ZANGADO

28-09-2014
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Introdução

No próximo domingo vão realizar-se novas eleições legislativas, com o propósito de eleger 230 deputados para a nova Assembleia da República. A eleição destes deputados é importante porque lhes cabe elaborar e aprovar as leis que nos dirigem, bem como aprovar o orçamento geral do estado, moções de apoio ou censura ao governo e, nesta próxima assembleia, também poder alterar a nossa Constituição, havendo vários casos que alguns pretendem discutir, como a regionalização e os casamentos entre homossexuais.

Infelizmente temos tido, na generalidade, muitos deputados de má qualidade e com falta de conhecimentos, que muito faltam às sessões e até a votações importantes, para não falar da vergonha que foram as “viagens fantasmas”, escondidas e abafadas do povo português e algumas acusações de corrupção. Muitos presidentes de câmaras candidatavam-se a deputados e, depois, era um desconhecido (a) qualquer que ocupava o seu lugar. Isso acontece por várias razões que abaixo desenvolveremos, o que faz com que a imagem dos deputados seja muito negativa aos olhos dos portugueses, considerados muitos deles como carreiristas, “yes man e yes woman”, como gente que nunca trabalhou ou que acumula o lugar de deputado com lugares em universidades ou sociedades de advogados, …

Por tudo isto os diferentes partidos que existem em Portugal deviam ter agora mais cuidado na escolha dos seus candidatos a deputados por cada distrito, pois serão eleitos pelo povo de cada distrito e a sua função é defender os seus interesses o que, salvo raras e honrosas excepções, não tem acontecido por se entender que representam toda a nação e não os cidadãos que os elegeram. Assim e em nome da disciplina partidária os deputados perdem a sua autonomia e independência e transformam-se em obedientes servos do respectivo chefe do seu partido.

Depois desta ligeira introdução, passemos à realidade actual destas eleições:

1 – Se é para votarem como os respectivos chefes mandam não entendemos, eu e muitos portugueses, para que são precisos 230 deputados. Bastavam, por exemplo, 150 ou até menos, pois o resultado da presença de muitos é zero, já que alguns nem abriram a boca no tempo que lá estiveram e muitos fartaram-se de faltar. Para isso, não fazem lá falta e, num país com tantas dificuldades, poupava-se muito dinheiro com eles, seus assessores e outras mordomias.

2 – Estamos fartos de ler e ouvir nos meios de comunicação social que esta eleição é para escolher entre Sócrates e Manuela F. Leite. Ora isso é um embuste. O que nós vamos escolher são os deputados que queremos (!) em cada distrito e, contados todos os votos, cada partido terá direito a um certo número de deputados, maior ou menor, e outros não conseguirão eleger nenhum. Depois Cavaco Silva, como Presidente da República, chamará o chefe do partido mais votado a quem encarregará de formar governo. Vai colocar-se a questão desse seu partido ter uma maioria absoluta ou relativa. No primeiro caso, se tiver maioria na assembleia como Cavaco e Sócrates tiveram, bastam os deputados desse partido para ser o seu suporte; no caso de ter apenas uma maioria relativa o chefe do partido mais votado terá de procurar alianças com outros partidos que lhe assegurem a maioria dos deputados. Se não conseguir, então Cavaco Silva chamará o chefe do segundo partido mais votado que procurará fazer alianças e formar governo. Esta é a lei, embora o PS e o PSD procurem simplificar a questão, com o objectivo de recolherem o voto útil dos descontentes com o outro partido rival e impedir a fuga de votos para partidos mais pequenos. Por isso, é natural que sejam Sócrates ou Manuela a serem chamados para formar governo, primeiro aquele cujo partido tenha mais votos se não houver quem tenha maioria absoluta. A maioria absoluta, em teoria, é positiva para um partido poder governar sem obstáculos, mas as experiências dos governos de Cavaco Silva e de Sócrates levam-nos a desejar que isso não aconteça, pois governaram mal, cheios de arrogância e prepotência, multiplicaram-se os casos de corrupção, de insegurança e outros que trazem preocupado o povo português.

