Notícias de Castelo de Vide: "Se for uma exigência da Paróquia, nós retiramos a rampa"...

27-01-2012
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Pouco mais de 60 pessoas participaram na noite de segunda-feira, no Salão Paroquial da Póvoa, numa reunião com o arquitecto Manuel Bagulho em que o tema central foi a polémica rampa de acesso à Igreja.O arquitecto, a quem ninguém daria os 85 anos de vida que conta, denunciou a usurpação de direitos de autor, anunciou que não intentaria acção judicial sobre essa matéria e classificou de "mamarracho" a obra, não por ela própria, mas pela localização e enquadramento. E disponibilizou-se mesmo para estudar soluções alternativas, apontando um elevador ou rampa elevatória, cujo custo poderá ascender, segundo estima, de 14 a 16 mil euros.Entrada pela sacristiaEsta solução foi maioritariamente reprovada pelos presentes, que consideraram que uma rampa, eventualmente amovível, pelo interior da sacristia e corredor de acesso ao templo satisfaz em pleno as necessidades da população sem necessidade de mais custos.No decorrer da reunião as pessoas mostraram-se indignadas pelo facto de, afirmam, o abaixo assinado com 400 assinaturas não ter merecido atenção por parte da Câmara Municipal, e uma senhora, Maria Manuela Marques, afirmou mesmo que se tivesse sido feita em momento oportuno (há dois ou três meses atrás) uma reunião com a população muitos incómodos se teriam evitado.Historial do processo, segundo António PitaO vice-presidente da Câmara Municipal, António Pita, que foi o único elemento do Executivo que esteve presente, explicou o historial do processo, lembrando que objectivamente o que foi pedido à Câmara foi "uma rampa", e que com a legislação que entretanto saiu, com as obrigatoriedades de respeito pelo grau de inclinação máximo, a solução encontrada pelos técnicos foi a que ali está."A Câmara quer ser parte da solução e não do problema" Perante as reclamações sucessivas para que a ponte seja retirada, o autarca declarou que não podia assumir qualquer posição, mas que se a Paróquia solicitar por escrito a remoção da rampa, o assunto será estudado pela Câmara que depois deliberará. "Se for uma exigência da Paróquia, nós retiramos a rampa", assumiu. António Pita declarou ainda, nesse contexto, que "a Câmara quer ser parte da solução e não do problema", e afirma que a autarquia "nunca quis impor a rampa às pessoas", apenas respondeu a uma solicitação que lhe foi feita."O mecenas" que pagou a obra "quis ajudar as pessoas, é um homem que sempre fez bem à Póvoa e depois isto é uma contradição", critica José Landeiro referindo-se ao processo. Afinal parece que tudo se encaminha no sentido de ir ao encontro da vontade de Benilde Godinho quando dizia que "o que queremos é uma rampa simples e prática, mas aquilo é um pontão para uma ribeira; quem lá a pôs que a leve para Castelo de Vide".É que afinal se a Paróquia pedir para que a rampa seja retirada - mas a Paróquia não assumiu que faria isso -, afinal parece que a rampa até já tem lugar destinado para ser usada. Porque não deixa de haver também alguns contornos políticos em toda esta questão, soube-se também que o Vice-presidente da Câmara pôs travão à organização de um abaixo assinado a favor da manutenção da rampa no local. © Manuel Isaac/NCVFotos: © Manuel Isaac/Alto Alentejo


Pouco mais de 60 pessoas participaram na noite de segunda-feira, no Salão Paroquial da Póvoa, numa reunião com o arquitecto Manuel Bagulho em que o tema central foi a polémica rampa de acesso à Igreja.O arquitecto, a quem ninguém daria os 85 anos de vida que conta, denunciou a usurpação de direitos de autor, anunciou que não intentaria acção judicial sobre essa matéria e classificou de "mamarracho" a obra, não por ela própria, mas pela localização e enquadramento. E disponibilizou-se mesmo para estudar soluções alternativas, apontando um elevador ou rampa elevatória, cujo custo poderá ascender, segundo estima, de 14 a 16 mil euros.Entrada pela sacristiaEsta solução foi maioritariamente reprovada pelos presentes, que consideraram que uma rampa, eventualmente amovível, pelo interior da sacristia e corredor de acesso ao templo satisfaz em pleno as necessidades da população sem necessidade de mais custos.No decorrer da reunião as pessoas mostraram-se indignadas pelo facto de, afirmam, o abaixo assinado com 400 assinaturas não ter merecido atenção por parte da Câmara Municipal, e uma senhora, Maria Manuela Marques, afirmou mesmo que se tivesse sido feita em momento oportuno (há dois ou três meses atrás) uma reunião com a população muitos incómodos se teriam evitado.Historial do processo, segundo António PitaO vice-presidente da Câmara Municipal, António Pita, que foi o único elemento do Executivo que esteve presente, explicou o historial do processo, lembrando que objectivamente o que foi pedido à Câmara foi "uma rampa", e que com a legislação que entretanto saiu, com as obrigatoriedades de respeito pelo grau de inclinação máximo, a solução encontrada pelos técnicos foi a que ali está."A Câmara quer ser parte da solução e não do problema" Perante as reclamações sucessivas para que a ponte seja retirada, o autarca declarou que não podia assumir qualquer posição, mas que se a Paróquia solicitar por escrito a remoção da rampa, o assunto será estudado pela Câmara que depois deliberará. "Se for uma exigência da Paróquia, nós retiramos a rampa", assumiu. António Pita declarou ainda, nesse contexto, que "a Câmara quer ser parte da solução e não do problema", e afirma que a autarquia "nunca quis impor a rampa às pessoas", apenas respondeu a uma solicitação que lhe foi feita."O mecenas" que pagou a obra "quis ajudar as pessoas, é um homem que sempre fez bem à Póvoa e depois isto é uma contradição", critica José Landeiro referindo-se ao processo. Afinal parece que tudo se encaminha no sentido de ir ao encontro da vontade de Benilde Godinho quando dizia que "o que queremos é uma rampa simples e prática, mas aquilo é um pontão para uma ribeira; quem lá a pôs que a leve para Castelo de Vide".É que afinal se a Paróquia pedir para que a rampa seja retirada - mas a Paróquia não assumiu que faria isso -, afinal parece que a rampa até já tem lugar destinado para ser usada. Porque não deixa de haver também alguns contornos políticos em toda esta questão, soube-se também que o Vice-presidente da Câmara pôs travão à organização de um abaixo assinado a favor da manutenção da rampa no local. © Manuel Isaac/NCVFotos: © Manuel Isaac/Alto Alentejo

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