BE e PCP acusam Governo de ter objetivos escondidos com base de dados de utentes do SNS

14-10-2011
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Na apresentação da proposta de lei do Governo que regula os requisitos de tratamento de dados pessoais para constituição de ficheiros de âmbito nacional, contendo dados de saúde, com recurso a tecnologias de informação, as criticas surgiram apenas das bancadas comunista e bloquista.

O secretario de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, considerou que este registo informático levará a um “melhor tratamento e acesso da informação” no SNS e que esta é uma “proposta equilibrada, que consagra a confidencialidade dos dados e a privacidade dos utentes”.

Pelo BE, o deputado João Semedo acusou o Governo de querer introduzir “o instrumento informático” de que precisa “para a metamorfose que quer impor no SNS, substituindo princípios constitucionais pelos princípios das seguradoras”.

Na opinião do deputado bloquista, esta proposta incorpora “objectivos escondidos”: “O Governo pretende mais à frente cadastrar cada utente do SNS, para um dia mais tarde poder limitar as prestações que este pode obter no SNS em função de um ‘plafond’, e, ainda mais a frente, diferenciar o que cada um paga pelos serviços do SNS”.

Na mesma linha, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, afirmou que esta proposta é “uma invasão da vida privada das pessoas” e representa um “enorme risco” para a privacidade dos cidadãos.

Pela bancada socialista, a deputada Maria de Belém Roseira disse que esta é uma proposta com “respaldo constitucional” e respeitadora de princípios como o da “proporcionalidade”, do “consentimento” ou da “precaução”.

A deputada do PS e presidente do partido afirmou que na especialidade é necessário assegurar o “respeito pelos princípios e atributos do sistema para que fique assegurada a prossecução de dados”.

Já pelo lado do CDS-PP, a deputada Teresa Caeiro criticou duramente o PCP e o BE, acusando-os de quererem “diabolizar” uma medida que traz “transparência” com “soundbytes” como “big brother”.

A deputada centrista considerou negativa a ausência de “enquadramento” informático dos utentes e disse que comunistas e bloquistas optam pela “paralisia perante os problemas”.

O deputado do PSD Luís Vales defendeu que este é um sistema “de que qualquer organização tem de dispor para funcionar de forma adequada e eficiente” e acusou os dois partidos mais à esquerda de promoverem “falaciosas quimeras” sobre esta base de dados.

A proposta de lei do Governo PSD/CDS-PP é votada na generalidade esta sexta-feira.

Na apresentação da proposta de lei do Governo que regula os requisitos de tratamento de dados pessoais para constituição de ficheiros de âmbito nacional, contendo dados de saúde, com recurso a tecnologias de informação, as criticas surgiram apenas das bancadas comunista e bloquista.

O secretario de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, considerou que este registo informático levará a um “melhor tratamento e acesso da informação” no SNS e que esta é uma “proposta equilibrada, que consagra a confidencialidade dos dados e a privacidade dos utentes”.

Pelo BE, o deputado João Semedo acusou o Governo de querer introduzir “o instrumento informático” de que precisa “para a metamorfose que quer impor no SNS, substituindo princípios constitucionais pelos princípios das seguradoras”.

Na opinião do deputado bloquista, esta proposta incorpora “objectivos escondidos”: “O Governo pretende mais à frente cadastrar cada utente do SNS, para um dia mais tarde poder limitar as prestações que este pode obter no SNS em função de um ‘plafond’, e, ainda mais a frente, diferenciar o que cada um paga pelos serviços do SNS”.

Na mesma linha, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, afirmou que esta proposta é “uma invasão da vida privada das pessoas” e representa um “enorme risco” para a privacidade dos cidadãos.

Pela bancada socialista, a deputada Maria de Belém Roseira disse que esta é uma proposta com “respaldo constitucional” e respeitadora de princípios como o da “proporcionalidade”, do “consentimento” ou da “precaução”.

A deputada do PS e presidente do partido afirmou que na especialidade é necessário assegurar o “respeito pelos princípios e atributos do sistema para que fique assegurada a prossecução de dados”.

Já pelo lado do CDS-PP, a deputada Teresa Caeiro criticou duramente o PCP e o BE, acusando-os de quererem “diabolizar” uma medida que traz “transparência” com “soundbytes” como “big brother”.

A deputada centrista considerou negativa a ausência de “enquadramento” informático dos utentes e disse que comunistas e bloquistas optam pela “paralisia perante os problemas”.

O deputado do PSD Luís Vales defendeu que este é um sistema “de que qualquer organização tem de dispor para funcionar de forma adequada e eficiente” e acusou os dois partidos mais à esquerda de promoverem “falaciosas quimeras” sobre esta base de dados.

A proposta de lei do Governo PSD/CDS-PP é votada na generalidade esta sexta-feira.

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