3 – Como disse acima, considero que os deputados eleitos por um distrito devem defender os interesses do distrito e seus eleitores. Ora, o que se passa é uma vergonha: os partidos escolhem quem querem ou não para colocar nas listas e podemos encontrar homens e mulheres de Lisboa, Porto e de outras terras como cabeças de lista ou nas listas de um distrito de onde não são nem nele vivem sem nada que os ligue a esse distrito. Sempre houve, mas é uma vergonha a indicação de tantos “pára-quedistas”, como podemos ver por alguns exemplos, no PS e PSD: o que têm a ver com os distritos por onde são cabeças de lista, Maria de Belém (indicada por Aveiro), Francisco Assis (Guarda), João Soares (Faro), Alberto Martins (Porto) e outros no PS, bem como Couto dos Santos (Aveiro), João de Deus Pinheiro (Braga), Costa Neves (Castelo Branco), Bacelar Gouveia (Faro), Pacheco Pereira (Santarém), Montalvão Machado (Vila Real) e outros no PSD, para não falar de Ribeiro e Castro (lisboeta benfiquista e director com Vale e Azevedo) pelo Porto no CDS e muitos outros. É gente dessa que vai defender uma terra e pessoas que não conhecem nem aos seus problemas? Só um ingénuo acredita nisso.

4- Se analisarmos os outros componentes das listas concorrentes é igual ou pior. Vejamos as listas do PS e do PSD no distrito do Porto: cada partido apresenta a sufrágio 39 nomes, sendo a maioria desconhecidos do grande público, apenas conhecidos dos amigos, vizinhos e na sua terra. Quem são essas pessoas? Vamos dividir cada lista em duas partes, sendo a primeira formada pelos primeiros 15 nomes (com possibilidades de eleição) e depois os restantes, que serão eleitos ou serão suplentes a ocupar o lugar se os eleitos saírem, por qualquer motivo. Nos primeiros 15 do PS há 5, a começar por Alberto Martins, que não são de cá ou parece que não nos conhecem (parece que Ana Paula Vitorino comprou cá 1 casa, outra é Rosário Carneiro casada com o célebre Roberto Carneiro mas que é uma pessoa de bem e independente, José Magalhães conhecido pelos seus dotes informáticos e o militar de Abril Marques Júnior), mais 2 ministros de Sócrates (Teixeira dos Santos é da Maia e Augusto Santos Silva conhecido pela sua vontade de “malhar” ), 2 são de Matosinhos (Luísa Salgueiro e um que esteve até agora como assessor de António Costa em Lisboa e andou ao barulho com Narciso Miranda na peixeirada que levou à morte de Sousa Franco, trata-se de Manuel Seabra), depois alguns, mais ou menos conhecidos, como o boavisteiro José Lello, Manuel Pizarro, o líder distrital Renato Sampaio, a ex-governadora civil Isabel Oneto (advogada), Strecht Ribeiro e Maria José Gamboa. Daí em diante há 4 de Baião, 1 de Valongo, Ricardo Bexiga de Gondomar (o mandado agredir por Carolina Salgado mas que tem estado em Lisboa), uma de Paredes e muitos desconhecidos, segundo duas regras: “renovar” o partido com gente jovem e cumprir as quotas de mulheres, quer dizer muitos são candidatos por serem jovens das jotas ou por serem mulheres. Onde está o mérito, nestes casos? E afinal falam tanto de Salazar ser um ditador e Sócrates escolheu, directamente, 30% dos candidatos! Manuela Ferreira Leite ainda fez pior, escolheu-os todos, afastando os opositores. E é isto democracia! Passando para a lista do Porto do PSD quem vemos: um grupo ligado a Rui Rio que foram contra a regionalização, como o faltoso deputado Aguiar Branco e Sérgio Vieira, boavisteiros ainda como Jorge Costa, gente de fora como Miguel Frasquilho e Pedro Duarte, filhos de políticos como os filhos dos Presidentes de Gaia e da Trofa (no distrito de Braga esta moda continua), sendo os restantes dos16 primeiros desconhecidos à excepção de Agostinho Branquinho. Do 17 para baixo há gente de Santo Tirso e de outros concelhos, como no PS, gente nova e muitas mulheres. Como não os conheço não vou tecer mais comentários, apenas o reparo de muitos, eventualmente, não terem experiência profissional nem da vida. Quanto ao resto, se forem sérios e empenhados são bem – vindos porque o país precisa de deputados sérios, competentes e que não faltem. O meu medo, quase certeza, é se vão obedecer em tudo aos chefes, para assim segurar o lugar, e ficamos como estamos, com um conjunto de deputados amorfos e obedientes!

