A mulher que gosta do parasita da malária alerta para a asfixia da ciência

07-10-2015
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Quando a aprovação dos projetos de investigação científica financiados por dinheiros públicos está condicionada "às palavras 'aplicação' ou 'áreas de interesse prioritário', isto é asfixiar a criatividade, é estrangular o génio, é matar a Ciência", afirmou Maria Manuel Mota.

A cientista falou depois de receber das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva, e do presidente do Grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, o Prémio Pessoa 2013, numa cerimónia que decorreu no grande auditório da Culturgest, em Lisboa.

O Prémio Pessoa, no valor de 60 mil euros, vai na sua 27ª edição, é uma iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos e constitui o mais importante galardão que em Portugal distingue personalidades da Ciência, Cultura e Artes.

Maria Mota, 43 anos, diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é uma das maiores autoridades mundiais no estudo da malária e o mais jovem vencedor deste prémio.

Investigar o parasita da malária

O júri, presidido por Francisco Pinto Balsemão, justificou a escolha desta cientista pelo trabalho que vem desenvolvendo: "Tem feito investigação fundamental com vista a esclarecer os mecanismos pelos quais o parasita da malária se desenvolve no hospedeiro humano". E lembrou que a doença é "uma das causas principais da mortalidade a nível mundial".

Maria Mota, que tem mais de 90 artigos científicos publicados em revistas de referência internacional e é fundadora da Associação Viver a Ciência, salientou no seu discurso que "apesar de Portugal ser muitas vezes apontado como um exemplo no acesso das mulheres ao topo das carreiras científicas, faltam ainda mulheres em posições de liderança, em equipas criativas, nas reitorias, a dirigir institutos de investigação".

Francisco Pinto Balsemão, afirmou por sua vez que "Portugal precisa de consensos políticos duradouros em áreas como a ciência" e sublinhou que Maria Mota tem sido uma cientista "que, em plena era da globalização, nunca deixou de pensar no seu país".

José de Matos, presidente da Caixa Geral de Depósitos, lembrou que o Prémio Pessoa pretende destacar "a enorme relevância da intervenção da sociedade civil" em Portugal.

Na cerimónia na Culturgest estiveram presentes, além do Presidente da República, o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme de Oliveira Martins, a Procuradora Geral da Repúbica, Joana Marques Vidal, o presidente do Conselho Económico e Social, José da Silva Peneda, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, gestores e vários deputados.

Quando a aprovação dos projetos de investigação científica financiados por dinheiros públicos está condicionada "às palavras 'aplicação' ou 'áreas de interesse prioritário', isto é asfixiar a criatividade, é estrangular o génio, é matar a Ciência", afirmou Maria Manuel Mota.

A cientista falou depois de receber das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva, e do presidente do Grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, o Prémio Pessoa 2013, numa cerimónia que decorreu no grande auditório da Culturgest, em Lisboa.

O Prémio Pessoa, no valor de 60 mil euros, vai na sua 27ª edição, é uma iniciativa conjunta do Expresso e da Caixa Geral de Depósitos e constitui o mais importante galardão que em Portugal distingue personalidades da Ciência, Cultura e Artes.

Maria Mota, 43 anos, diretora executiva do Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, é uma das maiores autoridades mundiais no estudo da malária e o mais jovem vencedor deste prémio.

Investigar o parasita da malária

O júri, presidido por Francisco Pinto Balsemão, justificou a escolha desta cientista pelo trabalho que vem desenvolvendo: "Tem feito investigação fundamental com vista a esclarecer os mecanismos pelos quais o parasita da malária se desenvolve no hospedeiro humano". E lembrou que a doença é "uma das causas principais da mortalidade a nível mundial".

Maria Mota, que tem mais de 90 artigos científicos publicados em revistas de referência internacional e é fundadora da Associação Viver a Ciência, salientou no seu discurso que "apesar de Portugal ser muitas vezes apontado como um exemplo no acesso das mulheres ao topo das carreiras científicas, faltam ainda mulheres em posições de liderança, em equipas criativas, nas reitorias, a dirigir institutos de investigação".

Francisco Pinto Balsemão, afirmou por sua vez que "Portugal precisa de consensos políticos duradouros em áreas como a ciência" e sublinhou que Maria Mota tem sido uma cientista "que, em plena era da globalização, nunca deixou de pensar no seu país".

José de Matos, presidente da Caixa Geral de Depósitos, lembrou que o Prémio Pessoa pretende destacar "a enorme relevância da intervenção da sociedade civil" em Portugal.

Na cerimónia na Culturgest estiveram presentes, além do Presidente da República, o presidente do Tribunal de Contas, Guilherme de Oliveira Martins, a Procuradora Geral da Repúbica, Joana Marques Vidal, o presidente do Conselho Económico e Social, José da Silva Peneda, o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier, o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, gestores e vários deputados.

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