Todos defendem novo hospital, mas ninguém se compromete com nada

08-10-2015
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"Tirem o cavalinho da chuva porque enquanto o FMI cá estiver não vai ser construído o novo hospital". A frase proferida por Heitor de Sousa, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo distrito de Leiria, espelha bem o sentimento que ficou depois do debate promovido pelo Grupo de Apoio ao Novo Hospital do Oeste na segunda-feira passada, 30 de Maio, no auditório da ETEO.

Durante duas horas os candidatos do BE, CDS, CDU, PS e PSD debateram esta questão perante uma plateia de mais de 50 pessoas, garantindo o seu apoio à causa, mas ninguém pôde fazer promessas.

Foram convidados os cabeças de lista desses cinco partidos, mas só Heitor de Sousa, do BE, e Ana Rita Carvalhais, cabeça de lista da CDU, é que participaram. Os restantes partidos foram representados por outros elementos das listas e o debate foi moderado pela juíza Isabel Baptista.

Ana Rita Carvalhais foi a única que não foi peremptória a afirmar que a localização de um eventual novo hospital deva ser nas Caldas, embora tenha dito que os argumentos que ouviu nessa noite tudo indicavam ser essa a melhor alternativa.

A comunista salientou que o seu partido esteve sempre em desacordo com o recuo na intenção de construir um novo equipamento. "Defendemos um hospital de gestão pública e a manutenção dos hospitais de Alcobaça e Peniche", afirmou, dizendo ser injustificável que há 20 anos se ande a arrastar a resolução dos problemas de saúde nesta região.

"Será que as decisões têm sido tomadas no interesse das populações ou dos grupos económicos?", questionou, acusando os sucessivos governos de quererem facilitar a privatização da saúde e a implantação de unidades privadas.

Pelo PSD, Maria da Conceição Pereira salientou que ao nível concelhio nunca houve divergências entre os partidos sobre esta matéria e que foram criadas expectativas quanto à construção desse novo hospital na região.

"A senhora ministra da Saúde, numa reunião na OesteCim, anunciou que não iria ser feito um novo hospital e sim ampliar o já existente", recordou. "A decisão não foi bem acolhida, mas contra factos não há argumentos", disse ainda.

Heitor Sousa começou a sua intervenção dizendo que o BE é a favor da construção de um novo hospital, "uma posição já repetida por diversas vezes e que faz parte do manifesto eleitoral".

Recordando os condicionamentos do actual hospital e dos problemas que a sua ampliação pode trazer, ao nível ambiental, o candidato bloquista mostrou-se pouco convicto de que a obra pudesse avançar porque "o memorando da troika, assinado por PSD, CDS e PS, impede que se faça este novo hospital".

O candidato socialista Jorge Gonçalves lembrou as dificuldades financeiras que levaram à opção pela ampliação do actual edifício, afirmando que "não podemos prometer nada do ponto de vista da decisão, a não ser dizer que nos iremos bater por aquilo que são as nossas opções".

O também ex-presidente da Câmara de Peniche garantiu que já transmitiu ao secretário de Estado Adjunto da ministra da Saúde que discordava da solução da ampliação.

Jorge Gonçalves referiu que as ambulâncias que transportam doentes de Peniche demoram 15 minutos a chegar às Caldas e quase o mesmo tempo a atravessar a cidade.

Manuel Isaac, candidato do CDS, recordou que houve uma "guerra" entre os presidentes das câmaras de Alcobaça e das Caldas da Rainha quanto à localização do novo hospital prometido pelo próprio primeiro-ministro, José Sócrates, no âmbito do pacote de compensações pela não construção de um aeroporto na Ota.

Mais tarde, um dos elementos do público, Carlos Sá (homónimo do administrador do CHON, que também esteve presente durante parte do debate mas não interveio) diria que os principais responsáveis pela não construção deste equipamento foram os autarcas do Oeste que não se entenderam quanto à localização.

Numa das intervenções mais fora do comum nessa noite, Manuel Isaac deixou a sugestão de que o novo hospital possa vir a ser construído na Mata Rainha D. Leonor, tendo em conta que a própria ampliação levará à ocupação de parte deste ecossistema.

O democrata-cristão salientou a necessidade imperiosa de estar concluída a circular das Caldas da Rainha para facilitar a acessibilidade ao hospital. "Já deveria ter sido feito há muito tempo", disse.

"Se for eleito deputado tudo farei para que seja feito um novo hospital", prometeu.

Por outro lado, os candidatos do Bloco de Esquerda e da CDU acusaram também os adversários dos outros partidos que já estiveram na Assembleia da República de defenderem determinadas causas quando estão em campanha e depois ausentarem-se do hemiciclo quando é para votar propostas concretas, de forma a respeitar a disciplina de voto.

"Vamos em todos os PIDDACs propor a construção do novo hospital e queremos ver o que fazem os deputados dos outros partidos", disse Heitor de Sousa.

Entre o público estava também o mentor da ideia da construção de um novo hospital a norte da região Oeste, José Marques Serralheiro, que manifestou a sua satisfação pelo surgimento deste grupo porque ele próprio "já tinha desistido". O administrador hospitalar comentou que "não havia dinheiro, mas já estão 50 hospitais no BPN e 10 hospitais nos submarinos".

No final, o jornalista Carlos Barroso (que criou uma página no Facebook que deu origem a este movimento) apelou aos candidatos que ajudassem o grupo na sua luta.