Perante este panorama que pode um eleitor fazer: temos 5 partidos maiores, com vantagens inequívocas na comunicação social. Depois há mais 10 que presumo que vão concorrer em alguns distritos, uns mais conhecidos pelos seus chefes (Manuel Monteiro, Garcia Pereira e Carmelinda Pereira) e outros pela sua ideologia (ecologia ou extrema – direita). Os outros são quase desconhecidos, excepto um pouco o MEP.

Conclusão:

Que fazer nestas eleições?

1 – Sócrates é corajoso, fala bem, tem carisma mas não cumpriu as suas promessas eleitorais, mentiu aos portugueses, prejudicou e não respeitou muitos na sua vida profissional e nas reformas enquanto incentivou o aumento da subsídiodependência de muitos portugueses e estrangeiros. Tem ministros sem nível que devia ter afastado há muito, apesar da propaganda e apoio que lhes deu: os da Educação, Justiça, Agricultura e Pescas, Administração Interna e Trabalho e Solidariedade Social são os principais exemplos. Ao dizer que não se arrepende do que fez mostra que não aprendeu a lição, logo não merece o voto dos portugueses inteligentes e conhecedores da realidade. Cada vez mais portugueses não aceitam que as reformas da maioria sejam tão baixas e haja tantos a receber o subsídio do rendimento mínimo sem quererem trabalhar e sem obrigados a fazê-lo. O enorme desemprego e a galopante criminalidade, os múltiplos casos de suspeitas de corrupção, os atrasos, demasiada benevolência e confusões na justiça, o facilitismo na educação e muitos outros casos. Por isso, no dia 27, muitos portugueses não votarão PS por Sócrates os ter enganado ou prejudicado.

2 – Manuela Ferreira Leite é, lamento dizê-lo, uma pessoa que já não devia andar nisto, não tem carisma, foi uma má ministra das Finanças e da Educação, é uma centralista empedernida, uma lisboeta que fala com erros de sotaque dessa cidade, por isso deve perder as eleições e o lugar à frente do partido. O PSD escolheu mal e podia ter hipóteses de ganhar mas com ela não. Por isso Manuela não agrada a muitos portugueses, mesmo do PSD. Não tem nível para ocupar o cargo.

3 – A CDU e o Bloco de Esquerda vão procurar capitalizar o voto dos descontentes, virando à esquerda como Louçã e a sua proposta de nacionalizações. Parece que voltou às suas origens comunistas trotskistas. Defendem causas fracturantes mas, se fossem governo, coisa que não gostaria de ver, levariam o país no rumo da Coreia do Norte ou de Cuba?

4 – O CDS tem um problema: defende algumas propostas de que Portugal precisa, mas sofre com o problema do voto útil recair ou não no PSD. Paulo Portas escolheu muito mal os cabeças de lista do Porto e de Lisboa.

5 – Os outros partidos são, à excepção do PCTP/MRPP e da Nova Democracia, pouco conhecidos. No debate televisivo da RTP 1 do Prós e Contras, moderado por Fátima Campos Ferreira, salientaram-se, na minha opinião, nas suas intervenções Garcia Pereira(PCTP/MRPP), Eduardo Correia (MMS), Amândio Madaleno (PTP), Quartin Graça da coligação FEH (Partido da Terra e Humanista) e Pinto Coelho (PNR), tendo os outros prestações de pior qualidade. Mas um só debate é pouco. O ideal é procurar informações sobre estes partidos na Internet, seus programas e ideologia, verificando se concorrem ou não no nosso círculo eleitoral, para, no caso de se identificarem com algum deles poder votar nesse.

Um eleitor perante este panorama tem de decidir entre:

1 – Abster-se e não pôr os pés nas eleições

2 – Ir votar em branco ou nulo

3 – Escolher votar na lista de deputados que lhe agrade mais e isto não é por preferir este ou aquele político, casos de Sócrates ou Manuela.

4 – Se não gostar dos grandes partidos escolher um pequeno que concorra no seu círculo. Se esse indivíduo for eleito pode ser mais útil que um outro dos grandes partidos que só lá vai dizer que sim aos chefes.

Agora a escolha é sua, vote ou não, decida pela sua cabeça!

Não vá por promessas de quem não cumpre!

