intelectual dos representantes das “elites” (ainda que corporativas). Perante uma medida legislativa concreta, favorável a uma maior transparência e responsabilização dos serviços somos confrontados com trejeitos opinativos de quem nada, efectivamente, pode acrescentar ao sistema em termos de pensamento, de reflexão ou mesmo de contributo prático.Então não será útil introduzir mecanismos de responsabilização das equipas de gestão e de todos os profissionais para que sejam capazes de se organizar de forma adequada e autónoma? Continuamos no mesmo vício de dependência crónica da Tutela? Quando o Sr. Presidente da APAH refere: … Na cardiologia, por exemplo, é preciso garantir que os hospitais têm os equipamentos necessários para dar resposta em tempo útil”… onde está a sua responsabilidade enquanto gestor? Continuamos a ter “gestores de carreira” que aceitam responsabilidades e não são capazes de por elas responder? Ou será que o verdadeiro incómodo vem da promessa do SES quando diz que "serão introduzidas progressivamente, (penalizações) a partir da contratualização para 2010".É evidente que esta “cultura” de dependência burocrático-administrativa da “Tutela” tem destruído os nossos Hospitais. Se a esta medida se seguisse a efectiva descentralização da gestão hospitalar com a progressiva autonomia dos profissionais (modelos do tipo CRI) o Hospital público encontraria uma nova dinâmica avocando os profissionais do terreno para os processos integrados de governação clínica e delimitando a intervenção dos “burocratas” tutelo-dependentes.Quanto ao Sr. Bastonário nada de novo. Permanece coerente com o seu fraco entusiasmo por tudo o que sejam medidas que promovam a eficiência e a transparência do SNS…Valha-nos o positivismo militante do Luís Pisco.inimigo públicoEtiquetas: inimigo público

Preocupa administradores…”Muitos hospitais não vão conseguir cumprir os tempos de resposta aos utentes definidos ontem pelo Ministério da Saúde. O alerta é dado por Pedro Lopes, presidente da Associação de Administradores Hospitalares (AAH), que considera que os objectivos definidos são "um bocado ambiciosos"……” O bastonário da Ordem dos Médicos partilha este cepticismo. "Fixar prazos é fácil, cumprir é mais difícil", diz Pedro Nunes, referindo que este não é o caminho para resolver o problema das listas de espera. No entanto, o bastonário considera que portaria é "um projecto bem intencionado"…Estamos, assim, perante um projecto classificado, por tão notáveis dirigentes, como algo que se encontra algures entre um projecto "um bocado ambicioso” mas ao mesmo tempo “bem intencionado”…É este o drama central da sociedade portuguesa. O estiolamento intelectual dos representantes das “elites” (ainda que corporativas). Perante uma medida legislativa concreta, favorável a uma maior transparência e responsabilização dos serviços somos confrontados com trejeitos opinativos de quem nada, efectivamente, pode acrescentar ao sistema em termos de pensamento, de reflexão ou mesmo de contributo prático.Então não será útil introduzir mecanismos de responsabilização das equipas de gestão e de todos os profissionais para que sejam capazes de se organizar de forma adequada e autónoma? Continuamos no mesmo vício de dependência crónica da Tutela? Quando o Sr. Presidente da APAH refere: … Na cardiologia, por exemplo, é preciso garantir que os hospitais têm os equipamentos necessários para dar resposta em tempo útil”… onde está a sua responsabilidade enquanto gestor? Continuamos a ter “gestores de carreira” que aceitam responsabilidades e não são capazes de por elas responder? Ou será que o verdadeiro incómodo vem da promessa do SES quando diz que "serão introduzidas progressivamente, (penalizações) a partir da contratualização para 2010".É evidente que esta “cultura” de dependência burocrático-administrativa da “Tutela” tem destruído os nossos Hospitais. Se a esta medida se seguisse a efectiva descentralização da gestão hospitalar com a progressiva autonomia dos profissionais (modelos do tipo CRI) o Hospital público encontraria uma nova dinâmica avocando os profissionais do terreno para os processos integrados de governação clínica e delimitando a intervenção dos “burocratas” tutelo-dependentes.Quanto ao Sr. Bastonário nada de novo. Permanece coerente com o seu fraco entusiasmo por tudo o que sejam medidas que promovam a eficiência e a transparência do SNS…Valha-nos o positivismo militante do Luís Pisco.inimigo públicoEtiquetas: inimigo público

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