Bloco acusa Governo de "privataria"

23-05-2015
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"Não confiamos neste Governo, neste secretário de Estado, neste ministro da Economia para conduzir o processo. Não nos dão garantias nenhumas. O que se passa neste país é 'privataria', um assalto ao país", descreveu a parlamentar bloquista, rotulando a ação do executivo de Passos Coelho e Paulo Portas como um "ato de cobardia política e de desistência", sublinhando ainda que as bancadas da maioria, durante a discussão, "fazem valer a sua posição através do medo, ao dizer que, se não houver privatização, a TAP vai ao charco".

O deputado social-democrata Luís Vales sublinhou que "a TAP precisa de mais capital e de renovar a frota" e afirmou que "o PS vai mudando de opinião à medida dos ciclos eleitorais, questionando se "a (anterior) decisão da privatização da TAP não foi tomada num conselho de ministros em que (o atual líder socialista) António Costa participou".

"Já começou a caça ao voto e, quando começa, faz logo duas baixas no PS - a coerência e a responsabilidade", acrescentou o democrata-cristão Hélder Amaral, considerando que "a esquerda 'fashion' (da moda) e a esquerda radical vão parando o país, enquanto o país trabalha" e que "o PS sempre quis mas nunca teve foi a competência para fazer a privatização da TAP".

O deputado socialista Rui Paulo Figueiredo esclareceu que, "no máximo, o PS sempre defendeu uma privatização parcial e, mesmo que tivesse mudado de posição - coisa que não fez -, é preciso uma grande lata para o CDS, do ministro irrevogável Paulo Portas, se referir a outras posições".

"Para o PS, é preciso parar a privatização da TAP e a melhor forma de o fazer é mudar de Governo porque este está obcecado em tudo privatizar e concessionar. É arrogante, recusou o diálogo, achando-se acima do escrutínio democrático. Um Governo liderado por António Costa tudo fará para manter na esfera pública a maioria do capital da TAP", vincou.

O comunista Bruno Dias e o ecologista José Luís Ferreira já tinham criticado o Governo por "impor uma operação relâmpago de entrega da TAP", "um erro histórico" com a "maior empresa exportadora de Portugal, que envolve direta ou indiretamente mais de 20 mil postos de trabalho", numa "cegueira neoliberal" que "olhou sempre para esta empresa estratégica como simples mercadoria para venda".

O ministro da Economia, Pires de Lima, afirmou quinta-feira que o processo de privatização da transportadora aérea entrou agora numa fase de "grande melindre", prometendo que o executivo vai trabalhar para proteger os "interesses da TAP e de Portugal".

O Governo decidiu em Conselho de Ministros passar à fase de negociação com dois dos três candidatos à compra de 66% do grupo TAP, Gérman Efromovich e David Neeleman, afastando o consórcio de Miguel Pais do Amaral, por incumprimento dos "requisitos mínimos legalmente exigidos pelo caderno de encargos".

Hoje, no parlamento, estiveram em debate projetos de resolução do PCP - "Pela defesa, desenvolvimento e gestão pública da TAP como companhia aérea de bandeira nacional" -, de "Os Verdes" - "Anulação imediata do processo de privatização da TAP" -, do BE - "Garante a TAP enquanto empresa pública" - e, finalmente, do PS - "Pela defesa da TAP" (50,1% de controlo estatal), além de petições da Comissão de Trabalhadores da TAP Portugal e outra do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

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O deputado socialista Rui Paulo Figueiredo esclareceu que, "no máximo, o PS sempre defendeu uma privatização parcial e, mesmo que tivesse mudado de posição - coisa que não fez -, é preciso uma grande lata para o CDS, do ministro irrevogável Paulo Portas, se referir a outras posições".

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O ministro da Economia, Pires de Lima, afirmou quinta-feira que o processo de privatização da transportadora aérea entrou agora numa fase de "grande melindre", prometendo que o executivo vai trabalhar para proteger os "interesses da TAP e de Portugal".

O Governo decidiu em Conselho de Ministros passar à fase de negociação com dois dos três candidatos à compra de 66% do grupo TAP, Gérman Efromovich e David Neeleman, afastando o consórcio de Miguel Pais do Amaral, por incumprimento dos "requisitos mínimos legalmente exigidos pelo caderno de encargos".

Hoje, no parlamento, estiveram em debate projetos de resolução do PCP - "Pela defesa, desenvolvimento e gestão pública da TAP como companhia aérea de bandeira nacional" -, de "Os Verdes" - "Anulação imediata do processo de privatização da TAP" -, do BE - "Garante a TAP enquanto empresa pública" - e, finalmente, do PS - "Pela defesa da TAP" (50,1% de controlo estatal), além de petições da Comissão de Trabalhadores da TAP Portugal e outra do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

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