Introdução

No próximo domingo vão realizar-se novas eleições legislativas, com o propósito de eleger 230 deputados para a nova Assembleia da República. A eleição destes deputados é importante porque lhes cabe elaborar e aprovar as leis que nos dirigem, bem como aprovar o orçamento geral do estado, moções de apoio ou censura ao governo e, nesta próxima assembleia, também poder alterar a nossa Constituição, havendo vários casos que alguns pretendem discutir, como a regionalização e os casamentos entre homossexuais.

Infelizmente temos tido, na generalidade, muitos deputados de má qualidade e com falta de conhecimentos, que muito faltam às sessões e até a votações importantes, para não falar da vergonha que foram as “viagens fantasmas”, escondidas e abafadas do povo português e algumas acusações de corrupção. Muitos presidentes de câmaras candidatavam-se a deputados e, depois, era um desconhecido (a) qualquer que ocupava o seu lugar. Isso acontece por várias razões que abaixo desenvolveremos, o que faz com que a imagem dos deputados seja muito negativa aos olhos dos portugueses, considerados muitos deles como carreiristas, “yes man e yes woman”, como gente que nunca trabalhou ou que acumula o lugar de deputado com lugares em universidades ou sociedades de advogados, …

Por tudo isto os diferentes partidos que existem em Portugal deviam ter agora mais cuidado na escolha dos seus candidatos a deputados por cada distrito, pois serão eleitos pelo povo de cada distrito e a sua função é defender os seus interesses o que, salvo raras e honrosas excepções, não tem acontecido por se entender que representam toda a nação e não os cidadãos que os elegeram. Assim e em nome da disciplina partidária os deputados perdem a sua autonomia e independência e transformam-se em obedientes servos do respectivo chefe do seu partido.

Depois desta ligeira introdução, passemos à realidade actual destas eleições:

1 – Se é para votarem como os respectivos chefes mandam não entendemos, eu e muitos portugueses, para que são precisos 230 deputados. Bastavam, por exemplo, 150 ou até menos, pois o resultado da presença de muitos é zero, já que alguns nem abriram a boca no tempo que lá estiveram e muitos fartaram-se de faltar. Para isso, não fazem lá falta e, num país com tantas dificuldades, poupava-se muito dinheiro com eles, seus assessores e outras mordomias.

2 – Estamos fartos de ler e ouvir nos meios de comunicação social que esta eleição é para escolher entre Sócrates e Manuela F. Leite. Ora isso é um embuste. O que nós vamos escolher são os deputados que queremos (!) em cada distrito e, contados todos os votos, cada partido terá direito a um certo número de deputados, maior ou menor, e outros não conseguirão eleger nenhum. Depois Cavaco Silva, como Presidente da República, chamará o chefe do partido mais votado a quem encarregará de formar governo. Vai colocar-se a questão desse seu partido ter uma maioria absoluta ou relativa. No primeiro caso, se tiver maioria na assembleia como Cavaco e Sócrates tiveram, bastam os deputados desse partido para ser o seu suporte; no caso de ter apenas uma maioria relativa o chefe do partido mais votado terá de procurar alianças com outros partidos que lhe assegurem a maioria dos deputados. Se não conseguir, então Cavaco Silva chamará o chefe do segundo partido mais votado que procurará fazer alianças e formar governo. Esta é a lei, embora o PS e o PSD procurem simplificar a questão, com o objectivo de recolherem o voto útil dos descontentes com o outro partido rival e impedir a fuga de votos para partidos mais pequenos. Por isso, é natural que sejam Sócrates ou Manuela a serem chamados para formar governo, primeiro aquele cujo partido tenha mais votos se não houver quem tenha maioria absoluta. A maioria absoluta, em teoria, é positiva para um partido poder governar sem obstáculos, mas as experiências dos governos de Cavaco Silva e de Sócrates levam-nos a desejar que isso não aconteça, pois governaram mal, cheios de arrogância e prepotência, multiplicaram-se os casos de corrupção, de insegurança e outros que trazem preocupado o povo português.

