Urgências "foram reduzidas ao mínimo" e até "abaixo do aceitável", denuncia o PS

08-01-2015
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O PS marcou para esta tarde um debate parlamentar de urgência para questionar o ministro da Saúde sobre a situação caótica vivida nas urgências de alguns hospitais na época natalícia, no final do ano passado. A deputada socialista Luísa Salgueiro responsabilizou o Governo pela situação, porque "os hospitais não têm capacidade de resposta para uma circunstância de aumento de procura" e isso é consequência "das opções políticas do Governo".

"O Ministério da Saúde estava devidamente alertado", e "há muito que o PS, a Ordem dos Médicos, o Sindicato dos Enfermeiros, os sindicatos, as comissões de utentes" afirmavam "que os serviços, incluindo os serviços das urgências, foram reduzidos ao mínimo e nalguns casos abaixo do aceitável", afirmou Luísa Salgueiro na abertura do debate. "Os serviços funcionam no dia-a-dia nos limites da dedicação e da capacidade dos profissionais" e "há muito que as rupturas são iminentes e previsíveis".

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As escolhas do Governo não ajudaram, acusa. "O Ministério devia ter a noção de que as medidas que tomou para impedir os hospitais de contratar médicos e outros profissionais", o que obriga ao recurso "a empresas de prestação de serviços".

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"Quando não fez a reforma hospitalar que prometeu, quando reduziu o número de camas sem planeamento, sem sustentação técnica e sem transparência porque a única preocupação era reduzir despesa, o sr. ministro contribuiu para a actual situação", conclui Luísa Salgueiro. "A responsabilidade é sua e se a quiser dividir com alguém, só o pode fazer com a senhora ministra das Finanças", acusou. Hoje "os portugueses têm medo de ir aos hospitais públicos".

Problema "acontece todos os anos"

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Miguel Santos, do PSD, foi o primeiro deputado da maioria a responder a Luísa Salgueiro. E aproveitou para "desmistificar o discurso que o PS tem feito". "Não se trata de problema novo. É um problema que surge porque existem picos de afluência de utentes as urgências dos hospitais. Vá-se lá saber porquê, esses picos não acontecem na Primavera, nem no Verão nem no Outono".

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"Quando temos urgências de hospitais organizadas com atendimentos médios de 200 utentes e, num determinado dia, fruto da gripe, do clima, acabam por comparecer 300, 400, até 500 utentes, existe a necessidade de se adaptar os tempos de resposta. O grande e imprevisível aumento do número de utentes aumenta o tempo de espera", justificou. E a "adaptação" que tem sido feita "não é fruto do desinvestimento".

O PS marcou para esta tarde um debate parlamentar de urgência para questionar o ministro da Saúde sobre a situação caótica vivida nas urgências de alguns hospitais na época natalícia, no final do ano passado. A deputada socialista Luísa Salgueiro responsabilizou o Governo pela situação, porque "os hospitais não têm capacidade de resposta para uma circunstância de aumento de procura" e isso é consequência "das opções políticas do Governo".

"O Ministério da Saúde estava devidamente alertado", e "há muito que o PS, a Ordem dos Médicos, o Sindicato dos Enfermeiros, os sindicatos, as comissões de utentes" afirmavam "que os serviços, incluindo os serviços das urgências, foram reduzidos ao mínimo e nalguns casos abaixo do aceitável", afirmou Luísa Salgueiro na abertura do debate. "Os serviços funcionam no dia-a-dia nos limites da dedicação e da capacidade dos profissionais" e "há muito que as rupturas são iminentes e previsíveis".

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