NOVA ÁGUIA: REVISTA DE CULTURA PARA O SÉCULO XXI: APONTAMENTOS: UMA SERPENTE NO TEJO

29-01-2012
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Nuno Benavente, In Utero, 2002O comboio desliza sobre o Tejo, tão próximo, numa distância cortante.Os meus olhos cansados repousam nas águas, olhos atentos às estrelas artesanais, dependuradas em mastros de ferrugem temporal, colocados em cada margem, para sinalizar o fim do sonho.O Tejo, também destinado a ser espelho de dois abismos nas trevas do mundo, faz destas estrelas ilusórias, dançarinas divinas, no baile silencioso do seu reino nocturno.O Tejo… o Tejo é saudade de partidas lacrimosas e chegadas honrosas de velha glória.O Tejo é amor, melancolia de novelos de água em entrançados de lua salgada.Na noite, tudo é Uno. O rio e o céu são um só, como um espelho... como um ovo.


Nuno Benavente, In Utero, 2002O comboio desliza sobre o Tejo, tão próximo, numa distância cortante.Os meus olhos cansados repousam nas águas, olhos atentos às estrelas artesanais, dependuradas em mastros de ferrugem temporal, colocados em cada margem, para sinalizar o fim do sonho.O Tejo, também destinado a ser espelho de dois abismos nas trevas do mundo, faz destas estrelas ilusórias, dançarinas divinas, no baile silencioso do seu reino nocturno.O Tejo… o Tejo é saudade de partidas lacrimosas e chegadas honrosas de velha glória.O Tejo é amor, melancolia de novelos de água em entrançados de lua salgada.Na noite, tudo é Uno. O rio e o céu são um só, como um espelho... como um ovo.

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