3 – Como disse acima, considero que os deputados eleitos por um distrito devem defender os interesses do distrito e seus eleitores. Ora, o que se passa é uma vergonha: os partidos escolhem quem querem ou não para colocar nas listas e podemos encontrar homens e mulheres de Lisboa, Porto e de outras terras como cabeças de lista ou nas listas de um distrito de onde não são nem nele vivem sem nada que os ligue a esse distrito. Sempre houve, mas é uma vergonha a indicação de tantos “pára-quedistas”, como podemos ver por alguns exemplos, no PS e PSD: o que têm a ver com os distritos por onde são cabeças de lista, Maria de Belém (indicada por Aveiro), Francisco Assis (Guarda), João Soares (Faro), Alberto Martins (Porto) e outros no PS, bem como Couto dos Santos (Aveiro), João de Deus Pinheiro (Braga), Costa Neves (Castelo Branco), Bacelar Gouveia (Faro), Pacheco Pereira (Santarém), Montalvão Machado (Vila Real) e outros no PSD, para não falar de Ribeiro e Castro (lisboeta benfiquista e director com Vale e Azevedo) pelo Porto no CDS e muitos outros. É gente dessa que vai defender uma terra e pessoas que não conhecem nem aos seus problemas? Só um ingénuo acredita nisso.

4- Se analisarmos os outros componentes das listas concorrentes é igual ou pior. Vejamos as listas do PS e do PSD no distrito do Porto: cada partido apresenta a sufrágio 39 nomes, sendo a maioria desconhecidos do grande público, apenas conhecidos dos amigos, vizinhos e na sua terra. Quem são essas pessoas? Vamos dividir cada lista em duas partes, sendo a primeira formada pelos primeiros 15 nomes (com possibilidades de eleição) e depois os restantes, que serão eleitos ou serão suplentes a ocupar o lugar se os eleitos saírem, por qualquer motivo. Nos primeiros 15 do PS há 5, a começar por Alberto Martins, que não são de cá ou parece que não nos conhecem (parece que Ana Paula Vitorino comprou cá 1 casa, outra é Rosário Carneiro casada com o célebre Roberto Carneiro mas que é uma pessoa de bem e independente, José Magalhães conhecido pelos seus dotes informáticos e o militar de Abril Marques Júnior), mais 2 ministros de Sócrates (Teixeira dos Santos é da Maia e Augusto Santos Silva conhecido pela sua vontade de “malhar” ), 2 são de Matosinhos (Luísa Salgueiro e um que esteve até agora como assessor de António Costa em Lisboa e andou ao barulho com Narciso Miranda na peixeirada que levou à morte de Sousa Franco, trata-se de Manuel Seabra), depois alguns, mais ou menos conhecidos, como o boavisteiro José Lello, Manuel Pizarro, o líder distrital Renato Sampaio, a ex-governadora civil Isabel Oneto (advogada), Strecht Ribeiro e Maria José Gamboa. Daí em diante há 4 de Baião, 1 de Valongo, Ricardo Bexiga de Gondomar (o mandado agredir por Carolina Salgado mas que tem estado em Lisboa), uma de Paredes e muitos desconhecidos, segundo duas regras: “renovar” o partido com gente jovem e cumprir as quotas de mulheres, quer dizer muitos são candidatos por serem jovens das jotas ou por serem mulheres. Onde está o mérito, nestes casos? E afinal falam tanto de Salazar ser um ditador e Sócrates escolheu, directamente, 30% dos candidatos! Manuela Ferreira Leite ainda fez pior, escolheu-os todos, afastando os opositores. E é isto democracia! Passando para a lista do Porto do PSD quem vemos: um grupo ligado a Rui Rio que foram contra a regionalização, como o faltoso deputado Aguiar Branco e Sérgio Vieira, boavisteiros ainda como Jorge Costa, gente de fora como Miguel Frasquilho e Pedro Duarte, filhos de políticos como os filhos dos Presidentes de Gaia e da Trofa (no distrito de Braga esta moda continua), sendo os restantes dos16 primeiros desconhecidos à excepção de Agostinho Branquinho. Do 17 para baixo há gente de Santo Tirso e de outros concelhos, como no PS, gente nova e muitas mulheres. Como não os conheço não vou tecer mais comentários, apenas o reparo de muitos, eventualmente, não terem experiência profissional nem da vida. Quanto ao resto, se forem sérios e empenhados são bem – vindos porque o país precisa de deputados sérios, competentes e que não faltem. O meu medo, quase certeza, é se vão obedecer em tudo aos chefes, para assim segurar o lugar, e ficamos como estamos, com um conjunto de deputados amorfos e obedientes!

