Ascende ao profundo a epiderme do mundo a ilusão da distância a música o silêncio na morte a culminância a ferida de tudo ao rubro transfiguração de mãos dadas antes de ter se nada se agarra nada se perde sonhar é o avesso de ter que viver nada se tem nada extravasa a promessa de nos vermos soltos de querer não ter pátria outra que a Perdição a vida revolta de dentro feita canção a seiva a voz sempre recém-nascida não pode ser colhida nectarina pura e bela bebida na fonte com a frescura de não ter sido no Longe a festa não é um fim o beijo em visão a esperança em agonia resumo de toda a presença na percuciência da luz instantes de esquecimento sem espaço ou tempo ou demora o impossível a ser agora impreterível e abruptoUm belo poema de Paulo Feitais em homenagem a Lhasa de Sela, artista transcultural que recentemente partiu. Que permaneça na Luz!Publicado em: arevistaentre.blogspot.comserpenteemplumada.blogspot.com
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Ascende ao profundo a epiderme do mundo a ilusão da distância a música o silêncio na morte a culminância a ferida de tudo ao rubro transfiguração de mãos dadas antes de ter se nada se agarra nada se perde sonhar é o avesso de ter que viver nada se tem nada extravasa a promessa de nos vermos soltos de querer não ter pátria outra que a Perdição a vida revolta de dentro feita canção a seiva a voz sempre recém-nascida não pode ser colhida nectarina pura e bela bebida na fonte com a frescura de não ter sido no Longe a festa não é um fim o beijo em visão a esperança em agonia resumo de toda a presença na percuciência da luz instantes de esquecimento sem espaço ou tempo ou demora o impossível a ser agora impreterível e abruptoUm belo poema de Paulo Feitais em homenagem a Lhasa de Sela, artista transcultural que recentemente partiu. Que permaneça na Luz!Publicado em: arevistaentre.blogspot.comserpenteemplumada.blogspot.com