"Tirem o cavalinho da chuva porque enquanto o FMI cá estiver não vai ser construído o novo hospital". A frase proferida por Heitor de Sousa, cabeça de lista do Bloco de Esquerda pelo distrito de Leiria, espelha bem o sentimento que ficou depois do debate promovido pelo Grupo de Apoio ao Novo Hospital do Oeste na segunda-feira passada, 30 de Maio, no auditório da ETEO.

Durante duas horas os candidatos do BE, CDS, CDU, PS e PSD debateram esta questão perante uma plateia de mais de 50 pessoas, garantindo o seu apoio à causa, mas ninguém pôde fazer promessas.

Foram convidados os cabeças de lista desses cinco partidos, mas só Heitor de Sousa, do BE, e Ana Rita Carvalhais, cabeça de lista da CDU, é que participaram. Os restantes partidos foram representados por outros elementos das listas e o debate foi moderado pela juíza Isabel Baptista.

Ana Rita Carvalhais foi a única que não foi peremptória a afirmar que a localização de um eventual novo hospital deva ser nas Caldas, embora tenha dito que os argumentos que ouviu nessa noite tudo indicavam ser essa a melhor alternativa.

A comunista salientou que o seu partido esteve sempre em desacordo com o recuo na intenção de construir um novo equipamento. "Defendemos um hospital de gestão pública e a manutenção dos hospitais de Alcobaça e Peniche", afirmou, dizendo ser injustificável que há 20 anos se ande a arrastar a resolução dos problemas de saúde nesta região.

"Será que as decisões têm sido tomadas no interesse das populações ou dos grupos económicos?", questionou, acusando os sucessivos governos de quererem facilitar a privatização da saúde e a implantação de unidades privadas.

Pelo PSD, Maria da Conceição Pereira salientou que ao nível concelhio nunca houve divergências entre os partidos sobre esta matéria e que foram criadas expectativas quanto à construção desse novo hospital na região.

"A senhora ministra da Saúde, numa reunião na OesteCim, anunciou que não iria ser feito um novo hospital e sim ampliar o já existente", recordou. "A decisão não foi bem acolhida, mas contra factos não há argumentos", disse ainda.

Heitor Sousa começou a sua intervenção dizendo que o BE é a favor da construção de um novo hospital, "uma posição já repetida por diversas vezes e que faz parte do manifesto eleitoral".

Recordando os condicionamentos do actual hospital e dos problemas que a sua ampliação pode trazer, ao nível ambiental, o candidato bloquista mostrou-se pouco convicto de que a obra pudesse avançar porque "o memorando da troika, assinado por PSD, CDS e PS, impede que se faça este novo hospital".

O candidato socialista Jorge Gonçalves lembrou as dificuldades financeiras que levaram à opção pela ampliação do actual edifício, afirmando que "não podemos prometer nada do ponto de vista da decisão, a não ser dizer que nos iremos bater por aquilo que são as nossas opções".

O também ex-presidente da Câmara de Peniche garantiu que já transmitiu ao secretário de Estado Adjunto da ministra da Saúde que discordava da solução da ampliação.

Jorge Gonçalves referiu que as ambulâncias que transportam doentes de Peniche demoram 15 minutos a chegar às Caldas e quase o mesmo tempo a atravessar a cidade.

Manuel Isaac, candidato do CDS, recordou que houve uma "guerra" entre os presidentes das câmaras de Alcobaça e das Caldas da Rainha quanto à localização do novo hospital prometido pelo próprio primeiro-ministro, José Sócrates, no âmbito do pacote de compensações pela não construção de um aeroporto na Ota.

Mais tarde, um dos elementos do público, Carlos Sá (homónimo do administrador do CHON, que também esteve presente durante parte do debate mas não interveio) diria que os principais responsáveis pela não construção deste equipamento foram os autarcas do Oeste que não se entenderam quanto à localização.

Numa das intervenções mais fora do comum nessa noite, Manuel Isaac deixou a sugestão de que o novo hospital possa vir a ser construído na Mata Rainha D. Leonor, tendo em conta que a própria ampliação levará à ocupação de parte deste ecossistema.

O democrata-cristão salientou a necessidade imperiosa de estar concluída a circular das Caldas da Rainha para facilitar a acessibilidade ao hospital. "Já deveria ter sido feito há muito tempo", disse.

"Se for eleito deputado tudo farei para que seja feito um novo hospital", prometeu.

Por outro lado, os candidatos do Bloco de Esquerda e da CDU acusaram também os adversários dos outros partidos que já estiveram na Assembleia da República de defenderem determinadas causas quando estão em campanha e depois ausentarem-se do hemiciclo quando é para votar propostas concretas, de forma a respeitar a disciplina de voto.

"Vamos em todos os PIDDACs propor a construção do novo hospital e queremos ver o que fazem os deputados dos outros partidos", disse Heitor de Sousa.

Entre o público estava também o mentor da ideia da construção de um novo hospital a norte da região Oeste, José Marques Serralheiro, que manifestou a sua satisfação pelo surgimento deste grupo porque ele próprio "já tinha desistido". O administrador hospitalar comentou que "não havia dinheiro, mas já estão 50 hospitais no BPN e 10 hospitais nos submarinos".

No final, o jornalista Carlos Barroso (que criou uma página no Facebook que deu origem a este movimento) apelou aos candidatos que ajudassem o grupo na sua luta.

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