Perante este panorama que pode um eleitor fazer: temos 5 partidos maiores, com vantagens inequívocas na comunicação social. Depois há mais 10 que presumo que vão concorrer em alguns distritos, uns mais conhecidos pelos seus chefes (Manuel Monteiro, Garcia Pereira e Carmelinda Pereira) e outros pela sua ideologia (ecologia ou extrema – direita). Os outros são quase desconhecidos, excepto um pouco o MEP.

Conclusão:

Que fazer nestas eleições?

1 – Sócrates é corajoso, fala bem, tem carisma mas não cumpriu as suas promessas eleitorais, mentiu aos portugueses, prejudicou e não respeitou muitos na sua vida profissional e nas reformas enquanto incentivou o aumento da subsídiodependência de muitos portugueses e estrangeiros. Tem ministros sem nível que devia ter afastado há muito, apesar da propaganda e apoio que lhes deu: os da Educação, Justiça, Agricultura e Pescas, Administração Interna e Trabalho e Solidariedade Social são os principais exemplos. Ao dizer que não se arrepende do que fez mostra que não aprendeu a lição, logo não merece o voto dos portugueses inteligentes e conhecedores da realidade. Cada vez mais portugueses não aceitam que as reformas da maioria sejam tão baixas e haja tantos a receber o subsídio do rendimento mínimo sem quererem trabalhar e sem obrigados a fazê-lo. O enorme desemprego e a galopante criminalidade, os múltiplos casos de suspeitas de corrupção, os atrasos, demasiada benevolência e confusões na justiça, o facilitismo na educação e muitos outros casos. Por isso, no dia 27, muitos portugueses não votarão PS por Sócrates os ter enganado ou prejudicado.

2 – Manuela Ferreira Leite é, lamento dizê-lo, uma pessoa que já não devia andar nisto, não tem carisma, foi uma má ministra das Finanças e da Educação, é uma centralista empedernida, uma lisboeta que fala com erros de sotaque dessa cidade, por isso deve perder as eleições e o lugar à frente do partido. O PSD escolheu mal e podia ter hipóteses de ganhar mas com ela não. Por isso Manuela não agrada a muitos portugueses, mesmo do PSD. Não tem nível para ocupar o cargo.

3 – A CDU e o Bloco de Esquerda vão procurar capitalizar o voto dos descontentes, virando à esquerda como Louçã e a sua proposta de nacionalizações. Parece que voltou às suas origens comunistas trotskistas. Defendem causas fracturantes mas, se fossem governo, coisa que não gostaria de ver, levariam o país no rumo da Coreia do Norte ou de Cuba?

4 – O CDS tem um problema: defende algumas propostas de que Portugal precisa, mas sofre com o problema do voto útil recair ou não no PSD. Paulo Portas escolheu muito mal os cabeças de lista do Porto e de Lisboa.

5 – Os outros partidos são, à excepção do PCTP/MRPP e da Nova Democracia, pouco conhecidos. No debate televisivo da RTP 1 do Prós e Contras, moderado por Fátima Campos Ferreira, salientaram-se, na minha opinião, nas suas intervenções Garcia Pereira(PCTP/MRPP), Eduardo Correia (MMS), Amândio Madaleno (PTP), Quartin Graça da coligação FEH (Partido da Terra e Humanista) e Pinto Coelho (PNR), tendo os outros prestações de pior qualidade. Mas um só debate é pouco. O ideal é procurar informações sobre estes partidos na Internet, seus programas e ideologia, verificando se concorrem ou não no nosso círculo eleitoral, para, no caso de se identificarem com algum deles poder votar nesse.

Um eleitor perante este panorama tem de decidir entre:

1 – Abster-se e não pôr os pés nas eleições

2 – Ir votar em branco ou nulo

3 – Escolher votar na lista de deputados que lhe agrade mais e isto não é por preferir este ou aquele político, casos de Sócrates ou Manuela.

4 – Se não gostar dos grandes partidos escolher um pequeno que concorra no seu círculo. Se esse indivíduo for eleito pode ser mais útil que um outro dos grandes partidos que só lá vai dizer que sim aos chefes.

Agora a escolha é sua, vote ou não, decida pela sua cabeça!

Não vá por promessas de quem não cumpre!

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